2012-05-30

Project Glass

Mais um projeto fascinante em desenvolvimento pela Google e que em breve poderá ver a luz do dia. A evolução tecnologica a que temos assistido nos ultimos anos tem revolucionado a forma como nos relacionamos com os outros, como nos comportamos e como fazemos negocios. O "Time to market" é cada vez mais reduzido e a expressao "if you can imagine it you can build it" nunca esteve tão presente como agora, parece simplesmente que nao existem limites ao que n]os enquanto humanos poderemos construir. Pergunto-me se a humanidade estara preparada para o uso livre e responsável da tecnologia à medida que novos desenvolvimentos se vão acumulando ou se de alguma maneira surgira uma "censura tecnologica" a regular estes meios !?

2012-05-21

criar oportunidades em tempo de crise: Sony!


A crise
As crises são sempre complicadas. São momentos que comportam dificuldades, exigem sacrifícios e capacidade de resistência. O engenho e arte, com uma pontinha de sorte também podem ser importantes. Agora, imaginemos um cenário de crise de fim de guerra. Provavelmente seria mais complicado. Mesmo assim, há quem consiga ultrapassar as crises. Sem ser, necessariamente, um extra-terrestre. 
Um vendedor em dificuldades
Esta é a história de Komashio, um vendedor japonês que, no final da 2.ª guerra mundial, se propôs vender produtos eletrónicos japoneses na Europa. A conjuntura não era favorável, pois a perceção que existia sobre os produtos japoneses na área da eletrónica era má. A função de vendedor não era bem vista. A insistência dos vendedores fazia com que tivessem uma imagem negativa. Para acrescentar dificuldades, o Japão era, ao lado da Alemanha e da Itália, considerado um dos responsáveis pelo sofrimento e privações existentes na época. Mas se a Europa estava mal, o Japão estava completamente destroçado. Assim, Komashio andava de porta em porta a tentar mostrar as virtudes dos seus produtos. Reza a história que em Hamburgo, numa loja de pianos, depois de o proprietário lhe ter dito que a sua loja só vendia produtos de qualidade e blá, blá, blá… que Komashio lhe propôs pagar para poder ter os seus rádios expostos. O proprietário, deixou de ver qualquer motivo para não expor os produtos na sua loja. Komashio sabia que se não vendesse aqui produtos, teria que voltar ao seu país com a missão fracassada e com a honra posta em causa. Komashio observou os transeuntes e verificou que os seus aparelhos não captavam a atenção. Mas era natural. Ninguém conhecia aquela marca e os rádios eram banais.
Arte e engenho
Pensou demoradamente sobre a forma como poderia dar a volta à situação. O dinheiro que tinha, não dava para mandar cantar um cego, portanto propaganda ou material de comunicação estavam fora de questão. Foi então que avistou um grupo de estudantes que vinha em grande alarido pela rua. Se a necessidade faz o engenho, este vendedor teve uma ideia engenhosa: resolveu fazer uma demonstração dos seus aparelhos a esta trupe. Depois de expor as virtudes dos seus rádios e da sua potência, perguntou-lhes se os aparelhos os tinham agradado. Houve uns quantos que responderam que sim. Questionou se estariam dispostos a promovê-los em troca de uma compensação, ao que responderam afirmativamente, como seria de esperar. Já se sabe que a maioria dos estudantes tem dificuldades financeiras pelo que um reforço na mesada é sempre bem-vindo, seja depois da grande guerra, nos anos 80 ou atualmente. Komashio pediu-lhes que, à vez, fossem à loja de pianos e pedissem para experimentar os rádios. Deviam experimentá-los, tecer elogios à sua portabilidade e qualidade do som e comprar. Depois deveria entrega-los a Komashio.
Sucesso
Claro que a atitude do proprietário da loja, quando recebeu de novo Komashio, foi radicalmente diferente. Encomendou mais rádios pois estava satisfeito com a recetividade aos aparelhos. Este método foi utilizado para entrar em várias cidades da Alemanha e vários países da Europa. Hoje, esta empresa é conhecida mundialmente e chama-se Sony.


Outras histórias:
Nespresso: what else?
A invenção da batata frita
eastgate Harare
vazio de ideias ou síndrome de John Lennon da Silva

2012-05-12

Carros eléctricos a sério, para quando?


Há uma questão que teima em não ser respondida de forma eficaz: Porque é que os carros elétricos, tendo tantas virtudes, não se conseguem impor?
Qualquer especialista na matéria, terá várias explicações para este facto. Entretanto, há algumas ações que estão a ser desenvolvidas, que poderão contribuir para a diminuição da importância da questão.
Eis uma notícia fabulosa, que pode ser a solução para muitos dos problemas dos transportes, mas não só. Já imaginaram conduzir numa auto-estrada que carrega os carros eléctricos? Brilhante! Magnífica! Disruptiva! Não sei se fica melhor classificada na Gaveta do Ovo de Colombo ou na Gaveta dos Ovos de Ouro. E pode ser ainda utilizada para outros fins. Tudo o que precise de baterias ou eletricidade.

Também a notícia de que um veículo eléctrico começa viagem de 4800 quilómetros em África, indicia que as marcas continuam a tentar aumentar a autonomia. Desta vez com 3 baterias em vez da habitual bateria única.

Seria bom diminuir a nossa dependência das energias fósseis! Seria bom ter carros elétricos rapidamente. Já seria uma grande ajuda para o ambiente! Mas isso só vai acontecer, quando o conforto, custos e desempenho destas novas viaturas, se aproximarem dos veículos atuais.

2012-05-10

Vazio de Ideias ou a síndrome de John Lennon da Silva

Abaixo, os meus apontamentos saídos no Diário de Aveiro, suplemento de economia de 8 de Maio:

Vazio de Ideias ou a síndrome de John Lennon da Silva


“Se quiser mudar tudo, basta mudar a sua atitude.”
H. Jackson Brown


HÁ UNS DIAS, vi um vídeo do equivalente brasileiro “Achas que sabes dançar?” que me provocou reflexão intensa. Começou com a apresentação do candidato ao júri, constituído por gente famosa. O desdém esteve presente desde o início. O nome foi o 1.o rótulo para o potencial ídolo. John Lennon da Silva? “Onde é que já ouvi esse nome?” “Famoso, hein?”. Para ajudar, o guarda-roupa usado pelo John Lennon (JL) para a interpretação artística de um bailado como “A morte do Cisne” não incluía sapatos de ballet. O júri acaba por lhe explicar, paternalmente, o que é a peça, quem e como interpreta. JL, humilde, faz a sua interpretação da peça e emociona o júri! Chega ao ponto de provocar o choro num dos duros júris! Neste caso, o potencial artista foi visto, porque é obrigação do júri. Caso contrário, acredito que nem tivesse oportunidade para apresentar a sua interpretação da peça. Este é um dos motivos porque é importante um sistema de gestão de ideias e oportunidades. Para nos obrigar a ouvir…! A escutar! Assim, o que pode parecer uma ideia descabida numa primeira análise, pode revelar-se uma ideia meritória. Podemos evoluir de: Não há ideias nesta desgraçada empresa! para “Tantas ideias! Tantos projetos! E agora?” Por vezes há quem se questione sobre a existência de ideias na organização. Se há um vazio de ideias na organização, é porque a organização não está disponível para as ouvir. A falta de ideias na organização é um sintoma de uma organização com problemas. Como dizia o poeta, “todo o mundo é composto de mudança”. As organizações também. Exceções? Não conheço exceções cujo destino tenha sido positivo. Mas aceito de bom grado exemplos que me contrariem.
Elas andam por aí
Existem ideias a pulular por todo o lado. Quantas vezes pensamos: “se fosse eu que mandasse…”. “O que é que farias se mandasses? Sim, tu! Diz-me o que farias se mandasses! Estou mesmo interessado!” Muitas vezes esta postura está no âmbito do imaginário. A resposta é um grunhido tipo “idiota”. Quando não surge um audível “Eis o Miguel Ângelo da Inovação”. Claro que é uma sorte quando não aparece alguém a gritar“quem foi o idiota? Onde está o Steve Jobs da Baixa da Banheira?”. Alguns, ficam caladinhos no seu canto. Outros, sorriem sarcasticamente. Uns quantos,
ficam tristes e solidários. O dono da ideia espera que ninguém se aperceba que foi ele que sugeriu aquela solução. Criou-se aqui um fosso comunicacional em que a vontade de partilhar ideias com
quem quer que seja vai por água abaixo. Mesmo os que teriam soluções para sugerir ficam sossegadinhos, com a sua análise muito própria ao sucedido, mas com uma vontade imensa de não ser apanhado naquela situação. “Ser humilhado assim? Nah! Não me apanham nesta situação!” Mesmo que tivesse a ideia do século duvido que, depois da situação descrita, a partilhasse. Já imaginaram se, quando alguém deu a ideia para deixar de ter embalagens de papelão nos pneus alguém dissesse “Oh! Houve algum idiota que teve uma ideia dessas?” Provavelmente, ainda hoje se venderiam pneus em embalagens de papel.
Ouvir… OUVIR!
Há vários fatores que são necessários para que as ideias surjam. Um dos fatores importantes é a disponibilidade para ouvir ideias sem preconceitos. Voltando a quem não encontra ideias na sua
organização, diria apenas para ouvir. Não é fácil, mas ouçamos atentamente o que Hemingway dizia: “Gosto de ouvir. Aprendi muita coisa por ouvir cuidadosamente. A maioria das pessoas
jamais ouve.”
Ouviram? Agora, vejamos se conseguimos por em prática!

O vídeo:


Uns textos anteriores:
Vazio de Ideias
Alteração na embalagem do pneu

2012-05-03

Crianças aprendem medos




Um estudo publicado na revista “Current Directions in Psychological Science”, diz-nos que as crianças aprendem medos cedo e rapidamente.

Para o estudo, os investigadores mostraram dois vídeos simultaneamente a crianças com apenas sete meses. Um vídeo mostrava uma cobra e algo não-ameaçador, como um elefante. Ao mesmo tempo, as crianças ouviram uma gravação de uma voz feliz ou com medo.

Verificaram que os bebés passaram mais tempo a prestar atenção ao vídeo da cobra quando ouviam a voz com medo, mas não mostraram sinais de receio. Noutra experiência, foi mostrado a crianças de três anos uma tela com nove fotografias e foi-lhes pedido que seleccionassem uma delas.

As crianças identificaram as serpentes mais rapidamente do que as flores e muito mais rápido do que outros animais que se assemelham a cobras, como sapos e lagartos. As crianças que temiam as cobras identificavam-nas tão rapidamente como as crianças que não tinha esse medo.

“O que sugerimos é que temos preconceitos para detetar coisas como cobras e aranhas de forma rápida e para relacioná-las com coisas que são repugnantes ou más, como uma voz assustada", comentou, numa nota enviada à imprensa, a investigadora Vanessa LoBue, da Rutgers University, nos EUA.

Segundo a especialista, estudos anteriores mostraram que os adultos reconhecem rapidamente a diferença entre as criaturas assustadoras e as que não são tão ameaçadoras. O novo estudo confirmou que as crianças fazem o mesmo, mas é uma resposta aprendida e não inata.