2016-12-05

ISO 9001:2015 Transição Suave e Eficaz!


“Não há progresso sem mudança. E quem não se consegue mudar a si mesmo, não consegue mudar nada”  
Bernard Shaw


Muitas organizações já iniciaram o processo de transição para a ISO 9001:2015. Se ainda não começou, 2017 é o ano para realizar o processo de transição. Para assegurar um processo de transição suave e eficaz, comece já a planear a transição. Não deixe para o fim.

Planeie já!

Quais os benefícios trazidos pela nova norma?
Há vários benefícios nesta nova norma. Eu destaco aqueles que me parecem ter um maior impacto nos resultados e na gestão das organizações: 
  1. A necessidade de planificar ações de forma muito clara, que nos digam como vamos cumprir com os as metas que nos propomos alcançar.
  2. A necessidade de pensar, planear e gerir a gestão do conhecimento da organização, o que dá uma consciência mais profunda dos fatores que nos fazem realmente ter sucesso.
  3. A necessidade de ter maior consciência dos riscos e de planear e executar métodos e respetivas ações que nos permitam eliminar ou minorar os riscos de negócio. 
  4. A necessária inovação organizacional, para responder a mudanças de paradigma na abordagem a alguns aspetos, muitas vezes "camuflados" nas atividades do dia a dia.

A ISO 9001 é a norma mais disseminada em sistemas de gestão. Existem mais de 1,1 milhões de empresas certificadas por esta norma. O processo periódico de revisão iniciou em 2012 e teve um marco importante com a publicação da nova versão, em Setembro de 2015. Agora, e até Setembro de 2018, as empresas têm oportunidade de incluir esta mudança na sua organização, respondendo aos novos desafios incluídos nesta nova versão.

Os processos de mudança implicam trabalho acrescido. Se o nosso SGQ não está a funcionar bem, a mudança é uma oportunidade para rever e melhorar o actual. No entanto, se temos um sistema de gestão da qualidade (SGQ) a funcionar bem, para quê mudar? Se não mudarmos, seremos ultrapassados por outros, que poderão passar a ser a preferência dos nossos clientes. Nesse sentido, é importante termos a consciência que aspectos como a gestão do risco ou o conhecimento organizacional, requeridos de forma explícita por esta nova versão, são fundamentais para assegurar a nossa competitividade no mercado e a nossa capacidade de oferecer boas soluções aos nossos clientes, decorrentes de uma organização da empresa e de uma confiança que decorre da implementação de um SGQ e da sua certificação.

E quando devemos começar a mudança? A resposta é variada, dependendo de vários factores que a empresa deverá analisar. No entanto, se quer uma transição suave, tranquila e eficaz, deve começar hoje o processo de transição. Caso não seja possível, defina uma data para iniciar e para encerrar o processo e comece a criar as condições para o processo de transição. A sua organização, as suas equipas, as suas pessoas e os seus clientes irão agradecer!

A metodologia que seguimos é simples e flexível.

1) Diagnosticar o actual estado do sistema e a sua conformidade relativamente à ISO 9001:2015.

2) Formar colaboradores da empresa para conhecerem as os novos requisitos da nova versão, as alterações mais significativas e o impacto que que estas poderão ter na empresa.

3) Elaborar Plano de Ação para implementar as actividades que poderão assegurar a conformidade com a ISO 9001:2015.

4) Implementar acções definidas e avaliar a sua eficácia.

5) Acompanhar projecto Apresentação à gestão de topo o estado do projecto e dos aspectos críticos para o sucesso do mesmo.

6) Verificar conformidade da ISO 9001:2015, através da análise dos pontos a alterar no sistema e realização de auditoria interna para verificar a conformidade com a ISO 9001:2015

O processo de transição deve envolver os vários intervenientes da organização, nas etapas em que a sua presença é relevante, de forma a envolver o maior número de pessoas que for possível, assegurando a transição efectiva e consolidada por toda a organização.

"Sozinhos vamos mais rápido! Juntos vamos mais longe!" 
Provérbio Africano 

2016-12-02

lavandarias self-service fazem bem ao ego!


O inverno traz-nos a necessidade de frequentar sítios diferentes... 
Um desses locais é a lavandaria self-service. Não tanto pela lavandaria, mas pela secagem! Secar roupa nesta época é difícil, e estes espaços contribuem muito para o bom desempenho doméstico... O que quer que isso signifique!

É interessante como as lavandarias self-service podem ser um lugar social. Ali, já falei com pessoas geograficamente próximas com as quais, dificilmente teria oportunidade e disponibilidade de falar (e elas comigo). Conhecem-se histórias que vão do encantador ao horripilante. A última vez, o caso foi diferente e classifica-a no âmbito das encantadoras. 

Encontrei a Rita, a quem dei formação numa associação há cerca de um ano. Essa formação permitiu conhecer pessoas interessantes com quem eu, ainda hoje, mantenho o contacto e com as quais estou, com alguma regularidade. A Rita é uma pessoa "boa onda" com imensa positividade! É também professora e advogada. Por tudo isto, quando nos encontramos e ela me disse com grande entusiasmo que tinha adorado a minha formação (já foi há mais de um ano) e que ainda hoje vai rever e usa conceitos e ferramentas que experimentamos naqueles dias, fez-me ganhar o dia. Já tinha o dia ganho por muios motivos. No entanto, quando alguém que conhece métodos pedagógicos, que está num grupo de pessoas qu se importam com valores e os debatem de várias formas, incluindo jogos e dinâmicas variadas, nos elogia duma forma tão efusiva e com alegria e inceridade nos olhos, logo, na alma, só podemos dizer que já temos o dia ganho. A acrescentar a tudo isto (como se fose pouco), ainda me pediu que a informasse de outras atividades... Claro que SIM. Por isso, associei-a ao grupo do facebook Sim! Simplificar, Inovar e Melhorar. Espero para breve a participação da Rita noutras formações! E como gostava que os meus workshops/formações ajudassem as pessoas a conhecer e usufruir de mais ferramentas que lhe facilitem a vida! 

Também tu foste fonte de motivação para estar sempre a melhorar as minhas sessões... 
E a ir mais vezes secar a roupa!! nunca se sabe quando trazemos roupa seca e o ego inflamado!
SIM, porque ir a lavandarias self-service pode fazer muito bem ao ego...

Obrigado Rita!

2016-11-13

Visitas a lugares especiais * CEARTE



"Quem ouve esquece, quem ouve e vê recorda, quem ouve, vê e faz aprende."
Provérbio Chinês

Há lugares especiais que são discretos e que apenas a quem tem vontade de conhecer mais, lhe são apresentados como parte de um mundo diferente. O CEARTE é um desses lugares. É património, não quando falamos de alvenaria e estrutura de betão, mas quando falamos de histórias do passado e do futuro e tem pessoas que acreditam que podem fazer algo para tornar o mundo melhor. Tem esperança. E partilha-a. Tem impacto no mundo de muitas pessoas que, sem este monumento intangível, dificilmente teriam encontrado o seu propósito, a sua missão de vida.

Quando algo nos fascina, devemos procurar o porquê…

2016-10-30

Muda a hora? Porquê? Uma inovação com um século de existência...



Há imensos exemplos de inovação na sociedade... Aliás, a sociedade está permanentemente em mudança e, de forma espontânea ou induzida, a inovação com a mudança são, provavelmente, dos poucos acontecimentos que temos como certos e imutáveis na nossa vida... Há quem diga que a morte e os impostos também...

Hoje, falámos de uma inovação social que aconteceu há aproximadamente um século: a mudança de hora. Mudar a hora duas vezes por ano é uma realidade a que já nos habituamos. Ainda há um ou outro debate sobre o tema, mas os que existem são ligeiros. Está assumida a mudança de hora como uma evidência, um facto, assumindo-se como um acontecimento natural e inquestionável da vida.

Nem sempre foi assim! O primeiro a lançar esta ideia disruptiva e inovadora, foi

2016-10-25

O Brainstorming foi Poderoso...

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E quando numa cidade pequena aparecem vários interessados em promover as ideias e em potenciar a sua capacidade criativa? Aconteceu na Mealhada... Na Cais Pharma!

Desta vez, não foram atraídos pelas 4 Maravilhas da Mealhada e, independentemente da sua proveniência pessoal e profissional, quem apareceu estava muito curioso sobre o tema! Responderam ao desafio de aprender a fazer um Brainstorming Poderoso... Deixaram que as rotinas dos sábados de manhã ficassem para o fim de semana seguinte, fossem elas dormir, ir às compras, ir ao ginásio ou passear no parque da cidade e envolveram-se de uma forma magnífica nos desafios que foram colocados.

Se um workshop depende muito do animador de serviço, depende ainda mais dos participantes. E este grupo, abraçou cada um dos desafios com uma entrega impressionante e permitiram obter resultados muito bons para quem se está a iniciar nestas andanças. Uma das pessoas disse, durante a sua apresentação, que não era muito criativa e acreditava nisso de forma convicta. Espero que tenha deixado de acreditar pois creio que nenhum dos presentes ficou convencido. É uma pessoa criativa, desde que saiba a importância de conhecer algumas etapas desta ferramenta que promove a nossa criatividade e, a partir daí, aproveitar para dar largas à imaginação. Num ambiente informal e descontraído, foram muitas as partilhas e as ideias lançadas.

Com o intuito de melhorar a capacidade de gestão das associações do concelho da Mealhada, a CaisPharma ofereceu uma participação a duas associações do Concelho. A Associação de Jovens Cristãos do Luso aproveitou bem a oferta e enviou um participante, o Nuno, que muito contribuiu para a excelência da sessão!

Ainda se recolheram alguns alimentos, que a CaisPharma irá entregar a uma instituição que possa entregar aos necessitados.

E assim se aprenderam a fazer Brainstormings Poderosos...
Agora, só é preciso aplicar!

Um grande obrigado a todos!








2016-10-11

Ouro Branco com novas utilizações

Alguém sabe o que é o ouro branco? Como inovar com o ouro branco?


Passei imensas vezes por campos de ouro branco... Meti a mão nalgum desse ouro... Nunca o vi aplicado ao que existe hoje atualmente, em algumas salinas... Ao marnoto já não lhe chega recolher o sal e vendê-lo... O marnoto precisa de ser criativo e encontrar novas formas de negócio relacionadas com o sal... O que estão a fazer os marnotos da Gran Caravela... Um SPA nas salinas? sublinhei e escrevi nos apontamentos "verdade ou brincadeira?" Felizmente é verdade! Um SPA na Gran Caravela, como sendo um museu a céu aberto.
Estão em constante processo de inovação para arranjar novas fontes de receitas para o sal, para que a marinha seja sustentável. Já é muito mais do que sal... é SPA... é salicórnia... é sal marinho... é flor de sal... é cosméticos a partir das argilas das marinhas...

E este trabalho começou a ouvir os sons de uma marinha da Figueira, A Marinha da Cobra... e a ouvir a Gilda, uma arquiteta, a falar da sua paixão... aquilo a que se entregou, em vez de emigrar! É mais fácil imaginar as imagens a partir dos sons do trabalho do sal!

Vale a pena ver como mais um setor tradicional começa a ganhar nova vida pela inovação em que alguns ousam apostar!

O trabalho completo sobre o ouro branco, de Miguel Midões, pode ser visto em:

http://www.tsf.pt/programa/reportagem-tsf/emissao/ouro-branco-5425760.html

2016-10-03

WEB SUMMIT: Hoje somos 14 Startups e no futuro?



O Web Summit é um evento de reconhecida importância no que respeita ao panorama europeu de tecnologia, empreendedorismo e inovação. Este ano, realiza-se em Portugal (Lisboa), entre 7 e 9 de Novembro e está representado por 66 Startup Portuguesas. Mais, dessas 66 startups, 14 são do Centro de Portugal...


  • NU-RISE
  • Watrigd
  • PET Universal
  • Magnomics
  • Heartgenetics
  • LifeTag
  • iClio
  • doDoc
  • Treat U
  • Speak
  • Fibersail
  • Follow Inspiration
  • BeeveryCreative
  • StoryMatik

Que sejam o exemplo para que na próxima hajam mais umas quantas representantes...

Ler mais em...
CCDRC
Net Centro

2016-08-12

Mas comunicar para quê?




É impossível não comunicar. Todas as pessoas ao longo de todo o dia comunicação, quer estejam a falar, quer estejam a ouvir, pela sua maneira de vestir, pela sua postura corporal. Tudo comunica. O mesmo se passa nas organizações, elas tal como as pessoas têm uma identidade, uma personalidade, algo que as torna únicas e com que as pessoas se identificam.

A comunicação é um instrumento de gestão que permite às organizações alcançar os seus objetivos e ser mais performativa nas respostas aos diferentes desafios. A comunicação ajuda a que a organização seja mais unitária e comunitária.


Quando planeia a gestão estratégica da sua organizações deve também passar por definir a estratégia de comunicação. Uma comunicação inteligente contribui para a mudança da sua organização. Investir em comunicação não é um gasto supérfluo.

A comunicação parte de dentro para fora e por isso as organizações devem centrar-se mais nas pessoas com quem trabalham, elas devem sentir-se integradas no projeto de desenvolvimento da organização, devem fazer parte do todo, que é a cultura da organização, e deve ser-lhes dado acesso a informação e formação de forma a motiva-las e fazer crescer as suas competências e aptidões tanto profissionais como pessoais. Deve partilhar informação, construir sentido e mobilizando as pessoas.

A comunicação de uma organização é uma rede de sistemas e dados que ligam a organização e o meio envolvente, é a relação organização-colaboradores e clientes. Se a comunicação com os seus colaboradores não funcionar, e estes não estiveram bem informados sobre os objetivos da organização será difícil para eles conseguirem dar o máximo de si para benefício da organização. A comunicação interna usada corretamente permite aos colaboradores “vestir a camisola” da organização por se sentirem parte importante do processo de evolução dela. A organização deve também fomentar o diálogo e a troca de ideias entre todos, uma vez que estes levam ao seu crescimento. A equipa de trabalho deve estar sempre informada e motivada para poder dar o melhor de si. Fale com os seus colaboradores e veja como eles se tornam mais criativos, flexíveis, proativos, comprometidos, motivados e confiantes, e como o trabalham melhor em equipa.

A comunicação externa é ajustada aos propósitos da organização, divulga um projeto e promove o seu trabalho. Falando para os seus clientes conquista visibilidade e legitimidade, falando para os seus colaboradores define o seu posicionamento, a sua identidade, a política de imagem, é o lado visível da identidade desejada. Cria assim a sua marca baseada na autenticidade e com um conceito verdadeiro com versatilidade e capacidade de se adaptar a vários públicos.

A marca de uma organização é o elemento visível de uma relação que se pretende de confiança. É a memória e o futuro. Identifica a organização, diz quem ela é. É o elemento diferenciador. A marca dá sentido ao produto oferecido ou ao serviço prestado e define a identidade da organização, produto ou serviço no tempo e no espaço, com base num conjunto de valores, que fazem os seus clientes se identificarem com ela. A marca cria uma relação entre pessoas e organizações, produtos ou serviços através de uma relação física, psicológica e social. Já a identidade visual caracteriza e individualiza a marca. A identidade visual credibiliza e fideliza. Tanto a marca como a identidade visual devem fazer-se sentir em toda a organização e em todas as manifestações discursivas das organizações, do registo institucional, promocional ou publicitário.

Para construir uma imagem visual da sua organização deve ter em atenção que ela deve ser construida com uma intenção bem definida e de forma rigorosa. A comunicação deve ser monitorizada e avaliada permanentemente. Se a comunicação não está a fazer chegar a sua organização aos objetivos que definiu então é porque não está a ser realizada da melhor forma, tendo em vista os seu público alvo e deve readaptá-la, sempre com base nos valores da organização.

Para que a sua organização tenha retorno defina a sua estratégia de comunicação, tenha um plano geral e objetivos definidos. Tenha em atenção que a comunicação deve ser multidirecional, monitorizada, flexível e adaptar-se e integrar-se a diferentes sistemas de informação.

Uma empresa só existe através da comunicação.” Lionel Brault

*imagem retirada de softruck

2016-07-06

Visitas a lugares especiais * Biocant


O nosso dia a dia tem um ritmo tão intenso que dificilmente nos permite observar muitos monumentos que existem à nossa volta. E se gosto muito de monumentos antigos, repletos de história e de histórias, gosto ainda mais de monumentos modernos, repletos de futuro e de esperança em mudar o mundo para algo melhor do que é hoje.

Quando a oportunidade se encontra com a vontade, encontramos disponibilidade. Foi o que aconteceu. A vontade já existia, pois a arquitetura moderna e atrativa do Biocant, atrai os olhos mais indiferentes às linhas curvas e/ou direitas que alguém pensou, planeou e construiu. 

Foi o que aconteceu num evento do TEDX Youth, ver Falar de competências e... de mudar o mundo, para o qual a Joana Branco foi convidada para oradora motivacional, através da sua história pessoal (fabulosa, diga-se de passagem). Eu tive a felicidade de me quererem igualmente ouvir e, assim, tive a oportunidade de conversar com muito boa gente, coletivo em que a Joana se incluía.

Ficou logo definida a possibilidade de visitar o Biocant. Se eu tenho um enorme interesse pela Inovação e pela Criatividade, o interesse da Joana é igualmente grande. Depois de umas semanas sem marcar as visistas, tal como quando dizemos a um amigo que temos que jantar ou tomar um café e fica indefinido no tempo, assim estava a decorrer a marcação desta visita. Estando a oportunidade aberta, dizendo eu que a vontade estava presente, só restava encontrar a disponibilidade, ou as palavras contrariariam os atos. Pois foi nesta segunda-feira abrasadora que marcámos a visita. Posso dizer-vos que tive a sorte de ter uma cícerone apaixonada pela ciência e pela gestão empresarial, o que tornou a visita não só muito válida do ponto de vista do conhecimento, mas acima de tudo fascinante por ver alguém que apresentava as o parque e as empresas que lá estavam como se fossem suas. E também lá tem uma empresa...

Passando à visita, como se de um museu do presente e do futuro se tratasse, fomos visitando os vários edifícios e conhecendo a história que sustenta o Biocant.

Devo dizer que se a beleza dos edifícios, visto por fora, é grande, por dentro há uma sensação de bem estar permanente, com pessoas que transmitiam bem-estar e tranquilidade. 

Começamos pelo edifício-sede, com uma visita ao auditório, magnifico e aberto a empresas e organizações que ali pretendam realizar eventos. Tem ainda várias salas de formação equipadas, para proporcionar a aquisição e partilha de conhecimentos, como não poderia deixar de acontecer num espaço em que o conhecimento tem um papel fundamental.

No edifício-sede há ainda o Centro de Ciência Junior, que pretende que haja um contacto com a ciência desde muito jovens e têm programas específicos para escolas ou grupos de crianças. (ver Centro de Ciência Junior). Fomos visitar outros edifícios, passando por diversas empresas, das quais a maior embaixatriz do espaço será, com certeza, a Crioestaminal. Aliás, esta empresa tem um corredor muito interessante, que permite ver de fora, sem qualquer interferência, o laboratório e a sala de criopreservação, acompanhada de alguma informação, entre a qual se deve salientar os casos em que as células criopreservadas já foram utilizadas em situações reais e os resultados obtidos em cada criança que as utilizou. É um momento de grande humanidade. Sente-se que a sua atividade fez a diferença na vida de algumas pessoas. Mesmo que fosse apenas 1 pessoa, já teria valido a pena. 

Destacam-se ainda os edifícios UC Biotech, em que uma unidade de investigação aplicada da Universidade de Coimbra, foi construída no Biocant, permitindo uma aproximação maior do processo de Investigação e Desenvolvimento ao processo de Desenvolvimento de Negócio. É interessante pois aproxima duas fontes de saber importantes para construir negócios viáveis e com um propósito.

Nesta visita, em que foi explicado o papel do Biocant como agregador das empresas de Biotecnologia nacional, representando já 35% das empresas em território nacional, foram percebidas ainda outras vantagens: a promoção da ciência, nomeadamente a Biotecnologia com a marca Portugal, o reforço da presença no exterior e o conhecimento relativo às necessidades específicas deste tipo de empresas.

O último edifício, no qual não entrámos e que está por inaugurar, tem como finalidade a captação de empresas internacionais para o Biocant. Uma aposta que poderá trazer outros conhecimentos de investigadores de outros meridianos, o que só pode beneficiar quem está presente, e quem venha a estar, independentemente da nacionalidade das empresas ou dos investigadores.

Conclusão, a Biotecnologia Portuguesa está saudável, numa fase pós-embrionária, mas com um crescimento sustentado e com uma entidade (Biocant) que está focada em tratar bem este ativo da ciência e da economia portuguesa, e que tem como missão valorizar a I&D e as empresas do setor.

Muito obrigado Biocant. Muito obrigado Joana Branco. Até breve. Até sempre!

2016-06-01

O medo do vazio.

As pessoas têm medo do vazio, evitam-no a todo o custo. Em design o espaço em branco, também designado vazio ou negativo, é um espaço para respirar que permite dar destaque ao que realmente é importante, à mensagem a passar.


Ao contrário do que muita gente pensa, o design não é arte e não serve para ser contemplado, serve para ser usado, é o objetivo dele ser útil e funcional.
O ser esteticamente agradável é ser harmonioso, discreto, sóbrio e integrado na função do projeto. A estética é uma aparência física que varia em gosto consoante valores pessoais e culturais. Por isso se adicionam texturas, cores, imagens, entre outros elementos gráficos para facilitar a mensagem de acordo com as pessoas com quem queremos comunicar, mas estes elemento são elementos de atração e sedução do marketing, quando usados em excesso dificultam a transmissão da mensagem.

Quando um designer desenvolve um projeto ele está a trabalhar para comunicar alguma coisa a alguém. O início do seu trabalho passa por se inteirar e pesquisar sobre um estilo de vida para assim integrar o seu projeto de acordo com determinadas funções. Um projetos de design é criado com o objetivo de resolver uma necessidade, têm um objetivo claro e lógico para a sua execução. A celebre frase de Louis Sullivan, “a forma segue a função”, é o resumo de um dos princípios fundamentais do design. A estrutura de algo deve partir da função a que se destina. O projeto tem de funcionar e para isso tem de fazer chegar a mensagem ao público alvo. Para um projeto funcionar é preciso que o designer tenha uma perceção do todo, o projeto não é um elemento único, está enquadrado num determinado ambiente e como tal deve enquadrar-se nessa totalidade percebida. Um trabalho de design é o resultado da funcionalidade aliada ao dia a dia e não de um capricho pessoal ou de tradição histórica. É o público alvo que demonstra a eficácia do projeto. Os projetos de design devem ser simples, claros e objetivos no cumprimento da sua função e sempre com base no conhecimento do seu público alvo. Tal como dizia Walter Groupis o objetivo é a “simplicidade na multiplicidade”.

Em suma, um designer começa o trabalho no vazio, com uma folha branca, sem conteúdo, sem informação. Para poder desenvolver o seu trabalho o designer necessita de fazer pesquisas e de obter informações sobre o que utilizar como solução para o seu problema. O seu processo de trabalho baseia-se em muita pesquisa, teste de ideias e análise de testes, para chegar à solução final que cumpra o objetivo.

Os espaços vazios são importantíssimos no design, servem para fixar a atenção no conteúdo do projeto, são áreas sem elementos gráficos, sem conteúdo, é o espaço entre as linhas de texto, as margens e as molduras de fotografias por exemplo. Passam a sensação de leveza e deixam a experiência do usuário mais satisfatória, são as guias de leitura de um projeto, sem elas a leitura fica dificultada, direcionam o olhar do leitor para os conteúdos e a mensagem é transmitida eficazmente. Estes espaço podem ou não ser brancos mas não devem ter elementos que chamativos.

Damos muita atenção aos espaços preenchidos evitando ao máximo a existência de espaços vazios. Se vemos um trabalho com espaços vazios queremos sempre preenche-los com mais elementos, quando isso vai fazer com que um projeto não tenha ligação entre espaço positivos e negativos, sem existir o contraste visual essencial para a leitura fluente. O nosso cérebro precisa desse contraste, do diferente, e um design simples e discreto cria mais esse contraste que facilita a leitura fácil e eficiente, ao invés de um espaço saturado de informação.

Trabalhar com um design discreto é uma boa solução para controlar a mensagem a ser transmitida bem como a forma como o usuário interage com ela. A mensagem é o principal elemento do projeto e os elementos gráficos devem ajudar a destacá-la e não o contrário. Se a mensagem é clara então poucos elemento são suficientes para transmiti-la. Ao usar elementos gráficos que nada acrescentam à mensagem estamos apenas a enfeitar e a poluir visualmente o trabalho, fazendo até com que a mensagem seja mais difícil de passar. No meio de muito informação é difícil o usuário perceber o que lhe pretendem dizer, logo mais difícil vai ser se atingir objetivos de comunicação. Muitos elementos num projeto não indicam qualidade no trabalho. “Menos é mais“ já dizia Mies Van der Rohe.


Sun Tzu disse no seu livro a Arte da Guerra “com formas se fazem planos de batalha mas as pessoas não entendem isso. As pessoas conhecem as formas das vitórias mas não o modo como são conquistadas.” Quando alguém contrata um designer para desenvolver um determinado projeto já tem uma ideia do que quer, mas muitas vezes não tem noção do caminho para chegar à solução final, nem entendimento para perceber que a solução que idealizou pode não funcionar totalmente, para chegar onde pretende. É preciso conhecer a forma para projetar, é preciso conhecimento, estudo e técnica para acertar com o mínimo de erro e desperdício na solução que vai fazer chegar ao objetivo definido.


O design é uma ferramenta de comunicação, esta por sua vez é ferramentas de trabalho do marketing, que é uma das áreas da gestão. Com certeza já identificou que a gestão é um ponto fundamental no desenvolvimento do seu negócio. Então como descura o trabalho de design quando faz parte dessa cadeia de valor da sua empresa? Como vê é demasiado importante para desenvolver o seu negócio. Não deixe este trabalho ser feito em cima do joelho e por pessoas que não têm os conhecimentos necessários para o desenvolver de forma a cumprir os objetivos idealizados por si. Defina a sua estratégia de marketing e comunicação com um profissional e coloque-a em pratica igualmente com um profissional.

Envolvimento da gestão de topo

Vetor reunião do grupo de negócios
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Empresa perfeita?

Todos gostaríamos de estar envolvidos com empresas perfeitas. Acredito, no entanto, que a maioria das empresas ainda não chegou a esse patamar. Acredito, que as que consideraram ter chegado a esse patamar, já tenham fechado as portas.

As empresas são organizações em que os problemas estão presentes. Os da própria empresa e os dos clientes. As mais bem sucedidas, estão interessadas e são pró-ativas na resolução de problemas. Gostam de problemas, de novos problemas e investem recursos na sua resolução.

Um dos problemas mais vezes referenciado (direta ou indiretamente) nas auditorias ou em trabalhos de consultoria e formação, é o envolvimento da gestão de topo. A gestão de topo deve dar o exemplo e, como diria Ralph Emerson "as suas ações falam tão alto, que não consigo ouvir o que está a dizer"

Liderar pelo exemplo

É importante que os líderes das empresas, estejam posicionados ao nível da gestão de topo ou em qualquer nível hierárquico, transmitam  as mensagens que pretendem passar pelo exemplo. Pelas palavras também é importante, mas o exemplo é determinante. Tenho tido vários casos em que a importância da qualidade foi claramente transmitida, sem ser necessário dizer nada. Ficam dois exemplos para ilustrar como pode ser simples passar a mensagem pretendida:

Numa Universidade conceituada, na formação no uebe.Q, software para gerir sistemas de gestão da qualidade, estiveram presentes na formação a Gestora da Qualidade, uma equipa de informáticos, a Responsável pelos Recursos Humanos e, a Administradora da Universidade. A presença dos vários elementos é fundamental para o conhecimento e implementação adequada do uebe.Q. A presença da Administradora é determinante na mensagem que passa sobre a qualidade na instituição. Apesar da sua enorme ocupação, esteve presente nos 3 dias de formação. Imagino que tenha obrigado a um esforço de agenda enorme. Estou convicto que esta presença foi muito positiva e esclarecedora para poder dissipar quaisquer dúvidas que pudessem subsistir sobre a importância da qualidade.

A Atena é uma empresa de automação industrial que trabalha muito para o setor automóvel. Há uns dias, no âmbito de uma formação sobre a Norma ISO 9001:2015, fiquei espantado pela Administração da empresa estar em peso nesta formação. Três administradores!! Conhecendo a empresa, não deveria ter ficado admirado. Têm dado provas, ao longo do tempo, da sua dedicação, empenho e envolvimento nos diversos projetos que implementam, seja ao nível da produção ou outros relacionados com a estrutura organizacional ou de mudança. Afinal, é ou não de esperar que os líderes da empresa assumam e participem nos debates e nas decisões sobre a própria empresa? Que assumam as decisões tomadas? É o caso... Mais ainda, no processo de transição para a ISO 9001:2015, as sessões de trabalho são marcadas de acordo com a agenda do administrador que acompanha de forma mais próxima a qualidade e a produção.

A RedeRia, é uma empresa que atua na área das redes de telecomunicações, telemetria e controlo. Tive a sorte de trabalhar com a RedeRia na área da qualidade e na implementação do seu sistema de gestão da investigação, desenvolvimento e inovação. Contínuo a acompanhar a empresa na sua procura constante por uma elevada qualidade e na apresentação de produtos/projetos inovadores. Podem-se contar pelos dedos de uma mão as vezes em que pelo menos um dos administradores não tenha estado presente.

Liderar é simples?

Liderar não é simples e exige uma atenção constante a vários fatores. Um dos fatores mais relevantes, para não dizer "O Fator X", são as pessoas. Aproveitar oportunidades para debater, conhecer os pensamentos, passar mensagens com e para as pessoas da nossa organização pode eliminar barreiras entre lideres e seguidores. Até porque todos nós somos líderes e seguidores em determinados momentos e contextos. 

Com a abordagem que pudemos verificar  nos exemplos acima, seja perante projetos de grande impacte, seja perante projetos mais pequenos e que forma considerados importantes e, por isso, estão em implementação, podemos dizer com um grau de confiança elevado que o exemplo é a forma mais fácil de transmitir mensagens e de assegurar que a empresa está a ir na direção pretendida. Complementa resultados de curto prazo com mudanças de longo prazo, que promovem, incutem e consolidam a cultura organizacional que a liderança pretende.

Envolva-se! Lidere! Atinja os objetivos!
Seria um desperdício não aproveitar as pessoas que estão à sua volta!
Valorize-as que elas responderão à altura!

2016-05-24

Falar de competências... e de mudar o mundo!


Ontem foi dia de falar de competências e da sua importância no nosso crescimento pessoal e profissional! No TedXYouth de Coimbra. Gostei da experiência. Senti orgulho e vaidade por ter sido convidado. Ir a um TEDx, é um reconhecimento de que o que temos para partilhar tem valor para alguém! Pelo menos, para quem fez o convite... E se tiver conseguido tornar a vida, a atitude, o pensamento, ou o comportamento de alguém um pouco melhor, terei conseguido cumprir com o objetivo a que me tinha proposto. E não é situação única ter alguém que me surpreende dizendo que mudei a sua vida ou que fui/sou uma inspiração. É muito bom. A primeira tentação será dizer que é exagero. Mesmo sem falsa modéstia. Analisando mais profundamente, quem sou eu para insistir com alguém que diz que lhe mudei a vida para a confrontar (à pessoa), dizendo-lhe que está errada? No caso desta Talk, esta deve ser informação que não me chegará facilmente. Apenas os sorrisos que consegui sacar poderão servir para o meu barómetro pessoal, absolutamente falível, mas que me dá a sensação de que foi positivo para quem estava a ouvir.

Este TEDx Youth Coimbra para o qual tive a honra de ser convidado, foi realizado no âmbito do Campeonato Nacional das Profissões. No final, visitamos a Worldskills Portugal, que permitiu ver o que está a ser feito ao nível da formação profissional com um evento de grande mérito, que corresponde a um momento alto da formação profissional.

Fui partilhar algumas experiências e recebi imenso. Ver o Diogo Silva a partilhar como tem conseguido ter sucesso a partir do insucesso, a Rita Galante a partilhar o método duro como aprendeu a importância do trabalho em equipa e a Adriana Neves a explicar-nos como teve que encontrar os seus sonhos e como os tem operacionalizado, foi revigorante. Se alguém pensa que "os jovens são isto e aquilo", e que "não temos futuro com esta juventude", devia ver os exemplos destas pessoas que vão ser os adultos do nosso futuro, vão dar a alma ao nosso país. Olhando para as talks que tive a felicidade de ver, há esperança no futuro... Senti que estava ao lado de gente de grande coragem e valor. Nesta idade, conseguiram fazer boas comunicações com excelentes conteúdos.

Também a Joana Branco, especialista em Biotecnologia e Gestora da Inovação, partilhou connosco, de forma magistral, o seu caminho e os seus desafios até agora! E que caminhos! Quer mudar o mundo e vai consegui-lo. Aliás, já o está a conseguir!

Eu, irei resgatar alguns dos ensinamentos que ali ouvi, e se conseguir colocar alguns em prática, já estarei a mudar o mundo. O meu mundo, pelo menos!

Para quem esteve presente, um grande hip hip HUGAA!!

2016-05-02

2016-04-30

O Visionário, o Dr. Nono e o Carregador de Piano...


Qual é o maior valor da minha empresa? 

Esta pergunta devia ser feita de forma frequente para relembrar com frequência o que é realmente importante nas organizações.
Concordando com alguns pensadores de referência, é minha convicção que o bem mais precioso de uma empresa são as suas pessoas. Acredito que, se fosse feito um questionário à gestão de topo das empresas e à gestão intermédia, houvesse muitas respostas neste sentido. Provavelmente haveria ainda algumas que diriam que o bem mais precioso é a marca, o equipamento, o know-how, a frota, o restaurante, as instalações ou outras. Acredito ainda que algumas das que responderam que são as pessoas, têm de facto esta convicção, mas não conseguem pôr em prática as suas intenções.

É certo que tendemos a cuidar bem dos aspetos a que damos maior importância. É importante que se cuide das pessoas que nos rodeiam, das pessoas que nos acompanham no crescimento e/ou sustentabilidade da nossa empresa, do nosso projeto. Nem sempre é fácil fazê-lo. Há, no entanto, passos que são essenciais: um dos mais importantes, é conhecer as pessoas que estão ao nosso lado. As pessoas são diferentes, têm passados e contextos diferentes e, todos esses fatores, influenciam significativamente a atitude, a motivação e o comportamento das pessoas. No entanto, mesmo não sendo fácil, é importante conhecermos quem está ao nosso lado, os seus valores, crenças, motivações, virtudes e fraquezas. Para isso, há alguns modelos que nos permitem aprofundar este conhecimento.

Modelos de perfis:

Um modelo que , pela sua simplicidade pode ser utilizado informalmente, mas permite identificar um conjunto de colaboradores, é o apresentado por Ferran Soriano, no seu livro o futebol e a gestão. Apresenta três tipos de perfis que conseguimos associar facilmente à maioria das pessoas: o Dr. Nono, o visionário e o carregador de piano.
O visionário: este perfil corresponde a quem está sempre com ideias, sempre a sonhar o novo futuro, o novo processo, o novo grande bestseller que vai aparecer nos produtos do nosso catálogo. Tem imensas ideias, formas diferentes de ver os mesmos assuntos e vê facilidades e sucesso em tudo o que está à sua volta. É importante ter este tipo de pessoas, pois fazem progredir, evoluir, mudar. E se não mudarmos internamente, o contexto obrigar-nos-á a mudar ou definharemos até um estado vegetativo. Tem tendência a iniciar projetos e a não os finalizar, pois o novo é o que realmente o atrai.
O dr. Nono: é a pessoa que está sempre de pé atrás. Faz o papel de advogado do diabo e está sempre a identificar os riscos e os motivos porque não se deve implementar um novo projeto, ideia ou conceito. Tudo são dificuldades e obstáculos a mudanças. Está mais focado nas dificuldades e nos riscos associados. Tem capacidade para se focar em tudo o que pode correr mal. Pode ser considerado o pináculo do mas... É muito bonito, mas... É interessante, mas... É um complemento importante do visionário e para o equilíbrio da organização, um trabalho conjunto e compreensivo entre os dois, é uma mais valia, pois permite colocar novos projetos ou conceitos em prática, assegurando uma adequada análise do risco e tendo uma postura preventiva, relativamente aos aspetos mais críticos.

O carregador de pianos: é um fazedor! Está completamente orientado para a ação e, tipicamente, faz duas vezes antes de pensar. Este é o típico colaborador que, antes de identificar todos os riscos e todo o potencial existente, já está a pôr em prática aquilo que o visionário pensou e a analisar como ultrapassar os riscos identificados. Tem uma enorme capacidade para agir e fazer, e procura não estar demasiado envolvido em teorias. Adquire o conhecimento pondo em prática situações que nem sempre domina completamente, no entanto, este foco na ação permite-lhe ter conhecimentos profundos essencialmente empíricos, sobre os projetos a que se dedica. O carregador de pianos é fundamental para executar as ideias e sonhos do visionário. Um visionário sem capacidade de execução, ou sem um carregador de pianos à sua volta, é apenas um sonhador. A maioria das vezes, fica na sombra e não se dá pela sua atuação. Até que, por qualquer motivo, sai. Só aí se nota a sua influência.

Utilizando esta abordagem simples, conseguimos ter uma primeira abordagem ao conhecimento dos perfis das pessoas das organizações, e será uma primeira etapa no caminho do conhecimento das pessoas de cada organização.

Eneagrama

Outro modelo que tenho aprofundado e estudado com regularidade, o qual considero muito útil para utilizar em meio empresarial, é o Eneagrama. Diz que as pessoas podem ter um de nove perfis. É um conhecimento milenar que foi passado oralmente durante séculos. Simples, numa primeira análise, mas com complexidade suficiente para ser objeto de estudo para a vida. Permite aprofundar o auto-conhecimento e o conhecimento de quem nos rodeia e permite melhorias na relação connosco e na relação com os outros. Este conhecimento, promove ter a consciência sobre as motivações e formas de proceder de cada um de nós e de quem está à nossa volta. Permite otimizar equipas e até, ser utilizado em recrutamentos para encontrar o perfil adequado para as funções pretendidas.

Respeito

Independentemente do modelo, é importante conhecer bem as pessoas que nos rodeiam. Essa pode ser a diferença para, em momentos de crise, ter as nossas pessoas à nossa volta, ou sermos surpreendidos por vermos que o desalinhamento existe e é transversal. Se as pessoas são o bem mais precioso de uma empresa, há que começar por conhecê-las bem e cuidar delas. Se não o são, conheça-as na mesma e cuide igualmente delas.

Respeite as suas pessoas e trate bem delas. Dificilmente poderá contar com as pessoas em tempos de vacas magras, se em tempos de vacas gordas as desprezou, as desrespeitou e se se aproveitou delas.

Provavelmente aumentará a sua probabilidade de sucesso.