O que é que é que a invenção do Post-it da Penicilina e do Velcro têm em comum?
Todas são fruto do acaso! Normalmente o progresso científico está associado à pesquisa e à análise rigorosa, mas nem sempre é assim. Um número surpreendente de descobertas deve muito ao “factor acaso”
• Post-it
Em 1970, um químico de nome Spencer Silver estava a trabalhar nos laboratórios de investigação 3M a procurar desenvolver uma cola forte. Em vez disso, o seu trabalho resultou num aderente que não era muito pegajoso. Quando separava duas folhas de papel coladas com aquele produto, Spencer descobriu que a cola aderia quer numa quer na outra folha. Pareceu ser uma invenção sem qualquer utilidade. Quatro anos mais tarde, um colega que estava a cantar num coro da igreja teve uma brilhante ideia. Ele usava marcadores no livro dos cânticos para saber onde devia cantar, mas estavam sempre a cair. Então, pincelou os marcadores com a cola de Spencer. Como por magia, eles permaneceram no seu respectivo lugar e quando retirados não danificaram as páginas. Tinha nascido o Post-it.
• Penicilina
Descoberta em 1928 por Alexander Fleming quando deixou no banco do seu laboratório um prato sujo de cultura com a bactéria estafilococos, durante as duas semanas que esteve de férias. Regressou para verificar que a cultura tinha sido contaminada por um fungo, que fizera com que a bactéria parasse de se desenvolver. Tinha descoberto o antibiótico!
• Velcro
O Velcro foi inventado em 1941 por George de Mestral, um engenheiro suiço. A ideia surgiu-lhe quando observava de perto as badanas que ficavam presas à sua roupa e ao pêlo do cão, quando caminhavam nos Alpes. Examinou-as ao microscópico e decidiu inventar um único material que copiasse o gancho microscópico das badanas. Por tentativa e erro, constatou que o plástico quando cosido sob luz infravermelha formava ganchos pequenos mas resistentes, e que facilmente se ligavam a tecido de plástico mais suave e aveludado.
Estes são apenas alguns exemplos, poderia enumerar muitos mais onde igualmente o factor sorte ou acaso teve um papel fundamental. Mas a sorte por si só não é suficiente para se realizarem descobertas tão importantes. É necessário ter uma mente preparada e aberta, para detectar e compreender a importância de um incidente imprevisto e utilizá-lo de uma forma construtiva. Como o famoso cientista francês Louis Pasteur disse: “No campo da observação, a sorte só favorece os espíritos preparados”
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