2016-10-30

Muda a hora? Porquê? Uma inovação com um século de existência...



Há imensos exemplos de inovação na sociedade... Aliás, a sociedade está permanentemente em mudança e, de forma espontânea ou induzida, a inovação com a mudança são, provavelmente, dos poucos acontecimentos que temos como certos e imutáveis na nossa vida... Há quem diga que a morte e os impostos também...

Hoje, falámos de uma inovação social que aconteceu há aproximadamente um século: a mudança de hora. Mudar a hora duas vezes por ano é uma realidade a que já nos habituamos. Ainda há um ou outro debate sobre o tema, mas os que existem são ligeiros. Está assumida a mudança de hora como uma evidência, um facto, assumindo-se como um acontecimento natural e inquestionável da vida.

Nem sempre foi assim! O primeiro a lançar esta ideia disruptiva e inovadora, foi

Benjamim Franklim, no final do séc. XVIII, cujo intuito era poupar energia... no caso específico, velas. Ainda hoje, o nome "oficial" desta mudança de hora, é DST, Daylight Savings Time, proposto por este presidente dos EUA. Em 1895, o astrónomo neozalandês George Hudson voltou a abordar o tema.

No entanto, a ideia só avançou quando William Willett, membro da Sociedade Astronómica Real do Reino Unido e trisavô de Chris Martin, vocalista dos Coldplay, no início do séc. XX recuperou a ideia de mudar a hora do Verão e reacertá-la no outono, através da elaboração de um trabalho chamado "The waste of Daylight". Apesar de ser debatida diversas vezes no seu país, na Câmara dos Comuns, só foi aprovada em 1916, após a sua morte.

No entanto, o primeiro país a aderir a este DST foi a Alemanha. Os esforços associados à guerra (esforço bélico e consumos de carvão) foram os principais motivos que levaram os alemães a avançar. Seguiram-se vários países europeus, incluindo Portugal.

Houve vários avanços e recuos em diferentes países. A crise petrolífera de 1973, reforçou a perceção dos benefícios desta mudança de hora e tornou-se diretiva europeia em 1981. Em Portugal, na década de 90, houve uns anos em que não se mudou a hora e manteve-se a hora do centro da europa, o que fazia com que se chegasse ao trabalho de noite, ou que a luz solar permanecesse até quase às 23h.

Atualmente, a hora atómica (UTC - tempo universal coordenado) é a referência e usa como base o  meridiano de Greenwich. Em Portugal, há uma diferença de 36 minutos em relação à hora solar.

E assim, as inovações se vão integrando no nosso quotidiano, sendo aceites e tornando-se parte da nossa vida.

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