2018-12-02

Gestão do Tempo na Fundação Bissaya Barreto


Momentos... Quando trabalhar nos dá grande satisfação... Preparar a gestão do tempo! Estes são momentos em que estive a desenvolver à medida a formação de Gestão do Tempo para um conjunto de profissionais da Fundação Bissaya Barreto​. É sempre um desafio que encaro com muito entusiasmo. Foi muito bom encontrar, mais do que profissionais, as pessoas que fazem uma Fundação de grande importância e que fez e faz a diferença na vida de muitas pessoas. Gostei das pessoas que encontrei: com vontade, empenho e desejosas de saber como melhorar a sua relação com o tempo.

Foi ótimo saber que algumas entraram na formação a pensar que seria uma seca e saíram a dar por muito bem empregue o tempo em que estivemos juntos a debater o tempo e como o tornar útil mais agradável e útil para cada um dos presentes. Se a minha ação tiver algum impacto no seu dia-a-dia, sinto que é mais um momento em que acrescentei algo à minha missão de vida.

Se puder tornar um pouco melhor a vida de quem está preocupado em assegurar o funcionamento de uma fundação que torna a vida dos outros mais fácil, melhor, é um excelente motivo para sorrir.
Obrigado, Helena Cravino​, Fausto Moreira​, Sofia Neves​ e todos os outros participantes na formação. Aprendi imenso convosco.

2018-12-01

DIANA PRATA: A EMPATIA É UMA VANTAGEM EVOLUTIVA


A empatia é uma característica que vem na grande maioria das listagens de características necessárias para um são convívio entre pessoas. Podemos estar a falar de lideranças, de relações profissionais, de relações familiares ou qualquer relação entre dois ou mais seres humanos. Acredito que a empatia nos torna seres humanos melhores, mais decentes e que é uma característica que nos permite diferenciar o ser humano dos animais irracionais.

Ao encontrar esta entrevista, houve duas questões que me atraíram de imediato para a leitura da entrevista à investigadora Diana Prata. Uma delas, é uma citação da própria: «A empatia é uma vantagem evolutiva, não convém nada perdê-la»... Vantagem evolutiva? vamos lá aprofundar a entrevista!
A segunda questão?
Uma investigadora com menos de quarenta anos e com um laboratório com o seu nome? Claro que estou imensamente curioso... Quero saber mais sobre esta investigadora, que na entrevista nos explica a influência de algumas hormonas, com grande ênfase na oxitocina, e o seu impacto em diversas áreas da nossa vida, como:algumas doenças, comportamento social, os dilemas sociais e impacto nas decisões do dia a dia, a importância do contexto para uma pessoa ser mais ou menos afetuosa, os sistemas de recompensa e sua ativação pelo facto de comermos doces, termos sexo ou cooperarmos e sermos generosos...

Uma entrevista muito interessante e que nos dá pistas para percebermos melhor como funcionamos.

Podem ler a publicação original em: Life.DN
Ou ler a transcrição da notícia abaixo.

DIANA PRATA: «A EMPATIA É UMA VANTAGEM EVOLUTIVA, NÃO CONVÉM NADA PERDÊ-LA»

2018-11-21

Ser workaholic é motivo de orgulho ou de mudança?


Ser workaholic ou não? Qual é a perspetiva dos colegas sobre um workaholic? Qual a dos líderes de uma organização? Como encarar uma pessoa que deixa a família, os amigos e tudo o que lhe causa satisfação para se concentrar, de forma doentia no trabalho? É motivo de orgulho, ou motivo para análise e mudança de atitude? O que ganham os patrões? A curto, médio e longo prazo? Porque há líderes que promovem o equilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional e outros há que ficam todos babados com a perspetiva de umas horas de trabalho suplementar sem pagamento associado?

Todas estas situações foram motivo de análise e reflexão no curso de Gestão do Tempo que estamos a realizar numa instituição. Curiosamente, apareceu-me a rúbrica da Ruth Manus que está muito apropriada ao debate que tivemos.

A rúbrica original pode ser consultada em: A geração que acha que trabalha muito mas na verdade só trabalha mal e tem um título muito sugestivo, acompanhada de um texto que diz muito do que acontece em muitas organizações. Vamos ler abaixo:

2018-11-19

Gestão do conhecimento * aspetos positivos e negativos


A gestão do conhecimento é fundamental nas organizações.
Como em qualquer área, há aspetos positivos e dificuldades e obstáculos associados à implementação de um sistema de gestão do conhecimento (SGC).
Numa sessão recente em que a GC foi tema abordado, verificou-se que, apesar dos aspetos positivos decorrentes da GC, que são importantíssimos na sustentabilidade da maioria das organizações (para não dizer em todas), há dificuldades de ordem prática que impedem uma eficaz e continuada aplicação de métodos de gestão da GC.
Na prática, e com base no trabalho de gestores que sentem na pele os benefícios e as dificuldades da gestão do conhecimento, ficam abaixo alguns aspetos positivos e outros negativos, que são sentidos no dia a dia por quem gere as empresas.

Dificuldades/obstáculos:
  • Disponibilidade dos responsáveis para definir as metodologias.
  • Resistência à mudança.
  • Falta de "duplicados" para a partilha.
  • Génese humana
  • Auto-avaliação dos RH da empresa
  • Conflitos de interesse
  • Confidencialidade
  • Falta de apoio dos gestores
  • Registo das atividades poderá não ser prioritária
  • Individualismo
  • Forma de ser da pessoa que não passa conhecimento
  • Sistemas de Informação
  • Tempo
  • Envolvimento de todos os colaboradores
  • Registo e tratamento do conhecimento organizacional
  • Tempo e disponibilidade de meios para organizar a gestão do conhecimento na organização
Aspetos positivos/benefícios:
  • Reduzir dependência de indivíduos
  • Uniformizar a base de conhecimento
  • Implementar as melhores práticas
  • Avaliar necessidades de formação
  • Avaliar o estado do conhecimento
  • Necessidade de recursos humanos
  • Garantir financiamento para I&D
  • Garantir transferência de conhecimento para produtos
  • Garantir áreas estratégicas para I&D
  • Garantir rendimentos pela venda de propriedade intelectual.
  • Não repetir erros do passado
  • Ter disponível o Know-how de experiências passadas dentro da organização
  • É um activo
  • É o segredo do negócio
  • Evita riscos/perdas
  • Estruturar por área.
Todos estes itens devem ser trabalhados ao longo dos tempos, nas organizações. Não basta estalar os dedos e esperar que a GC seja uma realidade. Aliás, temo que a GC nunca seja uma realidade por terminada, mas seja permanentemente um processo em curso.
O facto de serem gestores de empresas a partilharem a sua perceção, permite ir além da teoria e identificar alguns aspetos que podem e devem ser trabalhados.
O conhecimento de uma organização tem impacto na competitividade da empresa e no bem estar dos seus colaboradores. Assim, é fundamental que esta área de gestão seja tida em consideração, tanto nas reflexões estratégicas, como na ação diária, através da implementação de pequenas iniciativas que podem mudar e tornar a cultura das organizações mais sensíveis e atentas à gestão do conhecimento. Podemos ter duas abordagens distintas: a reengenharia global e radical dos processos e a melhoria incremental dos processos na GC. Qualquer uma das abordagens tem vantagens e desvantagens.
Assim, independentemente da abordagem que se tenha (reengenharia radical ou melhoria incremental dos processos), é fundamental recordar que, em ambos os casos, muitas pequenas ações podem mudar uma empresa e ultrapassar uma inércia natural e, muitas vezes aceite, na gestão das empresas e no seu processo rumo a maior sustentabilidade.
Assim, comece a refletir, determinar e implementar várias pequenas ações. Estas poderão ter um impacto surpreendente na GC da sua organização.

2018-11-18

Obrigada a profissionais como tu...

Todos sabemos o quão importante são os elogios, o reconhecimento das boas ações, do trabalho, do esforço e empenho.
Por vezes, vêm dos locais inesperados, pois "apenas" estamos a fazer o que é o nosso dever. Todavia, quando aparecem, são muito bem vindos e devem ser recordados essencialmente para nos motivar a fazer o nosso trabalho bem feito, a agir com boa fé e respeito pelas situações e desafios que nos são colocados no dia a dia.
Assim, é fundamental que tenha a noção de que o meu trabalho é positivo numa imensa maioria das situações em que me vejo envolvido. No entanto, pode aparecer uma situação ou outra em que aparece um momento menos positivos. Para que me possa recordar que, quando há momentos que podem não correr tão bem, há muitos momentos como o da imagem abaixo:


é fundamental deixar registado estes bons momentos. E quando estes elogios vêm de uma profissional como a Ana, assumem uma dimensão ainda maior.
O mais importante, é ter a noção de que fui útil para alguém, que dei o meu melhor para que várias pessoas pudessem tornar-se um pouco mais competentes (mesmo que com um impacto ínfimo). É igualmente importante ter a perceção de que as pessoas se sentiram bem, evoluíram e deram por bem empregue o tempo que passámos juntos.
Ana e Rodrigo, é um enorme prazer colaborar convosco nos diversos projetos que vão desenvolvendo com tão grande profissionalismo e observar a vossa atuação, e assim, tornar-me um pouco melhor. Tem havido várias situações. Para recordar:



Desta forma, quando aparecem os raros momentos em que algo corre mal, é bom ter estes gatilhos para relembrar como há tanta gente e tantos lugares onde foram proporcionados momentos significativos, agradáveis e úteis.
Desejo mesmo muito que continue a ter o contacto e a possibilidade de trabalhar com tanta gente de qualidade e interessante que tem passado pela minha vida e que tenha força para todos os dias trabalhar para alcançar os resultados desejados. Que estes maravilhosos reconhecimentos, sejam uma consequência natural da atitude e empenho que pratico e operacionalizo nos vários projetos em que participo, pois dotam-nos de uma força, uma motivação e uma vontade enorme de continuar o caminho, pois ficamos com mais certezas sobre a importância do caminho que traçamos todos os dias.

2018-11-16

Viagens ao mundo da formação * 2018, Setembro e Outubro

As viagens de Setembro e Outubro de 2018, ao mundo da formação, foram ricas e diversificadas, com a presença em vários clientes: 

* Decriativos
* Wavecom
* MOAVE (Cabo Verde)
* RedeRia
* CB Consulting
* UBI - Universidade da Beira Interior
* IESh - Instituto Eneagrama Shalom

E em variadas áreas de atuação
Em diferentes temas e áreas de atuação:
* uebe.Q: software para sistemas de gestão da qualidade, ambiente, segurança, Inovação, …
* Inovação e Criatividade.
* Sistemas de Gestão da Qualidade.
* Sistemas de Gestão de Investigação, Desenvolvimento e Inovação.
* O Eneagrama e o autoconhecimento (para líderes, gestão de equipas, relacionamentos,...)., etapa I: a identificação da personalidade.
* Pitching.


E assim foram os meses de Setembro e Outubro. Sempre acompanhado de outras atividades que dão enorme prazer, relacionadas com consultoria, auditorias e acompanhamentos pessoais (desenvolvimento pessoal). Como sabemos, esses  projetos são contabilizados num campeonato à parte. 

A todos, o muito obrigado. A paixão pela formação é grande e a partilha de conhecimentos traz-me grandes momentos, grandes pessoas e sinto sempre que recebo mais do que o que dou.

Contactem-me para informações nestas áreas.
Contactem-me para manifestar o vosso testemunho sobre as formações.
Contactem-me para proporem desafios para novas formações.

Vejam o exemplo e a experiência de uma das últimas formações dada neste período: Eneagrama: etapa I - a identificação da personalidade.

Podem ver alguns testemunhos que foram dados aqui.
Podem ver alguns serviços que estão disponíveis aqui. Também podem ser concebidos serviços à medida das suas necessidades. 

Os meus contactos são para serem usados:
Telefone: 966.353.017

Até breve

2018-10-29

ENEAGRAMA * Autoconhecimento e Dinâmicas da Vida na Coimbra Business School

Adoro partilhar os meus conhecimentos e experiências com outras pessoas...
Acontece quase todos os dias.
Aconteceu, no sábado passado, na Coimbra Business School, a segunda sessão sobre o eneagrama, um sistema de autoconhecimento, com impacte no relacionamento connosco e com os outros.
Esta formação foi dada por mim e pela Liliana Constantino. Através do IESH (Instituto Eneagrama Shalom), do qual fazemos parte, e que tem mais de 20 anos de experiência no trabalho com o Eneagrama, com pessoas individualmente, com equipas e/ou com organizações.



Fico sempre imensamente satisfeito quando os comentários são:



ou



Felizmente, é habitual sentir energia extra proveniente das pessoas que vão frequentando os meus cursos e aqueles cursos em que colaboro... Dou o melhor de mim, e sei que são importantes e úteis para muita gente e para muitas organizações! Gosto de cumprir a minha parte no que concerne a tornar o mundo um lugar melhor para viver... É uma gota no oceano, mas melhora sempre alguém.
Palavras como as da Mónica ou da Alexandra são a minha grande motivação.

Obrigado a todos os presentes na formação pela sua entrega e envolvimento...

Obrigado a tod@s @s companheir@s, amig@s e gente boa do IESH pelo conhecimento e crescimento que vamos fazendo junt@s e pela possibilidade de partilharmos com outras pessoas estes temas que nos permitem ser pessoas e profissionais melhores.

Obrigado Coimbra Business School/ISCAC, pela vossa abertura e entusiasmo em nos receber de braços abertos e nos proporcionarem todas as condições para realizar estas atividades e conhecimentos relacionais, tão importantes e complementares aos saberes e competências puramente técnicas. Vocês são um exemplo do que é contribuir para a sociedade de uma forma bem disposta e orientada para as soluções.

Iremos continuar este nosso processo.
Até breve!

2018-10-25

A sério?... O mistério ardiloso dos descontos de 70%

Photo by Terry Vlisidis on Unsplash

Um texto fantástico para refletir sobre o respeito que algumas marcas têm pelos seus clientes... Por mim, por ti , por eles, por nós...

Ver o artigo original aqui, no Jornal de Negócios ou ler abaixo...

O mistério ardiloso dos descontos de 70%

Aviso prévio: se o leitor é fanático por promoções radicais de vinho e é dado a depressões, o melhor é não ler este texto. Passe à frente, que nós não o queremos triste.

Inês Lourenço
Edgardo Pacheco13 de outubro de 2018 às 19:00

Aos leitores, sugerimos umas conversas durante as próximas feiras de Outubro e Novembro com produtores e enólogos sobre estes assuntos dos mega-descontos. Vão ver que ainda descobrem outras histórias curiosas.

Todos os anos, o ritual repete-se: amigos e conhecidos trazem catálogos das feiras vínicas para eu assinalar as garrafas que considero boas compras. Sucede que, este ano, entre os pedidos e os comentários sobre os inúmeros vinhos de Pias e a abundância de Vinhas Velhas nos rótulos, havia esta pergunta: Vale a pena comprar vinhos com 65% e 70 % de desconto? Que é como quem diz: há algum esquema aqui escondido?

Se gosto de assinalar catálogos, confesso que, na história dos descontos, já me falta paciência para explicar a nublosa dos valores de descontos mais adequados a um souk de Marrocos do que a uma feira na Europa. De maneira que, imaginando que muita gente desconheça o método como se formam alguns destes descontos estratosféricos, tratemos do assunto. Quando me voltarem a fazer perguntas, ofereço uma fotocópia deste artigo. Ou mando o link, pronto.

Todos os grupos de distribuição fazem feiras e campanhas sazonais de promoção de vinho. Mas há campanhas e campanhas. Há grupos que praticam descontos entre os 20% e os 30% (valores normais), outros que vão aos 40% (coisa forçada) e um que chega até aos tais 70% de desconto: o grupo Sonae, dono da marca Continente. É, por razões óbvias, sobre este que nos debruçaremos.

Como se constrói este esquema dos 70%? De forma simples. Os comerciais do Continente chegam a um produtor e - vamos dar um exemplo que resume o espírito do negócio - dizem que precisam de uma nova marca com um preço de venda ao público de, por hipótese, €3,89, e pelo qual pagarão ao viticultor entre €2 e €2,5 (aqui os valores oscilam muito). Mas - cá está o detalhe - exigem que o produtor conceba um vinho que, no imaginário do consumidor, se posicione na faixa dos €13, por exemplo. Como? Com uma garrafa cuidada, um rótulo bem desenhado e um nome estratégico. Se vier com "velha", "manca", "pêra" ou um título nobre (marquês, conde ou visconde), melhor ainda. E, como tais vinhos comprados entre os €2 e os €2,5 dificilmente passariam numa câmara de provadores como Reserva ou Grande Reserva, não há problema. Uns serão Signature e os outros Premium. A cereja em cima do bolo é, sendo possível, juntar-lhe o chavão de Vinhas Velhas. E está feito o embrulho de algumas marcas de vinho Continente.

Em loja, esse vinho que custou entre os €2 e os €2,5 e que ninguém conhece ficará entre uma a duas semanas nos tais €13 (não registamos a margem especulativa nessa altura porque, na realidade, ninguém lhes deita a mão em cima). Passado este tempo, o vinho entra no maravilhoso mundo dos descontos Super Preço - entre os 65% e 70%. Assim, quando um consumidor compra esse tal vinho de €3,89, regista na sua factura um desconto de €9,10. É brutal! E, lá está, vai gabar-se junto dos amigos que fez um grande negócio. Só que - reflictam bem sobre isso, caros leitores -, ele, na realidade, pagou o preço justo por um vinho que, na produção, custou entre os €2 e os €2,5. Cerca de €3,89 é o preço correcto para o vinho em causa. Que não haja dúvidas. Mas, €13, nunca. O valor dos €13 tabelado apenas para preparar o estrondoso desconto dos 65% ou 70% é a armadilha para apanhar consumidores descuidados e deslumbrados com a cultura das promoções. Ponto final.

De resto, como poderia um hipermercado - cujas campanhas de promoção atira sempre para os produtores - ser tão generoso com os seus clientes? E, já agora, como poderiam os produtores viver com a oferta de descontos da ordem dos 65% ou 70%? A resposta é simples: porque tais vinhos nunca foram pagos em conformidade com o tal target dos €13.

Mas o curioso é que esta estratégia agressiva não resiste a um teste simples que qualquer consumidor pode fazer em casa com os amigos. E vamos a outro exemplo concreto. O Alvarinho Jardim Secreto 2017 tem como preço base €12,99 e é produzido para o Continente pela empresa Quintas de Melgaço. Pois bem, o Alvarinho da própria empresa - o QM - está à venda no linear do Continente por €8,99. Ou seja, este vinho histórico é €4 mais barato do que a nova marca que ninguém conhece. Lindo, não é? Mas, se provarmos um e outro, as diferenças são consideráveis. O Jardim Secreto é um branco banal que nem remotamente lembra Alvarinho, mas o QM Alvarinho - sem ser um vinho de encantar - cheira e sabe a Alvarinho. E mais. Na mesma prateleira podemos encontrar um Soalheiro com preço base de €11,99 e um Muros Antigos por €12,67. Provem estes dois Alvarinhos com o Jardim Secreto a €12,99 e vão ouvir as gargalhadas dos amigos a ecoar pela sala. Ou seja, se o leitor comparar o preço base dos tais Signature e Premium com o preço base - em idêntico patamar - das marcas-âncora das casas que deram origem aos tais vinhos Continente, verá que há qualquer coisa que não bate certo. Nem poderia.

Ora, se por um lado não existe nada de ilegal nesta estratégia agressiva do Continente (é só um acordo entre as partes), no plano ético, e no que diz respeito à ligação com os consumidores, não me ocorre outra expressão que não seja a das saudosas rábulas do Raul Solnado: "Malandrice!"

Se, por um lado, tenho a ideia de que quando certos consumidores entram num hipermercado deixam o cérebro no automóvel (ou é isso ou aqueles rectângulos alaranjados dos Super Descontos que emitem um gás que paralisa os nossos neurónios), por outro fico com perguntas para as quais não tenho resposta. Os produtores estarão condenados a alimentar estratégias destas? As comissões vitivinícolas regionais (CVR) não sentem necessidade de dizer qualquer coisinha (as CVR e, já agora, a Autoridade da Concorrência)? Faz sentido as associações de consumidores passarem ao lado deste debate?

Como não sei responder vou, entretanto, beber um copo de tinto Vinha da Coutada Velha 2017, feito no Monte da Ravasqueira que, lá está, por €3,89, não está nada mal. Mesmo. Mas nunca por €13, que é apenas menos €0,49 do que o preço do Vinha das Romãs 2015 da Ravasqueira. Curioso, não?


2018-10-11

cruelty-free e Bruno Neves no Lush Prize 2018



A cruelty-free é uma tendência que se tem vindo a afirmar na fileira da moda e beleza. Há cada vez uma maior consciencialização sobre os direitos dos animais e o mercado começa a pedir cada vez mais os produtos concebidos com o conceito cruelty-free incorporado.

É bom sublinhar os avanços nesta área e a inovação serve também para tornar o nosso mundo melhor e mais solidário. Bruno Neves, Investigador da Universidade de Aveiro, tem desenvolvido trabalho nesta área e é candidato ao Lush Prize 2018. Os vencedores das diferentes categorias serão divulgados em Novembro.

Abaixo, a notícia do Sapo, cujo original se pode aceder aqui.

"Há um investigador português entre os finalistas deste prémio de Beleza

Bruno Neves é um dos finalistas do Lush Prize 2018. O projecto procura substituir por completo o teste em animais em ensaios de toxicologia.

Todos os anos, mais de 115 milhões de animais são utilizados em laboratórios em todo o mundo, dizem as estimativas. Mas há um português a tentar que esses números mudem.

Chama-se Bruno Neves, é investigador no Instituto de Biomedicina da Universidade de Aveiro, e está entre os finalistas do Lush Prize 2018, cujos vencedores serão anunciados em Novembro.

O investigador português está a competir com 56 projectos de 17 países para um prémio de 350 mil libras (cerca de 390 mil euros).

Neves está nomeado na categoria de Ciência com um projecto que procura tornar a Beleza ainda mais cruelty-free. O profissional faz parte de um grupo de trabalho que se foca em ensaios de toxicidade de sensibilizadores cutâneos, testes para os quais ainda não existem alternativas além de testes em animais. “O teste por nós desenvolvido integra informações obtidas em experiências com linhas celulares humanas (in vitro), reactividade química (in chemico) e química computacional (in silico). Permite a identificação de compostos químicos que causam alergia na pele e a sua categorização de acordo com a potência, isto é, se são alergénios fracos, moderados ou fortes”, explica o investigador em comunicado.

O futuro é cruelty-free?

Sobre se o futuro passa por não fazer testes em animais de todo, o investigador afirma que “devem ser feitos todos os esforços ao alcance da comunidade científica para limitar ao estritamente necessário esses testes”, e que “no caso concreto da Toxicologia, área que normalmente associamos à experimentação animal para bens e produtos de consumo como cosméticos, produtos de higiene ou de limpeza, foram dados na última década, grandes passos na redução ou mesmo eliminação da experimentação animal. Por exemplo, atualmente no espaço da OCDE já não é permitida a comercialização de cosméticos que tenham sido testados em animais.”

O prémio

O Lush Prize é uma colaboração entre a Lush e a britânica Ethical Consumer Research Association, e é o maior prémio anual no sector dos testes em animais. Os projetos estendem-se em várias áreas: desde investigação científica, campanhas de consciencialização sobre a utilização de animais em laboratório ou até formação para cientistas e grupos de pressão, reguladores e legisladores para prescindir os testes em animais em favor de outros métodos."

2018-09-29

Viagens ao mundo da formação * Antes do Verão de 2018

Viagens ao mundo da formação * Janeiro a Julho de 2018

As viagens de 2018, até ao final de Julho, ao mundo da formação, foram diversificadas em clientes: 

* CaisPharma 
* A. Silva Matos 
* Serviços de Ação Social da Universidade do Porto 
* SEW Eurodrive 
* Repaveiro 
* Orfeon Académico de Coimbra  
* Grande Hotel do Luso 
* RedeRia Innovation
* ETMA Metal Parts - Empresa Técnica de Metalurgia 
* UTAD - Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro 
* Decriativos 
* GlobalWines (Quinta do Cabriz) 
* Quitérios 
* Forum Internacional da Felicidade 
* Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro - Rovisco Pais 
* EST - Empresa de Serviços Técnicos

Com e através de várias organizações:
* EuroFirms 
* Mentores e Tutores 
* CFBB - Centro de Formação Bissaya Barreto 
* Digitalwind 
* IFDEP - Instituto para o Fomento e Desenvolvimento do Empreendedorismo 
* EPVL - Escola Profissional Vasconcelos Lebre 
* CINEP - Centro de Inovação e Estudo da Pedagogia do Ensino Superior 
* Multiplus - Consultores de Gestão 
* AIDA - Associação Industrial do Distrito de Aveiro
* Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Coimbra
* Coimbra Business School/ISCAC

Em diferentes temas e áreas de atuação:
* uebe.Q: software para sistemas de gestão da qualidade, ambiente, segurança, Inovação, …
* Sistema de Gestão de Investigação, Desenvolvimento e Inovação
* Workshops sobre Ferramentas de Criatividade e Inovação.
* Sistemas de Gestão da Qualidade.
* Auditorias da Qualidade.
* Satisfação dos clientes.
* Liderança. 
* Gestão de Equipas.
* O Eneagrama e o autoconhecimento (para líderes, gestão de equipas, relacionamentos,...).
* Relacionamentos interpessoais e comportamentais (Gestão de Conflitos, Assertividade, Motivação).
* Técnicas de comunicação em público e mano-a-mano.

E assim foi 2018, antes das férias de verão, no que respeita a formações e acções similares. Ainda há um conjunto complementar de trabalhos relacionados com consultoria e auditorias. Mas estes projetos são contas de outro rosário. 

A todos, o muito obrigado. Sempre que vou partilhar conhecimentos e experiências, recebo muito em troca. Os ensinamentos em cada projeto são enormes e tenho tido a sorte de apanhar só grupos muito bons. Parece que alguém escolhe a dedo as pessoas que vão pertencer a esses grupos. Seja quem for que faça essa seleção, muito obrigado! É fantástico o envolvimento de todos nas sessões. 

Contactem-me para informações nestas áreas.
Contactem-me para manifestar o vosso testemunho sobre as formações.
Contactem-me para proporem desafios para novas formações. A semana passada fui desafiado pelo Luís Moutinho da Docealhada e pelo Nuno Trindade (criativo na área da imagem - foto e vídeo) para voltarmos a fazer um workshop de brainstorming (segundo as suas palavras, estão com saudades do workshop que fizemos há 1 ano). Já está a ser preparado.

Vejam o exemplo e a experiência de uma das últimas formações que dada neste período: Quinta do Cabriz.
Partilho convosco novos desafios que estão a acontecer neste segundo semestre de 2018:  Formação on-line (Cabo Verde) e a docência de disciplinas em Pós-Graduações, na Coimbra Business School. 
Os meus contactos são para serem usados:
Telefone: 966.353.017

Até breve

2018-07-18

Quinta do Cabriz... trabalhar a qualidade e o rigor...



O mundo dos vinhos é um mundo de glamour e romântico. A maioria de nós, associa os vinhos a famílias com história, a herdades de sonho e a um trabalho relativamente leve (com grande carga sazonal), com muitas provas, com muito marketing e processos comerciais e com muito convívio regado com o famoso néctar que dizem, nos aumenta a sensação de bem-estar e felicidade.

Eu acredito que, profissionalmente, a sorte me procura. Desta vez procurou-me no formato de formação e proporcionou-me uma experiência muito boa na GlobalWines, detentora de marcas tão conhecidas como a Quinta do Cabriz ou a Casa de Santar. E apesar de saber que as oportunidades são como os autocarros, ou seja, se falharmos um, há-de aparecer outro a seguir, prefiro ir apanhando os autocarros que surgem, desde que o destino seja o que pretendo.

Desta forma, aproveitei a oportunidade de trabalhar com uma empresa que tinha um lugar guardado na vitrina das empresas com as quais gostaria de trabalhar e pude mudar para a vitrina das empresas com as quais já trabalhei e quero continuar a trabalhar: Falo da Global Wines.

A última vez que tinha trabalhado com uma empresa das áreas do vinho, foi com as Caves Aliança e tinha sido muito desafiante, com resultados positivos.

Agora, com a GlobalWines, trabalhamos sobre um tema apaixonante e relevante para quem quer consolidar e/ou subir patamares no reconhecimento e na qualidade dos seus produtos e serviços,  proporcionando competências a um grupo de pessoas para conhecerem praticarem e poderem implementar um programa de gestão de auditorias da qualidade.

Algumas curiosidades sobre o grupo de trabalho que encontrei:

  • heterogéneo, 
  • apaixonado pelo sector em que trabalham,
  • altamente empenhado e dedicado,
  • disponível para partilhar e identificar os problemas que existem internamente, 
  • envolvido na procura de soluções (algumas das soluções foram implementadas ou delineadas entre as sessões que tivemos),
  • apenas um homem entre várias mulheres, informação relevante para a quebra de alguns paradigmas,
  • proativo e com grande curiosidade.
Desta forma, conseguimos desenvolver um trabalho excelente, que foi além da formação em auditorias, e que acabou por envolver outras pessoas que, de pronto, aceitaram de bom grado, serem auditados pelos auditores em formação.

Pela amostra das pessoas contactadas, dá para ter uma perceção dos motivos porque as suas marcas estão tão presentes em vários pontos de compra. Deu igualmente para perceber porque as suas marcas estão entre as minhas marcas favoritas e ainda o trabalho e rigor que existe para assegurarem que os seus vinhos estão à altura das expetativas dos seus clientes. A procura pela melhoria dos seus processos, a vontade e colaboração para a melhoria das partes interessadas e a garantia de que os seus produtos cumprem com os diferentes requisitos, foi uma constante durante a formação.

Devo ainda acrescentar que os almoços que tivemos no restaurante "Quinta do Cabriz" foram ótimos, pela confeção e pela refeição em si, mas principalmente pela oportunidade de conhecer os vários formandos numa perspetiva extra profissional, comprovando que há muita gente boa espalhada por esse mundo. A Margarida e a Ana demonstraram ser umas anfitriãs de alto gabarito e todos os participantes, sem exceção, mostraram que a capacidade de nos relacionarmos bem uns com os outros, torna as formações divertidas, alegres, mais proveitosas e aumenta a probabilidade de alcançar os objetivos, como tive a oportunidade de comprovar com a auditoria realizada pelos formandos a alguns processos da empresa.

Ainda tive a oportunidade extraordinária de ser guiado numa excelente visita pelo espaço pela Marta, uma enóloga que esteve presente na formação e a quem devo um grande obrigado pelas explicações sobre o espaço, o processo e deliciosas curiosidades sobre a empresa e sobre os seus vinhos. Encontrei ainda o Osvaldo, um enólogo que conheço desde a adolescência e que, desde que me lembro, é uma pessoa bem disposta e que nos presenteia sempre com um sorriso e umas palavras positivas.

Como sempre, apesar de ter a noção clara que a formação correu bem, que os participantes ficaram bastante satisfeitos com a formação, adquiriram novos conhecimentos e competências e ainda ficaram com a curiosidade de aprofundar outros temas complementares, sei que aprendi imenso com estas pessoas, coa a realidade desta empresa, e que foi um enorme prazer conhecer as pessoas e a empresa. Foi mais um exemplo a comprovar na prática alguns dos ingredientes fundamentais para o sucesso.

Espero que nos voltemos a encontrar.
Espero que continuem no caminho do sucesso.

Obrigado pelos bons momentos... Até breve! Até sempre!


2018-07-05

Dez para as Dez * Os promotores e os detractores nas organizações.

Photo by Alex Kotliarskyi on Unsplash

Preciso de pessoas na minha organização?
Se preciso como os trato? Cuido deles? Quero pessoas satisfeitas?
As minhas ações, enquanto líder, vão originar promotores, neutros ou detractores:



No dia 1 de Maio é feriado. É o dia do trabalhador. Este
feriado resulta de uma luta que foi iniciada no século XIX pela jornada de 8h.
Isto significa que, já desde o século XIX que existe uma luta dos trabalhadores
pelos seus direitos. O 1.º de Maio simboliza essa luta dos trabalhadores de
vários sectores, pelos seus direitos, e apesar de ter iniciado com a luta pela
diminuição da jornada de trabalho para as 8h, hoje representa outros direitos
importantes para si e para a sua vida.

Seguindo a via de La Palisse, podemos afirmar convictamente que há várias questões relacionadas com os trabalhadores e com os empregadores. Começando com algumas questões ligadas ao empregador, há uma entrevista realizada a António Brandão, o chairman da consultora Everis Portugal, cujo título resume bem a postura que os responsáveis das empresas devem ter: “se uma empresa precisa de recursos humanos e não os trata bem, então ela está a dar cabo do seu próprio negócio”. Esta entrevista fez-me reflectir sobre o papel dos trabalhadores de uma organização?
São promotores? São neutros? Ou são detractores?

Os promotores têm um entusiasmo, um sentimento de pertença, um orgulho tal em fazer parte de um projecto que, em qualquer sítio em que esteja, este trabalhador está a promover a sua empresa, está a persuadir quem o rodeia dos méritos e benefícios da empresa e dos seus produtos, está a ser um comunicador de uma imagem positiva da empresa. Provavelmente fala com alegria e paixão sobre o seu local de trabalho.

Por outro lado, temos os neutros. São aqueles que estão aqui, como podem estar em qualquer outro lado. Se este emprego não der, vou para outro lado sem problema nenhum. É uma aplicação tradicional dos nem-nem… Nem aquenta, nem arrefenta. Quando estimados e bem tratados, a maioria poderá originar novos promotores. Se mal tratados ou ignorados, podem passar a ser excelentes detractores.

E por falar em detractores, estamos a falar daqueles que, em qualquer sítio onde estão, num jantar de família, numa reunião com amigos, num café, são detractores da empresa, ou seja, falam mal da organização… Porquê? Porque não se sentem bem, porque têm problemas, porque existem situações
que não estão bem resolvidas, porque não se sente o espírito de equipa, porque… por uma série de factores relevantes para que as pessoas sintam uma vontade enorme falar… falar sobre aquilo que lhes acontece, sobre os seus problemas, sobre o que de mal lhes está a acontecer e sobre como estão com uma grande vontade de mudar.

Podemos dar aqui uns exemplos muito breves. Felizmente, há diversos promotores em várias empresas. Lembro-me de umas caves, no norte da bairrada, que davam as primeiras garrafas aos seus trabalhadores ainda antes de as disponibilizarem para fora. Estes trabalhadores experimentavam os vinhos em família ou com os amigos e davam, não só o seu feedback, como estavam a realizar uma  promoção gratuita e entusiasmada daquele vinho a um conjunto de pessoas sobre as quais tinham influência.

Nos detractores, o exemplo que me ocorre mais frequentemente, pela quantidade de vezes que este problema surge nas empresas (ou não surge) é o exemplo dos motoristas, das pessoas que vão fazer
entregas em nome de uma organização, e que muitas vezes são desvalorizados pela própria organização, o que é completamente errado. Imaginemos que um motorista vai fazer uma entrega e, na empresa cliente, ou seja, quem está a receber os produtos, dizem que há qualquer coisa que não está bem. Frequentemente, o motorista diz – “Isso não é nada comigo. Têm que falar para a empresa.” A imagem que passa de imediato, é que o motorista não quer saber do cliente. Cumpriu o seu dever, ou seja, fez o transporte e não quer saber de nada mais. Estamos na presença de uma excelente oportunidade de formar e assegurar que o motorista, bem como qualquer pessoa da organização ou que trabalham em nome da mesma, e independentemente da sua função, estejam preparadas para lidar com estas e outras situações de forma a mostrar que a empresa, e todas as pessoas da empresa ou que a representam, estão preocupadas com os seus clientes. Dessa forma, a empresa transmite uma imagem de profissionalismo, de elevada preocupação com o cliente e é uma forma óptima de aumentar a notoriedade, a satisfação do cliente e a confiança deste na empresa.

Ficam ainda outras perguntas no ar, como: "para quem trabalha realmente cada trabalhador?" Trabalha para a entidade empregadora? Trabalha para os colegas? Trabalha para si e para a sua família? Bem, esta é uma reflexão que fica para outra altura.

2018-04-18

Dez para as Dez * a invenção da batata frita...

Uma imensa maioria gosta de batatas fritas.

Mas sabemos como surgiram? Quem as inventou?

Esta é uma das histórias sobre o pai das batatas fritas (ou um dos pais...)







Mais sobre esta história em:

A invenção da batata frita