2018-11-19

Gestão do conhecimento * aspetos positivos e negativos


A gestão do conhecimento é fundamental nas organizações.
Como em qualquer área, há aspetos positivos e dificuldades e obstáculos associados à implementação de um sistema de gestão do conhecimento (SGC).
Numa sessão recente em que a GC foi tema abordado, verificou-se que, apesar dos aspetos positivos decorrentes da GC, que são importantíssimos na sustentabilidade da maioria das organizações (para não dizer em todas), há dificuldades de ordem prática que impedem uma eficaz e continuada aplicação de métodos de gestão da GC.
Na prática, e com base no trabalho de gestores que sentem na pele os benefícios e as dificuldades da gestão do conhecimento, ficam abaixo alguns aspetos positivos e outros negativos, que são sentidos no dia a dia por quem gere as empresas.

Dificuldades/obstáculos:
  • Disponibilidade dos responsáveis para definir as metodologias.
  • Resistência à mudança.
  • Falta de "duplicados" para a partilha.
  • Génese humana
  • Auto-avaliação dos RH da empresa
  • Conflitos de interesse
  • Confidencialidade
  • Falta de apoio dos gestores
  • Registo das atividades poderá não ser prioritária
  • Individualismo
  • Forma de ser da pessoa que não passa conhecimento
  • Sistemas de Informação
  • Tempo
  • Envolvimento de todos os colaboradores
  • Registo e tratamento do conhecimento organizacional
  • Tempo e disponibilidade de meios para organizar a gestão do conhecimento na organização
Aspetos positivos/benefícios:
  • Reduzir dependência de indivíduos
  • Uniformizar a base de conhecimento
  • Implementar as melhores práticas
  • Avaliar necessidades de formação
  • Avaliar o estado do conhecimento
  • Necessidade de recursos humanos
  • Garantir financiamento para I&D
  • Garantir transferência de conhecimento para produtos
  • Garantir áreas estratégicas para I&D
  • Garantir rendimentos pela venda de propriedade intelectual.
  • Não repetir erros do passado
  • Ter disponível o Know-how de experiências passadas dentro da organização
  • É um activo
  • É o segredo do negócio
  • Evita riscos/perdas
  • Estruturar por área.
Todos estes itens devem ser trabalhados ao longo dos tempos, nas organizações. Não basta estalar os dedos e esperar que a GC seja uma realidade. Aliás, temo que a GC nunca seja uma realidade por terminada, mas seja permanentemente um processo em curso.
O facto de serem gestores de empresas a partilharem a sua perceção, permite ir além da teoria e identificar alguns aspetos que podem e devem ser trabalhados.
O conhecimento de uma organização tem impacto na competitividade da empresa e no bem estar dos seus colaboradores. Assim, é fundamental que esta área de gestão seja tida em consideração, tanto nas reflexões estratégicas, como na ação diária, através da implementação de pequenas iniciativas que podem mudar e tornar a cultura das organizações mais sensíveis e atentas à gestão do conhecimento. Podemos ter duas abordagens distintas: a reengenharia global e radical dos processos e a melhoria incremental dos processos na GC. Qualquer uma das abordagens tem vantagens e desvantagens.
Assim, independentemente da abordagem que se tenha (reengenharia radical ou melhoria incremental dos processos), é fundamental recordar que, em ambos os casos, muitas pequenas ações podem mudar uma empresa e ultrapassar uma inércia natural e, muitas vezes aceite, na gestão das empresas e no seu processo rumo a maior sustentabilidade.
Assim, comece a refletir, determinar e implementar várias pequenas ações. Estas poderão ter um impacto surpreendente na GC da sua organização.

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