A que sabe o chocolate? Chocolate: o talento nas organizações + João Garcia!
Com temáticas interessantes e atuais, tive a oportunidade de ouvir o alpinista João Garcia. Tem uma história de vida completamente fascinante. Digna de um filme. O que conto aqui, contado pelo João Garcia na primeira pessoa, é muito mais emocionante. Temos à nossa frente o homem que viveu as situações e ultrapassou os obstáculos. É uma oportunidade extraordinária poder escutar alguém com esta experiência de vida. Parecia estar a reviver leituras de aventureiros que exploravam muito do mundo desconhecido, em diferentes épocas da história.
O João Garcia percebeu, desde cedo, que seria um aventureiro. O apelo pela aventura já era grande, aos quinze anos, e mantém-se. Começou com uma viagem de bicicleta de 4 dias à Serra da Estrela, e continua com projetos interessantes para o futuro. Pratica um desporto em que os limites são experimentados frequentemente. A integridade física e a própria vida podem ser postas em causa, como consequência de menor preparação ou falta de planeamento (entre outros fatores). Desde cedo que identificou a sua criatividade e capacidade de pôr essa criatividade em prática.
Uma das várias histórias que partilhou connosco e que me fascinou, resultou da sua necessidade de aproveitar os media financiar as suas aventuras. O primeiro contato direto e intenso com a imprensa, resultou do seu falhanço na escalada do monte Everest, em 1999. Foi o catapultar do seu mediatismo, embora pelas piores razões. Todas as vezes que tivera sucesso não tinham atraído a imprensa. Agora que falhara, que havia drama e sangue, a imprensa apareceu e não o largou. Depois de resolver esse problema consigo próprio, e encurtando o percurso de alguns anos a algumas linhas, resolveu o problema da imprensa consigo próprio. A imprensa é importante para o atingir os patrocínios que são importantes para atingir os seus objetivos.
A inovação
Depois de obter o patrocínio de um banco, precisava de manter a "chama do interesse" da imprensa acesa. Mas o facto de ir alcançando os cumes a que se tinha proposto, fez com que a vitória, o alcance do cume, deixasse de ser motivo de notícia, passando a ser rotina. Como o próprio citou, "Good news, no news". João Garcia apercebeu-se que tinha que fazer alguma coisa. Uma das situações, passava por levar uma câmara de filmar durante o processo de subida ao cume. Assim, as imagens seriam disponibilizadas muito mais rapidamente e não teria alguns dos problemas de recuperação por que passou, quando teve a necessidade de passar rapidamente as imagens para a imprensa. Mas o material de filmagem era muito pesado. Conta que falou com algumas pessoas e abordou a FEUP para o desenvolvimento de material que poderia ter um peso máximo de 200g, de forma a não interferir com o seu desempenho, desafio que foi rapidamente aceite e alcançado. Consegui-se passar da necessidade de utilização de equipamento pesado, para a utilização de equipamento leve, que permitia o envio de imagens do cume para o acampamento base, de forma a que o jornalista editasse as imagens e pudesse fazer o "direto", respondendo ao mediatismo que a sociedade atual exige, e assegurando a maior satisfação dos patrocinadores.
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