O Barómetro da Inovação da COTEC permite-nos acompanhar a nossa capacidade de inovar, nas suas diversas dimensões. Miguel Fernandes, da Everis, dá uma entrevista sobre o estado da Inovação em Portugal, com base nesse mesmo Barómetro da Inovação.
Fica registado um resumo da entrevista e a entrevista feita pelo Diário Económico.
* Portugal desceu no que respeita à envolvência institucional (eficácia estatal e impacto no trabalho e investimento, limitada pela conjuntura atual).
* O pilar de financiamento, foi um dos principais pilares onde perdemos este ano muito peso. (Dificuldades no acesso ao crédito).
* A Inovação é uma fonte de sobrevivência. Pode-se inovar fazendo algo novo, mas se não se fizer nada, vai-se com certeza perder quota de mercado, posicionamento de mercado,...
* O Inquérito do Potencial Científico e Tecnológico mostra que 60% das empresas têm de facto feito coisas novas, em termos organizacionais, nos processos e no marketing, inovando menos nos produtos.
* Portugal tem condições e recursos ao nível de outros países, mas tem um défice de resultados. Tem um problema de eficiência ao nível dos processos e de eficácia ao nível dos resultados. É considerado um "país cigarra", ou seja, tem as condições mas não transforma em valor todo o seu potencial.
* Portugal tem aumentado as exportações essencialmente ao nível de indústrias de baixa ou média intensidade tecnológica. Se aumentarmos as exportações ao nível das indústrias de média e alta tecnologia, conseguiremos estar, com certeza, mais bem posicionados.
* Às empresas portuguesas faltam alguns hábitos importantes, que são fundamentais para dar escala às empresas. A dimensão das nossas empresas é critica, quando se analisa à escala europeia europeu. As PME's portuguesas são microempresas na Europa.
* É preciso melhorar os nossos hábitos de:
# trabalho em rede
# cooperação
# vigilância tecnológica
# analisar tendências internacionais
# cooperação com as Universidades (aproveitando o I&D Académico)
* Captação e retenção de talentos (Portugal tem descido algumas posições neste indicador especifico, de forma consecutiva, ao longo dos últimos anos).
* As empresas deviam conhecer melhor os seus clientes (falar com pessoas do mesmo setor, estar presente em feiras internacionais com a análise de tendências, entre outros).
* Faltam muitos Sistemas de Gestão de Inovação às empresas portuguesas! Empresas dizem-se criativas e inovadoras, mas falta melhorar e implementar formas sistemáticas de trabalhar a Inovação.
* A cultura e liderança de inovação, complementada por métodos e critérios bem definidos, são essenciais para potenciar toda a capacidade criativa e transformá-la em valor.
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