Quem tem medo do Corona Vírus? Ou a importância de planear o futuro, hoje!

Foto de Elijah Hiett no Unsplash

Quem tem medo da COVID-19?
O que fazer para preparar o futuro?
Já houve outras crises?
Qual é o melhor momento para planear o pós-crise pandémica?
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Quem tem medo do Corona Vírus? Ou a importância de planear o futuro, hoje!

Há alguém que não tenha medo do Corona-Vírus? Que se considere imune ou intocável pela doença Covid-19? Qualquer pessoa consciente, sem patologias graves, sente medo. Esteja na linha da frente, ou em isolamento, esteja infetado ou não, todos têm medo.

Apesar do medo, é fundamental seguir em frente e não cair numa espiral descendente que nos leva ao pânico.

Para seguir em frente, as empresas e as pessoas têm que começar já a preparar o seu futuro. Haverá muitas mudanças, muitas dificuldades, muitos medos. Temos que aproveitar estes medos para planear o futuro, para preparar os novos tempos que aí vêm.

“O medo pode parar, mas também pode preparar.” Domingos Cunha, IESH

Claro que é mais fácil falar do que agir. É fácil entrar em desespero ou em depressão com tantas notícias negativas que são espalhadas pelos diversos meios de comunicação. Por isso, é fundamental que cada um vá buscar forças ao seu interior para ultrapassar estes tempos difíceis. Um dos métodos passa, claramente, por planear o futuro. Planear o futuro hoje, planear o futuro já!

Os medos

É normal termos medo. E se alguém disser que não tem medo, talvez seja altura de conhecer um pouco mais sobre a doença de Urbach-Wiethe ou qualquer outra patologia associada à ausência de medo. Vá depressa a um especialista, porque não pode ser normal.

Todos temos medo e Napoleon Hill, no seu livro “Pense e Fique Rico” compila os medos em 6 medos básicos (sem qualquer ordem): medo da pobreza, medo das críticas, medo da doença, medo da perda do amor de alguém, medo da velhice, medo da morte. Todos nós temos medo durante grande parte da nossa vida. Muitas vezes temos uma combinação de vários destes medos simultaneamente. Atualmente, temos estes medos numa intensidade desmedida, e devemos fazer tudo o que está ao nosso alcance para evitar o pânico. Para ultrapassarmos estes medos, devemos começar a agir já. Para isso, devemos perceber o que nos amedronta e começar a planear o futuro, sabendo que o momento da catástrofe, da guerra, da pandemia é o momento mais visível.

O presente e o futuro

Nós, empresas, pessoas, governos, blocos políticos e ou económicos, temos que nos preparar para o tempo pós-crise, sabendo que nos esperam momentos de grande trabalho e empenho, que será menos visível e muito importante. O trabalho de reconstrução, de criar de novo, de reabilitar, de fazer o que já esteve feito, pode ser doloroso e deve ser aproveitado como uma oportunidade de fazer melhor. É, muitas vezes, um trabalho invisível e fora dos circuitos mais mediáticos. No entanto, tem que ser feito e, acima de tudo, tem que ser iniciado o mais rapidamente possível. Ainda durante esta crise, de preferência.

Podemos olhar para alguns exemplos históricos: o Relatório Beveridge, (ver mais detalhe em Beveridge_Report ou William_Beveridge), que foi a base para as reformas do pós-guerra nomeadamente para o chamado Estado Social, foi apresentado em 1942, em plena II Guerra Mundial (terminou em 1945).

O processo de gestão por cenários da Shell, no início da década de 70, criou vários cenários, um dos quais, considerado muito improvável. Era colocado o cenário de passagem de um preço de petróleo estável para um cenário de aumento drástico do preço de petróleo. Houve equipas a analisar e a propor planos de ação para aquele cenário, e isso fez com que a Shell respondesse de forma muito mais rápida do que os seus concorrentes ao novo contexto, permitindo-lhe aumentar, não só os seus lucros, mas o seu posicionamento no mercado da altura, bem como aumentar a sua notoriedade a nível global. Foi o grande impulsionador do modelo de gestão por cenários e ainda hoje é um caso estudado no mundo académico e a gestão de cenários utilizado no mundo empresarial.

Atualmente, basta ver as notícias ou programas de debate, percebemos que os tempos estão a mudar de forma significativa. Quem se preparar para o futuro, aumenta a possibilidade de voltar à sua atividade mais rapidamente, com o mínimo de danos e provavelmente, com vantagens competitivas sobre os seus concorrentes.

Neste momento, as empresas têm um desafio gigantesco: conciliar o que precisa de ser feito a curto prazo, para as suas pessoas estejam bem, para que a empresa sobreviva, para que haja a tão necessária liquidez, para continuar a servir o melhor possível as necessidades dos clientes; com as ações necessárias para a sobrevivência a média/longo prazo. E se há a necessidade de garantir as operações a curto prazo, a implementação dos planos de contingência, a solidariedade e o apoio necessário à comunidade construída à volta de uma empresa e às suas famílias, é igualmente verdade que os bons líderes vão começar a preparar o futuro, vão pensar, analisar, construir cenários e criar planos de ação para os diferentes cenários.

Quando a pandemia estiver controlada, quando sairmos da quarentena, do isolamento social, da necessidade de distância e de uma paragem de grande parte do país (do mundo, diria), estaremos mais preparados para voltar a pôr mãos à obra e amortecermos todas as dificuldades que aí vêm.

Quem tem medo do Corona Vírus? Ou a importância de planear o futuro, hoje!

Por isso, quando nos perguntam se temos medo do Covid-19, a resposta mais expectável, a mais generalizada é: Sim, temos. No entanto, este medo não nos pode paralisar. Tem como funcionar como estimulante para fazermos o que tem que ser feito, ou seja, prestar os cuidados e apoio a quem o temos que fazer hoje – na empresa e na sociedade – e, simultaneamente, preparar o futuro, analisando os cenários possíveis, determinando os planos de ação necessários e começando a implementar algumas ações que poderão fazer com que a crise que se prevê possa ser minimizada no seu impacto e no tempo.

E cada um de nós, que não estamos direta e profundamente envolvidos no combate ao Corona Vírus, na linha da frente? O que pensamos fazer? Eu estou a planear o meu futuro a curto, médio e longo prazo. E já comecei a implementar algumas ações.

Podem ver o webinar sobre este tema, realizado a convite do Grupo Soluções Ideais, que podem ver precisamente aqui.

Sorte e saúde e que a força esteja connosco, para alcançarmos rapidamente a bonança!

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