O ensino é uma profissão nobre. Acredito que poucas pessoas duvidem desta afirmação.
Muitas vezes o ensino é visto como tendo vantagens grandes para os professores... e esse é um ponto de vista válido e, a meu ver, verdadeiro. Permite ter um sentido de dever cumprido por criar novas mentes com massa cinzenta utilizável; promove uma atualização constante em conhecimentos, métodos, ferramentas e pedagogia; Promove o contacto com várias pessoas de conhecimentos diversos e que se assume que têm vontade de partilhar os seus conhecimentos em prol de uma comunidade e de uma sociedade melhor e é, só por si, motivo de motivação.
Normalmente, o ensino proporciona um ambiente de trabalho dinâmico e estimulante. Cada turma é um novo desafio, uma nova oportunidade de aprender e crescer. Nas aulas de Pós-Graduação (PG) que tenho a sorte de dar, há ainda uma mistura de experiência de alunos que já estão no mercado de trabalho, com o entusiasmo e o conhecimento que vem dos alunos que tiram a PG como continuação dos seus estudos. Um combinar de experiência profissional com conhecimentos "frescos", que resulta em projetos muito interessantes e criativos.
É como consequência natural desta mistura enérgica e dinâmica que surgem as duas grandes vantagens para mim, enquanto professor:
- A necessidade de sistematizar o conhecimento que retiro dos projetos profissionais, e que muitas vezes falta o tempo para sistematizar;
- A enorme aprendizagem que retiro das aulas que dou, e que os meus alunos têm a gentileza de partilhar comigo... É muito bom aprender com os estudantes e são várias as dimensões da aprendizagem por parte do professor: novas ferramentas, perceções sociais, novas tendências e muitos conhecimentos próprios das gerações que representam e que, de outra forma, seria difícil aceder.