2025-07-30

Inovação: Por onde começar numa empresa sem cultura inovadora?

foto: pexels pixabay


Num cenário hipotético em que uma empresa não possui cultura de inovação, os primeiros passos sugeridos por algumas pessoas que discutem entre si os temas da Inovação Organizacional, convergem em torno de três eixos fundamentais: compreensão do contexto, sensibilização das pessoas e criação de condições para a participação ativa.

Diagnosticar o ponto de partida

Antes de qualquer ação, é fundamental compreender como a inovação é percecionada dentro da organização. Isso inclui identificar barreiras culturais, como o medo do erro, falta de reconhecimento, ausência de alinhamento estratégico ou mesmo um ambiente demasiado sério que inibe a criatividade. Esta análise inicial permite agir com maior precisão e adaptar abordagens ao contexto específico.

Sensibilizar e formar toda a equipa

Um passo consensual é a necessidade de promover a sensibilização e formação em inovação, transversal a toda a organização — da base à gestão de topo. Só com um entendimento partilhado da importância da inovação é possível construir um terreno fértil para novas ideias e iniciativas.

Fomentar a participação e criar canais de escuta ativa

Incentivar a criatividade passa por envolver os colaboradores em dinâmicas por áreas, criar caixas de sugestões, valorizar ideias e envolver ativamente quem levanta problemas ou propõe soluções. A comunicação clara da estratégia e a formação de equipas de inovação com elementos de diferentes áreas são formas práticas de garantir envolvimento e alinhamento.

Foi lançada uma provocação bem-humorada, que pode dar bons indícios sobre a inovação numa dada empresa: “Esta malta ri-se ou é demasiado séria?” — porque uma cultura de inovação saudável também se reflete na leveza e abertura das interações.

Autores: Ana Fonseca, Iris Oliveira, Lúcia Miranda, Marta Machado e Pedro Paiva

2025-07-21

Gestão de Equipas e Bem-Estar nas USF, um workshop organizado pela MGF Além Fronteiras


No passado mês de Junho, um dos desafios foi criar e conduzir o workshop “Gestão de Equipas e Promoção de um Bom Ambiente Laboral numa USF”, com foco na criação de ambientes saudáveis e produtivos nas Unidades de Saúde Familiar (USF).
Inspirado na máxima de Lee Cockerell — “Não é a magia que nos faz funcionar… É a forma como funcionamos que nos torna mágicos!” — o workshop destacou que o sucesso de uma USF está nos seus processos, pessoas e cultura organizacional.

O desafio das USF sem internos
Um dos problemas que tem surgido em certas USF's é a falta de internos e o impacto negativo da sua ausência nas equipas, que leva a perda de dinamismo, sobrecarga dos profissionais, redução da capacidade formativa e quebra na continuidade geracional.

Os pilares para um bom ambiente de trabalho
O ambiente de uma USF de excelência apoia-se em alguns fatores chave, entre os quais:
A Liderança da USF, em que se desenvolve a visão estratégica, o autoconhecimento e competências em soft skills;
As Relações Interpessoais, através da construção de equipas coesas, boa comunicação e gestão de conflitos;
A Organização do Trabalho: modelos de gestão com o trabalhar do equilíbrio entre vida pessoal e profissional;
O Reconhecimento, via valorização individual, prémios, participação ativa em congressos e eventos no setor e uma comunicação interna eficaz;
O Bem-Estar com cuidado com a saúde física e emocional, autocuidado, autoestima e apoio psicológico;
O Desenvolvimento Profissional, assegurando a formação contínua, processos de coaching e oportunidades de progressão na carreira;

Uma jornada sem fim
A principal conclusão? Construir e manter equipas saudáveis é um processo contínuo, que exige reflexão, compromisso e evolução constante.
Este workshop relembra que, no contexto das USF, cuidar da equipa é cuidar da saúde de todos.

O local?
Um belo local que me fez voltar a uma cidade de que gosto, apesar de conhecer pouco. Espinho e as suas ruas numeradas dão uma sensação de pragmatismo e de um certo futurismo.