2013-07-19

Fato invisível Anti-Tubarão para surfistas

A invisibilidade é um tema recorrente, misterioso e aliciante. Normalmente não está relacionada com situações de vida ou de morte. Já aqui falámos de casos de invisibilidade e da evolução que a tecnologia tem tido, como podemos ver em ser invisível como o Harry Potter. É provável que, mais tarde ou mais cedo, a ciência ultrapasse a magia, como tem acontecido em diversas áreas do saber.

Quando juntamos tubarões e surfistas, a visibilidade dos surfistas aos olhos dos tubarões já pode ser um caso de vida ou de morte. Na Austrália, encontram-se os locais com maior número de ataques de tubarão na costa. Como os surfistas são dos que mais tempo passam na água, a matemática diz-nos que existe uma maior probabilidade de estarem entre as vitimas. Desta forma, o desafio de diminuir o número de vitimas de ataques de tubarão, foi ganhando prioridade e tornou-se um objetivo da Universidade da Austrália Ocidental, que em parceria com a empresa SAMS (Sistemas de Mitigação de Ataques de Tubarões) olharam para o problema e têm trilhado um caminho que se espera que se reflita numa diminuição significativa dos ataques destes predadores aos surfistas. Já vimos o manto mágico da invisibilidade do Harry Potter, já vimos este manto da invisibilidade ser conseguido pela ciência e agora verifica-se a invisibilidade aos olhos dos tubarões, baseado, com certeza, em muita pesquisa e estudos para perceber o comportamento dos tubarões. 

Uma forma diferente de ultrapassar o desafio. Há que dar razão ao "outro", que dizia: "o problema não é o problema! O problema é a forma como vemos o problema"!

Fica o vídeo com explicações adicionais e links para quem tiver curiosidade em saber mais:



2013-07-18

O estado da Nação: A Inovação

O Barómetro da Inovação da COTEC permite-nos acompanhar a nossa capacidade de inovar, nas suas diversas dimensões. Miguel Fernandes, da Everis, dá uma entrevista sobre o estado da Inovação em Portugal, com base nesse mesmo Barómetro da Inovação.
Fica registado um resumo da entrevista e a entrevista feita pelo Diário Económico.

* Portugal desceu no que respeita à envolvência institucional (eficácia estatal e impacto no trabalho e investimento, limitada pela conjuntura atual).
* O pilar de financiamento, foi um dos principais pilares onde perdemos este ano muito peso. (Dificuldades no acesso ao crédito).
* A Inovação é uma fonte de sobrevivência. Pode-se inovar fazendo algo novo, mas se não se fizer nada, vai-se com certeza perder quota de mercado, posicionamento de mercado,...
* O Inquérito do Potencial Científico e Tecnológico mostra que 60% das empresas têm de facto feito coisas novas, em termos organizacionais, nos processos e no marketing, inovando menos nos produtos.
* Portugal tem condições e recursos ao nível de outros países, mas tem um défice de resultados. Tem um problema de eficiência ao nível dos processos e de eficácia ao nível dos resultados. É considerado um "país cigarra", ou seja, tem as condições mas não transforma em valor todo o seu potencial.
* Portugal tem aumentado as exportações essencialmente ao nível de indústrias de baixa ou média intensidade tecnológica. Se aumentarmos as exportações ao nível das indústrias de média e alta tecnologia, conseguiremos estar, com certeza, mais bem posicionados.
* Às empresas portuguesas faltam alguns hábitos importantes, que são fundamentais para dar escala às empresas. A dimensão das nossas empresas é critica, quando se analisa à escala europeia europeu. As PME's portuguesas são microempresas na Europa.
* É preciso melhorar os nossos hábitos de:
   # trabalho em rede
   # cooperação
   # vigilância tecnológica
   # analisar tendências internacionais
   # cooperação com as Universidades (aproveitando o I&D Académico)
* Captação e retenção de talentos (Portugal tem descido algumas posições neste indicador especifico, de forma consecutiva, ao longo dos últimos anos).
* As empresas deviam conhecer melhor os seus clientes (falar com pessoas do mesmo setor, estar presente em feiras internacionais com a análise de tendências, entre outros).
* Faltam muitos Sistemas de Gestão de Inovação às empresas portuguesas! Empresas dizem-se criativas e inovadoras, mas falta melhorar e implementar formas sistemáticas de trabalhar a Inovação.
* A cultura e liderança de inovação, complementada por métodos e critérios bem definidos, são essenciais para potenciar toda a capacidade criativa e transformá-la em valor.