2025-11-13

A Criatividade que se Transforma em Inovação

Num contexto empresarial em constante mudança, falar de criatividade e inovação deixou de ser uma questão de moda é uma questão de sobrevivência. As empresas que prosperam são aquelas que conseguem transformar boas ideias em soluções concretas, relevantes e diferenciadoras. Mas onde, afinal, se escondem as oportunidades de inovação?

As oportunidades surgem em todos os lugares: nas necessidades não satisfeitas dos clientes, nos processos internos que podem ser melhorados, nas novas tecnologias que abrem possibilidades que antes estavam fora do alcance, e até nas mudanças culturais e sociais que desafiam os modelos de negócio tradicionais. A inovação não acontece apenas nos laboratórios ou nos departamentos de I&D… Pode emergir em qualquer equipa, desde que exista espaço para pensar diferente.

Mas para inovar é preciso, antes de mais, ser criativo.

A criatividade é a capacidade de gerar ideias novas e úteis: é o momento em que o pensamento se expande e liga pontos aparentemente desconectados. Já a inovação é o passo seguinte: consiste em transformar essas ideias em produtos, serviços ou processos com impacto real. Assim, toda a inovação nasce da criatividade, mas nem toda a criatividade se transforma em inovação.

A criatividade contribui para as oportunidades de negócio ao permitir ver o que os outros ainda não viram: novas formas de servir clientes, de comunicar valor ou de resolver problemas. É um motor silencioso que impulsiona a diferenciação e o crescimento sustentável.

Contudo, para que a criatividade se converta em inovação, é preciso garantir condições organizacionais adequadas:

  • Tempo e espaço para pensar e experimentar;

  • Tolerância ao erro, porque a experimentação implica risco;

  • Lideranças inspiradoras, que incentivem a curiosidade e a autonomia;

  • E, acima de tudo, colaboração, pois as melhores ideias surgem da diversidade de perspetivas.

Promover uma cultura de inovação significa cultivar um ambiente onde a criatividade é valorizada, onde as ideias são ouvidas e testadas, e onde cada colaborador se sente parte ativa da construção do futuro da empresa. Essa cultura não se impõe; constrói-se, todos os dias, através do exemplo, da abertura e do propósito.

Em conclusão, a criatividade é o início do caminho, e a inovação é o destino. Entre uma e outra, existe um percurso que exige coragem, disciplina e visão. As empresas que compreenderem esta dinâmica estarão sempre um passo à frente porque, no fundo, inovar é transformar a imaginação em valor.

Bom Caminho!

2025-11-11

A Criatividade Está em Todo o Lado: E Também na Sua Empresa

Foto de Rodolfo Clix no Pexels

Tipos de Criatividade

Quando falamos de criatividade, é natural que o primeiro pensamento nos leve para o mundo das artes. Os artistas são frequentemente reconhecidos como os grandes mestres desta competência. Têm uma forma singular de ver e de interpretar o mundo, expressando-se através da pintura, da música, da escrita ou da representação. São diferentes e é precisamente nessa diferença que reside o seu valor. A sua criatividade torna-se visível, tangível, inspiradora.

Mas a criatividade não pertence apenas às artes. Há outras áreas em que a criatividade é igualmente importante: o humor. Seja através do humor inteligente e provocador de Ricardo Araújo Pereira, da irreverência contagiante de Herman José ou do olhar perspicaz e minucioso de Joana Marques sobre o quotidiano, todos eles traduzem o poder da criatividade em formas que nos fazem pensar, rir e surpreender-nos com o inesperado.

Contudo, a criatividade manifesta-se também num outro domínio, menos visível, mas igualmente essencial: o das organizações.

Nas empresas, quando existe uma cultura que valoriza a criatividade, o potencial para inovar, resolver problemas e criar valor é imenso. É aqui que nasce a criatividade orientada para a resolução de problemas, aquela que transforma desafios em oportunidades, limitações em novas possibilidades e rotinas em progresso.

E claro, há um passo seguinte e natural na expressão máxima da criatividade: a inovação.
Mas esse é um tema suficientemente vasto e importante para merecer uma reflexão própria — e será abordado num próximo texto.

Os Benefícios da Criatividade

Um ambiente criativo traz inúmeros benefícios — tanto para as pessoas como para as organizações. Eis alguns dos mais relevantes:

1. Diferenciação

Pensar de forma diferente é o primeiro passo para ser diferente. A criatividade permite encontrar soluções únicas e originais, oferecendo à empresa uma vantagem competitiva e fortalecendo a sua identidade junto de clientes, colaboradores, parceiros e franchisados.

2. Resolução de Problemas

A criatividade está no centro da capacidade de resolver problemas de forma eficaz e inovadora. Pode inspirar melhorias contínuas ou provocar verdadeiras rupturas positivas — aquelas que transformam processos, produtos ou estratégias de forma surpreendente.

3. Otimização de Processos

Muitas vezes, a criatividade manifesta-se na simplicidade. Um olhar criativo sobre um processo pode revelar formas mais rápidas, económicas ou sustentáveis de alcançar resultados, contribuindo diretamente para a eficiência e a qualidade.

4. Novas Funcionalidades

A curiosidade criativa leva à experimentação — e é dela que surgem novas ideias, funcionalidades e soluções que acrescentam valor aos produtos e serviços existentes.

5. Felicidade

Por fim, talvez o benefício mais humano de todos: a felicidade.
A criatividade é uma fonte natural de satisfação e realização. Quando criamos, entramos num estado de fluxo — aquele momento em que o tempo parece suspender-se e sentimos orgulho, prazer e entusiasmo pelo que estamos a construir. A criatividade desperta alegria e reforça o sentido de propósito.

Conclusão

A criatividade é muito mais do que um talento artístico: é uma competência transversal, essencial para o crescimento pessoal, o sucesso organizacional e o bem-estar coletivo.
Cultivá-la é investir num futuro mais inovador, humano e sustentável.

Bom caminho!

2025-11-07

Caso de Estudo: O impacto do Design Thinking numa empresa a dar os primeiros passos na inovação

 


A dúvida:

Nem todas as jornadas de inovação começam com confiança plena — algumas começam com curiosidade, dúvidas e vontade de aprender. Este é o caso de uma empresa portuguesa que, ao descobrir a metodologia Design Thinking, decidiu explorar como esta poderia ajudar a desenvolver novas soluções e uma cultura mais criativa.

A organização possui infraestruturas e equipamentos fortemente orientados para a produção, o que tem limitado as atividades de experimentação e inovação. Ainda assim, deu o primeiro passo ao envolver colaboradores da produção e do gabinete técnico numa formação introdutória sobre Design Thinking.

O processo iniciou-se com entusiasmo moderado, mas também com algum ceticismo. A perceção de que o Design Thinking requer tempo e dedicação acabou por arrefecer o ímpeto inicial. A empresa enfrenta desafios internos: grande carga de trabalho operacional, pouco espaço para “inventar” e um ânimo organizacional fragilizado, onde se percebem sinais de desmotivação e fraco sentido de pertença.

Durante a formação, alguns colaboradores mostraram interesse e curiosidade, valorizando a oportunidade de contribuir com ideias reais. Outros, porém, participaram de forma menos envolvida. Apesar das limitações, a empresa conseguiu compreender o conceito e as potencialidades da metodologia, embora subsistisse o sentimento de que a sua aplicação prática seria difícil.

O Caminho a Seguir

O caso mostra que mudar a cultura de uma organização é possível, mas requer tempo, consistência e envolvimento. Para que o Design Thinking produza resultados positivos, será necessário um trabalho de fundo, centrado em:
  • Promover uma mudança cultural que valorize a curiosidade e a experimentação;
  • Estimular a vontade de resolver problemas e compreender as causas de insatisfação;
  • Reforçar o sentimento de pertença e o compromisso coletivo;
  • Introduzir ferramentas simples de criatividade e inovação, que permitam obter vitórias de curto prazo e criar confiança no processo;
  • Definir e implementar processos estruturados em vários setores da empresa.
Num momento posterior, será possível iniciar projetos-piloto de Design Thinking, aplicados a desafios concretos, para que as equipas possam compreender, dominar e sentir os benefícios desta abordagem. Trata-se de um trabalho longo e gradual, que precisa de maturar práticas e garantir o bem-estar das pessoas, criando as condições certas para que surja a vontade genuína de fazer mais e melhor.

Reflexões Estratégicas

O Design Thinking não é uma fórmula mágica — é uma metodologia que se desenvolve em ambientes abertos ao erro, à colaboração e à escuta ativa.
Há um conjunto de fatores que favorecem o sucesso:
  • Cultura de inovação e aprendizagem contínua;
  • Liderança comprometida e protetora das equipas;
  • Estruturas flexíveis e multidisciplinares;
  • Foco genuíno no utilizador.

Barreiras comuns:

Há um conjunto de barreiras, mais ou menos conscientes, que travam o processo:
  • Mentalidade de eficiência extrema;
  • Medo do erro e ambientes punitivos;
  • Falta de tempo para reflexão e experimentação;
  • Isolamento entre áreas e ausência de colaboração.
Preparar o Terreno para o Design Thinking

Para empresas como esta, a adoção do Design Thinking deve começar com pequenos passos estratégicos:
  • Formação e sensibilização, com workshops e estudos de caso inspiradores;
  • Projetos-piloto simples, com desafios concretos e resultados visíveis;
  • Liderança transformacional, que inspire e dê o exemplo;
  • Ambientes seguros, onde o erro é entendido como parte natural do processo;
  • Integração entre áreas, criando equipas multidisciplinares com autonomia para explorar soluções.

Conclusão

O Design Thinking é uma ferramenta poderosa de inovação, mas a sua eficácia depende do contexto organizacional. Empresas como a Airbnb ou a IDEO demonstram que, quando há vontade, colaboração e abertura à experimentação, é possível transformar profundamente a experiência do cliente.

Contudo, em organizações ainda muito centradas na eficiência e no controlo, o desafio passa primeiro por cultivar uma mentalidade adequada. O foco deverá estar em criar espaço para ouvir, testar e aprender.

Mais do que uma metodologia, o Design Thinking é uma mudança de cultura — um convite à empatia, à criatividade e à colaboração. Quando enraizado, torna-se parte do DNA da empresa e da forma como ela imagina e constrói o seu futuro.

2025-11-06

Liderar é Resolver Problemas: O Papel do Líder na Criação de Espaços de Confiança


 Colin Powell afirmou:
“Liderar é resolver problemas. O dia em que os soldados pararem de trazer os seus problemas para si é o dia em que deixou de liderar.”
Esta frase é uma afirmação poderosa: liderar é muito mais do que definir metas e acompanhar resultados.
É criar um ambiente onde as pessoas se sintam seguras para partilhar o que não está a funcionar.
Quando os membros de uma equipa deixam de trazer problemas ao líder, isso é um sinal de alerta.
Pode significar medo, desmotivação ou simplesmente a perceção de que “não vale a pena”.
E quando os problemas deixam de ser partilhados, deixam também de ser resolvidos — e a equipa estagna.

1. Escutar é o primeiro passo
Um bom líder não reage, escuta.
Escutar com atenção e empatia permite compreender as causas profundas das dificuldades. Muitas vezes, o que parece um problema técnico é, na verdade, um desafio humano, relacional ou de comunicação.

2. Acolher e focar-se nas soluções
Escutar não basta. É preciso acolher o problema sem julgar, criar o espaço para diálogo e direcionar a energia para a solução.
A postura do líder define o tom: se reage com irritação ou culpa, fecha portas; se reage com abertura, cria oportunidades.

3. Envolver a equipa na resolução
Sempre que possível, envolver os membros da equipa na resolução é essencial.
Isso aumenta o compromisso, desperta a criatividade e reforça o sentimento de pertença.
Os melhores resultados nascem da colaboração — não da imposição.

4. Cada problema resolvido é um passo em frente
Cada vez que uma equipa supera um desafio, cresce em maturidade, confiança e autonomia.
A resolução de problemas é um processo contínuo de aprendizagem coletiva. É assim que se constrói uma cultura de excelência.

No fundo, liderar é transformar problemas em progresso.
E isso começa no momento em que alguém tem coragem para dizer: “Temos um problema” e encontra um líder disposto a ouvir.

É útil lembrar que Ser Líder é Evoluir em Equipa!  

2025-11-05

Caso de Estudo: Design Thinking - Uma Empresa em Transformação Rumo à Inovação


No panorama empresarial atual, a inovação é mais do que uma vantagem competitiva — é uma necessidade. Este é o caso de uma empresa portuguesa que se encontra num estado intermédio de maturidade em inovação, mas que tem vindo a dar passos firmes no caminho da transformação cultural.

A organização tem vindo a investir na criação de uma cultura de inovação, usufruindo de infraestruturas e equipamentos que permitem alguma experimentação, embora ainda sejam necessários novos investimentos para consolidar um ecossistema mais propício à criatividade e ao desenvolvimento das suas soluções.

O departamento comercial demonstra sensibilidade para a inovação, e um dos segmentos de clientes — os arquitetos — revela uma clara propensão para experimentar novas soluções. Internamente, há colaboradores curiosos e abertos à mudança, e a empresa começa a dar espaço à experimentação e ao erro como parte do processo de aprendizagem.

Entre os marcos mais recentes destaca-se o lançamento de uma nova família de produtos, que começa a ganhar tração no mercado e a contribuir positivamente para a faturação. No entanto, ainda persistem alguns desafios culturais: em determinadas áreas, a experimentação continua a ser vista como uma “perda de tempo”, e não como parte essencial da inovação.

Para enfrentar este desafio, a empresa decidiu introduzir o Design Thinking — uma metodologia centrada no utilizador que combina empatia, colaboração e experimentação.

O processo iniciou-se com uma formação dirigida a colaboradores das áreas de Inovação, Comercial e Operações. Os resultados foram imediatos: os participantes compreenderam o potencial do Design Thinking, mostraram entusiasmo com a sua aplicação e já identificaram projetos-piloto onde a metodologia poderá ser usada.

O próximo passo será a partilha interna de resultados e o alargamento do uso do Design Thinking a novas áreas e projetos, com especial destaque para o envolvimento de clientes no processo de criação de soluções.

Espera-se que esta abordagem tenha um impacto profundo na cultura de inovação, reforçando o relacionamento com os clientes e integrando o Design Thinking na estratégia de desenvolvimento do produto. O objetivo é claro: construir equipas multidisciplinares, adotar ciclos curtos de desenvolvimento e validação contínua com os utilizadores, e tornar a empatia um valor central da organização.

Como referia Cláudia Pinto na revista Distribuição Hoje (Março de 2018), várias empresas portuguesas têm demonstrado o sucesso desta metodologia — e acreditamos que esta empresa tem tudo para juntar-se à lista de casos de sucesso que já inclui nomes como a Novabase, a Sonae e a Jerónimo Martins.

O futuro é promissor — e o Design Thinking poderá ser uma chave importante para desbloquear todo o seu potencial de inovação.

2025-08-27

ISO 56001:2024 * O processo de transição para uma nova era na Gestão da Inovação

@pexels isaque pereira


Introdução

A publicação da norma ISO 56001:2024, em setembro de 2024, representa um marco significativo para as organizações que encaram a inovação como um motor de competitividade e sustentabilidade. Esta nova norma internacional vem substituir oficialmente a NP 4457:2021, até então o referencial português para os sistemas de gestão da Investigação, Desenvolvimento e Inovação (IDI).


Porquê esta transição?

A NP 4457 marcou o início da gestão estruturada da inovação em Portugal. Hoje, a ISO 56001 segue para a etapa seguinte de maturidade, e: 
- Alinha a inovação com normas internacionais;
- Facilita a integração com outros sistemas de gestão;
- Reforça o foco na criação de valor e na agilidade perante os desafios do mercado.


Calendário de Transição

Atualmente, a data a considerar é Junho de 2026, como o fim do prazo de migração. A partir dessa data, as certificações com base na NP 4457, deixarão de ser válidas.


Principais Diferenças entre a NP 4457 e a ISO 56001

A ISO 56001:2024 promove uma mudança estratégica na forma como as organizações encaram e integram a inovação na sua missão. Eis três diferenças significativas:

1. Aplicabilidade Global
Há uma passagem do foco na realidade portuguesa para a aplicabilidade a qualquer organização, setor, dimensão, ou localização geográfica. Há uma abordagem à gestão da inovação como sistema da organização. Vai permitir um alinhamento das organizações portuguesas façam parcerias e alianças com empresas internacionais e tenham o seu sistema de gestão de inovação reconhecido internacionalmente. 

2. Estrutura Normativa Integrada (HLS)
A ISO 56001:2024 tem uma estrutura baseada na High Level Structure (HLS), o que facilita a integração com normas como a ISO 9001 (Qualidade) e ISO 14001 (Ambiente). Este alinhamento simplifica a gestão integrada dos sistemas e permite reforçar sinergias entre áreas geridas com base num sistema de gestão da ISO (Qualidade, Ambiente, entre outros).

3. Cultura de Inovação e Criação de Valor
- NP 4457:2021: Menos foco na cultura organizacional e na geração de valor.
Esta nova abordagem destaca a importância de uma cultura de inovação estruturada, a gestão da inovação e a relevância do valor acrescentado na gestão da inovação. Pretende-se um envolvimento de todos  os colaboradores e processos de geração de ideias consistentes e alinhadas com os objetivos estratégicos.


Atividades fundamentais para uma boa transição:

- Análise de lacunas (gap analysis) entre as duas normas
- Plano de migração detalhado
- Atualização de competências da equipa envolvida
- Revisão dos procedimentos internos e comunicação com as partes interessadas


Benefícios da ISO 56001

- Maior reconhecimento internacional
- Melhoria da eficácia e eficiência dos processos de inovação e foco na geração de valor
- Estímulo à colaboração interorganizacional
- Reforço da cultura de inovação e da capacidade de adaptação


Conclusão

A transição da NP 4457 para a ISO 56001 não é apenas uma mudança normativa — é uma oportunidade estratégica para as organizações repensarem a forma como encaram e integram a inovação na sua missão. Com uma abordagem mais integrada, ágil e orientada para resultados, a ISO 56001 posiciona-se como o novo padrão global para quem pretende inovar e gerar mudança efetiva e significativa.

2025-08-01

A Qualidade também se mede pelo Coração

mikhail-nilov @pexels

A Qualidade também se mede pelo Coração

Nos últimos dias, tive o privilégio de visitar duas empresas industriais para realizar auditorias: uma focada na área da qualidade e inovação, e outra exclusivamente na qualidade. Com uma colaboro regularmente em projetos; com a outra, o contacto tem sido mais pontual, através do papel de auditor. Em comum, partilham algo importante para um sucesso mais abrangente — consistência, crescimento e um forte compromisso com as pessoas.

Ambas têm vindo a crescer de forma sólida nos últimos dez anos, sempre com o mercado em mente, com processos cada vez mais eficientes e com uma cultura de decisão participativa e transparente. Trabalhar com equipas assim é sempre enriquecedor. O ambiente respira melhoria contínua e propósito.

Nestas visitas, algo transcendeu os procedimentos e os relatórios: a presença, em ambas as empresas, de colaboradores com perturbações do desenvolvimento intelectual, plenamente integrados nas equipas. Não em tarefas simbólicas, mas em funções reais, com responsabilidade e impacto.

O que me marcou profundamente foi a alegria e o empenho visível dessas pessoas. A forma como se moviam, como cumprimentavam, como confiavam em quem os rodeava. A expressão de quem se sente útil, valorizado e seguro no seu lugar.

Estas ações de inclusão não são gestos pontuais. São exemplos de responsabilidade social com impacto real — para os próprios, para as suas famílias, e para as instituições que os acompanham.

E são, também, demonstrações de que a verdadeira inovação passa por incluir, por confiar, por abrir espaço a quem muitas vezes fica à margem.

Se a qualidade se mede por resultados, também se mede por atitudes. E nestasempresas, as atitudes deixam marca.


Vida Longa e Próspera!

2025-07-30

Inovação: Por onde começar numa empresa sem cultura inovadora?

foto: pexels pixabay


Num cenário hipotético em que uma empresa não possui cultura de inovação, os primeiros passos sugeridos por algumas pessoas que discutem entre si os temas da Inovação Organizacional, convergem em torno de três eixos fundamentais: compreensão do contexto, sensibilização das pessoas e criação de condições para a participação ativa.

Diagnosticar o ponto de partida

Antes de qualquer ação, é fundamental compreender como a inovação é percecionada dentro da organização. Isso inclui identificar barreiras culturais, como o medo do erro, falta de reconhecimento, ausência de alinhamento estratégico ou mesmo um ambiente demasiado sério que inibe a criatividade. Esta análise inicial permite agir com maior precisão e adaptar abordagens ao contexto específico.

Sensibilizar e formar toda a equipa

Um passo consensual é a necessidade de promover a sensibilização e formação em inovação, transversal a toda a organização — da base à gestão de topo. Só com um entendimento partilhado da importância da inovação é possível construir um terreno fértil para novas ideias e iniciativas.

Fomentar a participação e criar canais de escuta ativa

Incentivar a criatividade passa por envolver os colaboradores em dinâmicas por áreas, criar caixas de sugestões, valorizar ideias e envolver ativamente quem levanta problemas ou propõe soluções. A comunicação clara da estratégia e a formação de equipas de inovação com elementos de diferentes áreas são formas práticas de garantir envolvimento e alinhamento.

Foi lançada uma provocação bem-humorada, que pode dar bons indícios sobre a inovação numa dada empresa: “Esta malta ri-se ou é demasiado séria?” — porque uma cultura de inovação saudável também se reflete na leveza e abertura das interações.

Autores: Ana Fonseca, Iris Oliveira, Lúcia Miranda, Marta Machado e Pedro Paiva

2025-07-21

Gestão de Equipas e Bem-Estar nas USF, um workshop organizado pela MGF Além Fronteiras


No passado mês de Junho, um dos desafios foi criar e conduzir o workshop “Gestão de Equipas e Promoção de um Bom Ambiente Laboral numa USF”, com foco na criação de ambientes saudáveis e produtivos nas Unidades de Saúde Familiar (USF).
Inspirado na máxima de Lee Cockerell — “Não é a magia que nos faz funcionar… É a forma como funcionamos que nos torna mágicos!” — o workshop destacou que o sucesso de uma USF está nos seus processos, pessoas e cultura organizacional.

O desafio das USF sem internos
Um dos problemas que tem surgido em certas USF's é a falta de internos e o impacto negativo da sua ausência nas equipas, que leva a perda de dinamismo, sobrecarga dos profissionais, redução da capacidade formativa e quebra na continuidade geracional.

Os pilares para um bom ambiente de trabalho
O ambiente de uma USF de excelência apoia-se em alguns fatores chave, entre os quais:
A Liderança da USF, em que se desenvolve a visão estratégica, o autoconhecimento e competências em soft skills;
As Relações Interpessoais, através da construção de equipas coesas, boa comunicação e gestão de conflitos;
A Organização do Trabalho: modelos de gestão com o trabalhar do equilíbrio entre vida pessoal e profissional;
O Reconhecimento, via valorização individual, prémios, participação ativa em congressos e eventos no setor e uma comunicação interna eficaz;
O Bem-Estar com cuidado com a saúde física e emocional, autocuidado, autoestima e apoio psicológico;
O Desenvolvimento Profissional, assegurando a formação contínua, processos de coaching e oportunidades de progressão na carreira;

Uma jornada sem fim
A principal conclusão? Construir e manter equipas saudáveis é um processo contínuo, que exige reflexão, compromisso e evolução constante.
Este workshop relembra que, no contexto das USF, cuidar da equipa é cuidar da saúde de todos.

O local?
Um belo local que me fez voltar a uma cidade de que gosto, apesar de conhecer pouco. Espinho e as suas ruas numeradas dão uma sensação de pragmatismo e de um certo futurismo.



2025-06-24

Liderança Tranquila: Carlo Ancelotti



No mundo empresarial, onde a agilidade, a pressão por resultados e a constante adaptação ao mercado são a norma, a liderança tranquila pode ser facilmente mal interpretada. Para muitos, pode parecer branda ou até mesmo fraca, sobretudo quando comparada a estilos mais intensos e frenéticos. No entanto, como defende Carlo Ancelotti, um dos líderes mais bem-sucedidos do futebol europeu, a tranquilidade na liderança não é sinal de fraqueza — é uma força.

Nas organizações, líderes tranquilos distinguem-se pela sua capacidade de manter o controlo emocional, mesmo em momentos de elevada tensão. Esta postura serena transmite confiança às equipas, reduz o ruído emocional nas decisões e ajuda a manter o foco no que realmente importa. Em vez de reagir impulsivamente, estes líderes ouvem, ponderam e tomam decisões com base em informação e análise. Esta abordagem estratégica e reflexiva é essencial em ambientes complexos, onde as decisões erradas podem ter impacto financeiro e humano significativo.

Além disso, a liderança tranquila promove relações profissionais mais saudáveis. A empatia, a escuta ativa e a capacidade de gerir conflitos com equilíbrio fortalecem a coesão das equipas e melhoram o clima organizacional. Em tempos em que o bem-estar dos colaboradores é um fator competitivo, a tranquilidade torna-se uma competência de liderança crítica. A consistência de comportamento, por sua vez, reforça a previsibilidade e a confiança, elementos fundamentais para sustentar equipas autónomas e alinhadas com a visão da empresa.

Por outro lado, estilos de liderança mais frenéticos caracterizam-se por uma energia constante, decisões rápidas e uma pressão constante, orientada para os resultados imediatos. Estes líderes são movidos por metas ambiciosas e imprimem um ritmo acelerado à organização. Em contextos de crise ou de inovação disruptiva, esse tipo de liderança pode ser particularmente eficaz, mobilizando equipas para ações rápidas e mudanças profundas. Contudo, o custo emocional e a instabilidade que frequentemente acompanham este estilo podem levar à exaustão das equipas e a erros estratégicos por falta de reflexão.

A comparação entre os dois estilos não se trata de definir qual é o melhor, mas sim de compreender os seus impactos no médio e longo prazo. A liderança tranquila cria as condições para um crescimento sustentado, com foco na qualidade das decisões, na solidez das relações e na estabilidade emocional das equipas. Já a liderança frenética pode gerar resultados rápidos, mas exige cuidado e uma gestão criteriosa dos seus efeitos colaterais.

A mensagem de Ancelotti serve, assim, como um alerta e uma inspiração para o mundo empresarial: liderar com tranquilidade não é abdicar da ambição, da exigência ou da autoridade — é exercer tudo isso com maturidade, clareza e propósito. A tranquilidade, quando é autêntica, é uma força silenciosa que sustenta as grandes lideranças.

2025-05-01

O Que Aprendemos ao Caminhar: Crónica de uma Peregrinação a Santiago

 

O Planeamento

Se há algo que uma peregrinação nos ensina é que não importa quantas vezes planeamos tudo ao detalhe – o caminho surpreende sempre. E foi isso que vivemos num grupo de 22 peregrinos que partiram de Pontevedra rumo a Santiago de Compostela, numa jornada de três dias cheia de desafios, histórias e aprendizagens.

Os Estranhos

No início, éramos quase estranhos. Cada um conhecia alguém, mas as relações eram maioritariamente individuais. Vieram pessoas de várias regiões – Coimbra, Guimarães, Braga, Lisboa, Mealhada, entre outras – e, mesmo sem saber, estávamos todos à procura de algo. Talvez tenhamos encontrado algo... Talvez tenhamos que continuar a procura!

Os Coordenadores

O grupo de coordenação organizou-se para ser discreto e fazer a sua peregrinação. O objetivo era ter o papelo de mais uns peregrinos no grupo. Rapidamente mostraram capacidade de adaptação e gestão de imprevistos, o que se revelou vital. E não faltaram desafios: desde trocas inesperadas de alojamento até momentos de intenso desgaste físico e emocional. A Sara, a Inês e a Ana Rita, foram impressionantes. Com elas é muito fácil trabalhar. Eu espero ter cumprido com os minímos olímpicos no meu papel.

As Histórias

Houve histórias inspiradoras... histórias de vida ou atitudes durante a peregrinação. Houve quem expusesse as suas estratégias para enfrentar os desafios que apareciam... houve quem ultrapassasse dificuldades pessoais intensas...

O Processo

O processo de transformação do grupo foi igualmente comovente. Vimos que pessoas que, desde o início se preocupavam com o grupo, até pessoas que se preocupavam consigo próprias e com o seu bem-estar pessoal (quase em exclusividade). A maioria destas pessoas, no último dia, já tinha uma grande preocupação com o grupo e com o bem-estar coletivo. Foi fascinante perceber que, em 3 dias, em condições difíceis, com alimentação, dormidas e rotinas diferentes das existentes no nosso dia-a-dia, e sem as pessoas que habitualmente preenchem os nossos dias, é possível transformar um conjunto de pessoas num grupo com grande espirito de entreajuda. 

Os Momentos

Houve vários momentos especiais que ficaram gravados: a descoberta do “oásis do peregrino” – uma simples arca com bebidas frescas numa paragem de autocarro, que nos deu forças em horas críticas – ou o apoio mútuo entre um grupo animado de amigas que, apesar do cansaço, nunca deixavam ninguém ficar para trás.

A Autogestão

Todos passaram a estar na coordenação do grupo e a apoiar nas decisões, na ajuda a tratar de toda a logística e no apoio a quem precisava. Tornou-se um grupo autogerido, com muita facilidade. Seria uma equipa na qual eu ficaria satisfeito de estar integrado se surgisse um projeto que o proporcionasse.

A Celebração

No jantar final, a alegria misturava-se com exaustão. Todos partilhavam a sensação de missão cumprida e, entre risos e dores por todo o corpo, sabíamos que tínhamos vivido algo inesquecível.

A Reflexão Final:

Esta caminhada, mais do que um percurso físico – foi um caminho interior, onde aprendemos sobre empatia, resiliência e o poder incrível da entreajuda.

2025-03-14

Pontualidade: um compromisso com o sucesso

 

    A ambição de uma grande maioria de pessoas é tornar-se um pouco melhor. Muitas vezes, procuramos aspetos da nossa vida onde podemos exercer milagres e melhorias fantásticas de grande porte, para que se possa sentir a nossa melhoria e que o impacto seja grande em diversas áreas da nossa vida.
    Muitas vezes, esquecemo-nos do básico e há alguns hábitos que podemos ter para melhorar significativamente a nossa vida. A pontualidade é um destes aspetos básicos e, como acréscimo, depende essencialmente de nós, o que faz com que seja a vontade, acima de tudo, que pode fazer com que sejamos mais ou menos pontuais.

A Importância da Pontualidade na Vida Pessoal e Profissional


    A pontualidade é uma qualidade fundamental para o sucesso e o bem-estar em diversas áreas da vida. Tanto no contexto profissional quanto no pessoal, ser pontual reflete compromisso, respeito e organização. Embora possa parecer um detalhe trivial, o hábito da pontualidade impacta diretamente na forma como somos percebidos pelos outros e no nosso próprio bem-estar.

Pontualidade no Ambiente Profissional


    No contexto profissional, a pontualidade é um diferencial que pode determinar o sucesso de uma carreira. Ser pontual demonstra compromisso e responsabilidade, o que fortalece a reputação e credibilidade de um profissional. Quando alguém cumpre prazos e chega antes do horário combinado, transmite confiança aos colegas, clientes ou outros envolvidos, criando um ambiente de trabalho mais produtivo e eficiente.
    Além disso, a pontualidade tem impacto direto na produtividade. Um profissional que gere bem seu tempo previne a acumulação de tarefas e minimiza a pressão causada por atrasos. Este comportamento também reduz os níveis de stress, pois reduz a necessidade de correr contra o tempo para fazer o que tem de ser feito. Como resultado, líderes e gestores tendem a valorizar mais aqueles que são organizados e confiáveis, aumentando a sua possibilidade de crescimento e promoção na empresa.

Pontualidade na Vida Pessoal


    No âmbito pessoal, a pontualidade desempenha um papel essencial na construção de relações saudáveis. Cumprir compromissos dentro do tempo estabelecido demonstra respeito pelo tempo dos outros, evitando frustrações e mal-entendidos. A falta de pontualidade pode ser interpretada como desinteresse ou desorganização, afetando negativamente amizades, relações familiares e amorosas.
    Como extra, ao praticar a, estamos a contribuir para o desenvolvimento da disciplina e autocontrolo. Ao planear com mais atenção e detalhe os seus horários, a pessoa torna-se mais organizada e produtiva, o que se reflete numa rotina mais equilibrada. Outro benefício é o aumento do tempo livre: quando se evita atrasos e desperdício de tempo, ganhamos mais espaço para lazer, descanso e atividades de que se gosta. Por fim, a pontualidade também reduz a ansiedade, pois elimina a preocupação constante de estar sempre a correr para cumprir com os compromissos.

Todos ganham


    Ser pontual é muito mais do que simplesmente chegar à hora certa; é um hábito que reflete valores como responsabilidade, respeito e organização. No ambiente profissional, a pontualidade abre portas para o crescimento e o reconhecimento, enquanto na vida pessoal fortalece relações e proporciona maior qualidade de vida. Desenvolver este hábito melhora a percepção dos outros sobre nós, e também nos ajuda a viver de forma mais tranquila e produtiva.

    Portanto, vale a pena refletir: a pontualidade é uma fraqueza ou um ponto forte na sua vida?

    Disciplina-te na pontualidade e partilha a sua importância com os outros. Todos ganham com um contexto em que tu e quem te rodeia é pontual.

2025-02-09

Liderar E Inovar: Um Bom Caminho Para O Futuro

Foto de Belle em Pexels

Viva!
Janeiro foi um mês repleto de atividades e desafios importantes. Eis a descrição sumária de alguns dos projetos realizados durante o mês de Janeiro:

Liderança e Desenvolvimento Organizacional

  • Programa "As 12 Jornadas do Líder" : O programa continua em curso na CJR Renewables.
  • Programa "As 12 Jornadas do Líder" : O programa iniciou na Crioestaminal.
  • Acompanhamento Executivo na SPI - Automação e Processos Industriais: Seguimos juntos na análise e implementação de estratégias de curto e longo prazo.
  • Desenvolvimento Pessoal no CHUC : Apoiamos processos de autoconhecimento baseados no Eneagrama na equipe de Patologia Clínica, reforçando o conhecimento de si próprio e as competências de relacionamento interpessoal.

Inovar Faz Bem

  • Planeamento Estratégico: Definição da estratégia de inovação e sua integração na estratégia global da Soluções Ideais para 2025.

Palestras, Tertúlias e outros:

  • Palestra sobre empreendedorismo na Escola Secundária José Falcão, em Coimbra.
  • Tertúlia do IESh sob o tema "Ser Criativo: Uma viagem com o Eneagrama".

Academia

  • Investigação Acadêmica : Em andamento o projeto de investigação sobre o impacto das lideranças no bem-estar e estresse dos trabalhadores.
  • Criatividade e Inovação: A terminar mais uma edição da unidade de Criatividade e Inovação na Pós-Graduação de Marketing Digital, na Coimbra Business School.

Outros Projetos

  • A parceria com a Pedro Castela Consulting continua firme, e o trabalho com vista ao Bem-Estar e Felicidade Organizacional nas empresas e outras organizações, faz cada vez mais sentido e é um caminho que pode proporcionar excelentes resultados em várias dimensões (competitividade, inovação, bem-estar,...).
  • Está em preparação uma parceria para trabalhar com uma entidade com larga experiência em TeamBuilding, de forma a proporcionar aos nossos clientes mais boas experiências na melhoria das suas competências... Aguardem novidades! 

Para finalizar:

  • Caminho de Santiago: o Caminho de Santiago está a ser feito por, por etapas. É um processo que nos ajuda a perceber os nossos limites, a ultrapassar barreiras mentais e fisicas. Permite-nos uma paragem e o desligar do dia-a-dia, proporcionando descanso a vários níveis (talvez o físico seja a exceção). Os níveis de stress e ansiedade têm uma redução significativa e aumenta a confiança ao alcançar objetivos diários que poderiam parecer inalcançaveis.

Impera o entusiasmo com os desafios que fevereiro prepara e a vontade para continuar a trabalhar em projetos em prol dos clientes e amigos.

Fica a nota:  Uma boa liderança e capacidade de inovação é um bom caminho para um futuro mais competitivo, próspero e entusiasmante!

Bom Caminho para todos e até breve!



Para ver outros posts sobre os projetos e desafios, vê a lista abaixo:

2025-02-05

Ser Criativo: Uma viagem com o Eneagrama

Desperta o Teu Potencial Criativo com o Eneagrama!

Sentes que há dezenas de ideias incríveis, mas algo te bloqueia? Ou que tens dificuldades em ter ideias? Ou que a tua criatividade flui melhor em certos momentos, mas não sabes por quê?

Nesta Tertúlia sobre Criatividade e Eneagrama, organizada pelo IESh, foram abordados estes temas e apresentadas abordagens criativas por cada tipo do Eneagrama! A conversa incidiu sobre os diferentes tipos do Eneagrama e a sua abordagem à criatividade, tanto os aspetos que beneficiam a criatividade, como os aspetos que a bloqueiam. Ainda conversamos sobre algumas ações a desenvolver que poderão contribuir a desbloquear a criatividade de cada tipo.

Exploramos:
✅ Como o teu tipo de personalidade influencia a tua forma de criar; e
✅ Estratégias para desbloquear a tua criatividade natural.

Foi uma tertúlia incrível, com a participação, o testemunho e o debate de várias pessoas.

Conhece o Eneagrama

Conhece o Eneagrama para te conheceres a ti mesmo.
Conhece o Eneagrama para conheceres quem te rodeia.

Se conheces o eneagrama, aprofunda e trabalha-o de forma continuada.
Se não conheces, investiga, pois podes estar a perder algo importante para ti.
Se precisares, contacta-me, que eu dou-te informações para começares ou continuares o processo.


Bom caminho!

2025-01-15

Empreendedorismo no Secundário * A juventude está perdida?

Esta juventude está perdida?

Esta é uma pergunta pertinente, cuja resposta é clara! Para os velhos do Restelo (há um número considerável), é claro que esta juventude está perdida. Para muitos outros, esta juventude tem um potencial incrível e vai ser capaz de enfrentar e ultrapassar muitos dos desafios que o mundo lhes apresenta.

Eu faço alguns trabalhos com gente jovem e acredito na versão do enorme potencial. Desde trabalhos de autoconhecimento, num programa do IESh, chamado "Viver Para Quê?" até algumas palestras que vou fazendo sobre alguns temas que trabalho no dia-a-dia. 

Recentemente, a Escola Secundária José Falcão convidou-me para realizar uma palestra sobre empreendedorismo para os alunos do 11.º ano. Desde o início, a sala esteve repleta de energia e dinamismo, criando um ambiente positivo e alegre que cativou a atenção de todos os presentes. Foi uma sessão vibrante, que decorreu na biblioteca da escola, que está repleta de empreendedorismo e conhecimento.

Os alunos, juntamente com os professores, estavam imbuídos do mesmo espírito curioso e empreendedor, participando ativamente em todos os desafios propostos. As atividades foram concebidas para incentivar a criatividade, o pensamento crítico e a curiosidade, e houve muitos momentos de entusiasmo e geração de ideias.

Ao final da sessão, foi solicitado feedback anónimo de todos os participantes. O resultado foi extremamente positivo, com as palavras "cativante" e "interessante" a aparecer diversas vezes nas respostas. Esta avaliação confirmou o sucesso da sessão e a capacidade dos participantes se envolverem, sempre que o tema lhes interessa. Foi uma sessão inspiradora para mim, para os participantes e, no final, em conversa com os professores presentes, percebi que tinham gostado imenso e foram igualmente tocados pela energia da criatividade e empreendedorismo. Houve, inclusive, a partilha de histórias de empreendedores presentes nas suas vidas. Fascinante!

No meio destes feedbacks, curiosamente, surgiram dois feedbacks que se destacaram por sugerirem ideias empreendedoras que poderiam chocar algumas pessoas, caso fossem divulgadas aqui. 😅😅 Isso só demonstra a criatividade e ousadia dos alunos ao pensar fora da caixa! Posso partilhar que um dos feedbacks me transportou para a ideia de editor de revistas masculinas e outro transportou-me para a indústria farmacêutica. 

A sessão foi, sem dúvida, um passo importante para despertar o espírito empreendedor nos jovens, preparando-os para um futuro cheio de oportunidades e desafios. Aguardamos ansiosamente por mais eventos assim e pelas brilhantes ideias que certamente continuarão a surgir!

Assim, à pergunta "Esta juventude está perdida?" Eu responderia que esta juventude tem um futuro radioso! Haja o espaço e o apoio necessários para crescerem e fazerem o seu próprio caminho!