2024-10-18

Notas soltas da passagem pelo Coimbra Invest Summit

  


    No mundo profissional intenso da consultoria, os eventos que promovem o networking são fundamentais. São boas oportunidades para conhecer novas empresas e instituições e expandir os contactos. Recentemente fui ao Coimbra Invest Summit (CIS). O meu objetivo era compreender o que se passa por Coimbra, como funciona o ecossistema empresarial. Apesar de ser a cidade onde vivo, as minhas relações profissionais estão mais enraizadas no distrito de Aveiro e é por lá que desenvolvo a maioria dos meus projetos. Apesar disso, tenho tido uns quantos projetos interessantes por Coimbra, ao longo dos meus 12 anos como consultor independente. Deste modo, fui como "observador atento" para compreender as dinâmicas da região.

    Já sabia que o local da realização do evento é mágico, no entanto, a magia só funciona, se tiver uma organização à altura. Eu achei o evento mágico. A entrada no local cria de imediato uma sensação de grandiosidade que nos faz sentir num mundo paralelo. Por toda a experiência ali vivida durante 2 dias, só posso dar os parabéns à organização.

    Outro aspeto que considerei relevante foi o foco. O CIS foi centrado em 3 áreas que são apostas da região: a saúde, a tecnologia e o setor aeroespacial. Já há um novo setor previsto para o próximo ano para acrescentar a estes três... o Turismo. 

    Não fui com o intuito de procurar negócio, apesar da presença de empresas muito interessantes. No entanto, continuo a considerar que o facto de não ter a estrutura de uma empresa a suportar as minhas atividades, faz com que seja mais comedido na procura de negócio, para ter a certeza de que consigo responder a tudo com que me comprometo. Como já tenho um volume interessante de negócio até ao final de 2025, pareceu-me que, o facto de estar a conhecer novos potenciais clientes poderia criar uma situação de falta de tempo, que poderia ter algum impacto no nível de serviço prestado. Novos clientes exigem outro tipo de atenção para criar relações, enquanto que, com os clientes já existentes (com alguns até se criam relações de amizade), a principal preocupação é assegurar que eles sabem como são importantes e que estou disponível para ajudar no que estiver no âmbito das minhas competências. A própria função de consultor independente, é vista com outros olhos, por quem não conhece a pessoa, do que se for CEO, CFO, CTO, CIO etc de uma empresa.  Normalmente, é visto com maior desconfiança. Como eu acho perfeitamente normal que isso aconteça, não sigo por esse caminho, a não ser que tenha um objetivo muito específico. Portanto, observar e compreender era o foco da minha participação.

    No entanto, ao chegar ao CIS, depois da confirmação da presença na receção, uma das primeiras pessoas que vi foi alguém com quem já tive o privilégio de trabalhar algumas vezes e que tem o dom de emitir ondas altamente positivas onde quer que se encontre. Só por isso, o CIS já tinha valido a pena. O dia começou bem e continuou muito bem, tendo tido a possibilidade de encontrar alguns clientes antigos, alguns amigos/as que não são clientes, nem nunca foram, mas que gosto de rever, e ainda conheci novas pessoas de instituições e empresas. Gosto mesmo de falar e conhecer pessoas interessantes (e a maioria das pessoas são interessantes), independentemente dos negócios. Aqueles dias valeram a pena pelas conversas, pelos encontros, pelo rever ou conhecer pessoas. A companhia da minha irmã no segundo dia ainda tornou melhor o evento.

    No final do CIS, em altura de balanço, ainda surgiram algumas ações, como reuniões para analisar sinergias, propostas de trabalho e outros contactos, sem qualquer projeto no horizonte, mas com trocas de ideias muito interessantes. 


    Conclusão:

    O CIS foi perfeito? Não… Há margem de progressão! No entanto, este CIS posicionou-se num patamar elevado.

    O que de melhor teve? O contacto com as pessoas é o melhor que estes eventos têm. Há muitas pessoas com interesses comuns ou parecidos, o que torna as conversas fluidas e entusiasmantes.

    É bom ver que Coimbra está a movimentar-se no sentido de ser mais dinâmica e, consequentemente, ser mais atrativa, proporcionar mais oportunidades e promover uma maior qualidade de vida.

    Podemos ver que está a atrair mais indústrias e que os empresários tendem a ser cada vez mais, vistos como elementos importantes para o equilíbrio e desenvolvimento económico e social de uma região. Assim, mais estudantes de Coimbra têm a opção de ficar ou sair, quando a percepção que tenho é a de que há uns anos a grande (e quase única) opção era sair da cidade.

    Apesar de uma presença essencialmente como "observador" e não tendo o foco na área comercial, surgiram oportunidades interessantes. 

    Que continue este evento e outros que possam tornar Coimbra e toda a Região mais forte e atrativa para que os seus habitantes possam usufruir de uma cidade que promova e potencie a sua riqueza histórica com o progresso e a inovação que permitem alcançar novos patamares na qualidade de vida.

Até para o ano e Bom Caminho!

Sem comentários: