Que desafio fantástico Pedro Paiva ! Dos inúmeros casos e situações com que me tenho agradavelmente encontrado a nível profissional e pessoal confesso que a minha fonte criativa mais querida é sem sombra de duvidas o meu filho. Com quatro anos sempre foi um menino com “personalidade forte” como gosto de dizer
Recordo uma vez em que estávamos a almoçar em família, todos já haviam terminado e aguardávamos pacientemente que o “menino” terminasse a sua refeição, coisa que estava muito de longe de acontecer. Apesar dos nossos constantes alertas e pedidos para que comesse ele encontrava sempre um bom motivo para adiar a entrada de mais um garfo de comida na boca. Isto apesar de estar a comer uma das comidas que mais lhe agrada. Um simples prato de arroz com salsicha, ovo e salada. Ficando já um pouco impaciente com tanta demora comecei a folhear o jornal e dei com um anuncio da chegada do circo à cidade. Foi ai que se deu o “click”, quase sem pensar perguntei-lhe “ Olha, queres comer antes um arroz de palhaço?” Os olhos dele como que se iluminaram. “ Arroz palhaço?” Perguntou, “Siiiim!” disse logo de seguida. Retirei-lhe o prato da mesa e reorganizei a comida, o arroz assumiu a forma de uma cara, o ovo transformou-se num par de olhos, a salsicha numa boca e o tomate num grande nariz vermelho... devorou o palhaço num ápice, e a partir dessa data arroz de palhaço passou a integrar a nossa ementa
É verdade que em algumas pessoas a criatividade é quase uma marca distintiva, algo que ressalta aos olhos dos outros mas também é verdade que todos nós somos detentores desse “super poder”, desse “toque mágico”, chamado criatividade. Esta, chamemos-lhe habilidade ou aptidão, está presente em nós desde bem pequeninos.
Acredito profundamente que todos possuímos este dom e que apenas temos de o exercitar para o desenvolver ou realçar, exatamente como se fosse um músculo do nosso corpo. Treinar, treinar treinar, é a palavra chave.
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