Francisco Jaime Quesado, com uma capacidade de sintese admirável, no seu artigo de opinião A sociedade da inovação alerta-nos para o esforço de mudança que é necessário realizar. O que está em causa é uma mudança cultural, em que a confiança entre as partes e a cooperação estratégica são ingredientes essenciais para esta mudança de todo um paradigma e que responsabiliza todos - estado, cidadãos e organizações.
Para isso, é necessário ultrapassar determinadas características que temos, embora de fora escondida ou envergonhada. Entre essas características estão a desconfiança, a inveja e a falta de associativismo. Conseguindo ultrapassar estas características muito vincadas em nós, provavelmente herdadas de décadas de um estado novo não democrático, acredito que se possa utilizar a inovação como alavanca estratégica para a melhoria de desempenhos a diversos níveis, nos actores identificados anteriormente. Mas é preciso trabalhar. É preciso fazer alguma coisa. Provavelmente será necessário continuar as formações técnicas, continuando o trabalho de permanente melhoria da capacidade técnica, mas parece-me que a diferença está na focalização das organizações na formações comportamental. Este sim, parece-me ser o passo que falta dar, mas que é dificil de assumir. A inovação terá possibilidade de ser muito mais uma prática do que uma buzzword, como é actualmente, contribuindo de forma efectiva para uma aproximação a níveis de desenvolvimento em que os índice de desenvolvimento social, juntamente com os recentes "índices de felicidade" aumentam de forma significativa.
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