A cruelty-free é uma tendência que se tem vindo a afirmar na fileira da moda e beleza. Há cada vez uma maior consciencialização sobre os direitos dos animais e o mercado começa a pedir cada vez mais os produtos concebidos com o conceito cruelty-free incorporado.
É bom sublinhar os avanços nesta área e a inovação serve também para tornar o nosso mundo melhor e mais solidário. Bruno Neves, Investigador da Universidade de Aveiro, tem desenvolvido trabalho nesta área e é candidato ao Lush Prize 2018. Os vencedores das diferentes categorias serão divulgados em Novembro.
Abaixo, a notícia do Sapo, cujo original se pode aceder aqui.
"Há um investigador português entre os finalistas deste prémio de Beleza
Chama-se Bruno Neves, é investigador no Instituto de Biomedicina da Universidade de Aveiro, e está entre os finalistas do Lush Prize 2018, cujos vencedores serão anunciados em Novembro.
O investigador português está a competir com 56 projectos de 17 países para um prémio de 350 mil libras (cerca de 390 mil euros).
Neves está nomeado na categoria de Ciência com um projecto que procura tornar a Beleza ainda mais cruelty-free. O profissional faz parte de um grupo de trabalho que se foca em ensaios de toxicidade de sensibilizadores cutâneos, testes para os quais ainda não existem alternativas além de testes em animais. “O teste por nós desenvolvido integra informações obtidas em experiências com linhas celulares humanas (in vitro), reactividade química (in chemico) e química computacional (in silico). Permite a identificação de compostos químicos que causam alergia na pele e a sua categorização de acordo com a potência, isto é, se são alergénios fracos, moderados ou fortes”, explica o investigador em comunicado.
O futuro é cruelty-free?
Sobre se o futuro passa por não fazer testes em animais de todo, o investigador afirma que “devem ser feitos todos os esforços ao alcance da comunidade científica para limitar ao estritamente necessário esses testes”, e que “no caso concreto da Toxicologia, área que normalmente associamos à experimentação animal para bens e produtos de consumo como cosméticos, produtos de higiene ou de limpeza, foram dados na última década, grandes passos na redução ou mesmo eliminação da experimentação animal. Por exemplo, atualmente no espaço da OCDE já não é permitida a comercialização de cosméticos que tenham sido testados em animais.”
O prémio
O Lush Prize é uma colaboração entre a Lush e a britânica Ethical Consumer Research Association, e é o maior prémio anual no sector dos testes em animais. Os projetos estendem-se em várias áreas: desde investigação científica, campanhas de consciencialização sobre a utilização de animais em laboratório ou até formação para cientistas e grupos de pressão, reguladores e legisladores para prescindir os testes em animais em favor de outros métodos."
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