2020-07-17

Manifesto de 100 empresários e cientistas exige reforço orçamental na inovação

Joshua Sortino, in unsplash

"Para a empresa excelente, a inovação é a única coisa permanente."
Tom Peters


Atualmente, a Inovação é aceite como um fator fundamental para o progresso dos países. Associa-se bem-estar e economia forte a um país que aposta na inovação. A ciência é um contributo absolutamente essencial para assegurar que a evolução acontece. O european innovation scoreboard 2020 (ver detalhes aqui) identificou os países mais inovadores na europa como sendo a Suécia, a Finlândia, a Dinamarca, a Holanda e o Luxemburgo. Portugal subiu para o grupo de inovadores fortes, o que representa uma excelente notícia.

Ainda assim, houve 50 dos grandes cientistas de Portugal e 50 dos seus grandes empresários, que assinaram um manifesto pela ciência e pela inovação, para que haja um reforço significativo dos investimentos na área da ciência e da inovação.

Ficam abaixo algumas notas soltas sobre o manifesto entregue a 16 de Julho ao Primeiro-Ministro:

  • Algumas empresas e instituições que participaram: Galp, Sonae, Bial, Jerónimo Martins, Instituto Gulbenkien da Ciência, RAR, Corticeira Amorim, CTT, Salvador Caetano, Teixeira Duarte, Frulact, Institutos e Universidades de Lisboa, Porto, Nova, Minho, Aveiro, 
  • Apelo à "definição de estratégias visionárias de desenvolvimento económico e social alicerçadas numa forte aposta em ciência e inovação";
  • Estamos em fase de negociação do orçamento do Programa Quadro Europeu (Horizonte Europa 2021-2027);
  • As grandes opções irão definir o nosso futuro coletivo;
  • Pretende-se que o caminho de Portugal seja atingir, num período de 10 anos, um investimento em investigação e inovação na ordem dos 3% do PIB;

Pode-se ler os artigos completos abaixo:

Manifesto de 100 empresários e cientistas exige reforço orçamental na inovação

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/manifesto-de-100-empresarios-e-cientistas-exige-reforco-orcamental-na-inovacao

Os presidentes da Galp, Sonae, Bial e Jerónimo Martins são alguns dos 100 empresários, gestores e cientistas subscritores de um manifesto entregue ao primeiro-ministro, onde apelam “à definição de estratégias visionárias de desenvolvimento económico e social alicerçadas numa forte aposta em ciência e inovação”.
"Exige-se um reforço orçamental que permita destacar Portugal e a Europa a nível mundial, potenciando a competitividade e o emprego", defende o manifesto subscrito por 50 investigadores e 50 empresários e gestores portugueses, entregue esta quinta-feira, 16 de julho, ao primeiro-ministro.

No documento, que tem como principais promotores a diretora do Instituto Gulbenkian de Ciência, Mónica Bettencourt-Dias, e o chairman da Sonae, Paulo Azevedo, os signatários apelam "à definição de estratégias visionárias de desenvolvimento económico e social alicerçadas numa forte aposta em ciência e inovação".

Numa altura em que, no Conselho Europeu, se negoceia o orçamento do Programa Quadro Europeu (Horizonte Europa, 2021-2027), já com um possível corte de cinco mil milhões de euros, e em que em Portugal será debatido o Plano de Recuperação Económica e Social (2020-2030), no Conselho de Ministro de dia 17 e 18 de Julho, o manifesto dos 100 considera que "é urgente uma tomada de posição assente em estratégias que coloquem a investigação e a inovação nas prioridades nacionais e europeias".

"As linhas mestras e volume financeiro destes programas definirão o nosso futuro coletivo", enfatiza-se no manifesto subscrito por líderes de grandes empresas como a Sonae, Galp, Bial, Corticeira Amorim, RAR, CTT, Nos, Salvador Caetano, Teixeira Duarte ou Frulact, e investigadores de institutos das universidades de Lisboa, Porto, Nova, Minho ou Aveiro.

Nesse sentido, Paulo Azevedo, Pedro Soares dos Santos, António Rios Amorim, Luís Portela e todos os que os acompanham neste manifesto, defendem que, a nível da UE, o "limiar valor de investimento ideal" para cumprir esse desígnio é de 150 mil milhões de euros.

Acresce, lê-se no documento, que "o orçamento europeu deverá complementar - e não substituir - o investimento de base nacional", lembrando que "Portugal tem assim de ter um plano concreto para atingir a sua meta para o investimento em investigação e inovação", os tais 3% do PIB em 2030 já prometidos por António Costa.

Promessa feita, falta cumprir. "A aposta na ciência e inovação, e nas pessoas e instituições que as fazem e as ensinam, tem que passar do plano das intenções e de irregular prioridade - tem que ser baseada em estratégias concretas e constantes, evidente para todos, para além de ciclos políticos", exigem os signatários do manifesto.

"A inovação é fundamental para reforçar a competitividade da economia, criar emprego e potenciar o desenvolvimento social. Por isso, é crucial para o futuro do país a definição de políticas públicas urgentes que potenciem esta aposta e fomentem a cooperação entre os mundos empresarial, científico e académico", considera Paulo Azevedo.

Para o chairman da Sonae, "só através de um esforço conjunto de todos os atores privados e públicos é possível responder aos desafios criados pela pandemia, construir uma economia baseada no conhecimento e potenciar a competitividade e o emprego em Portugal".

Mónica Bettencourt-Dias, diretora do Instituto Gulbenkian de Ciência, reforça a tese de Azevedo, defendendo que "a ciência fundamental e translacional, a inovação e a garantia de interação entre diferentes setores são pilares estratégicos na resposta aos desafios atuais e futuros, pelo que "agora é o momento de consolidarmos o que verificamos ser inevitável e garantir a liderança de Portugal na definição de estratégias visionárias".

Conclusão: "Este é um tempo decisivo. Um tempo de mudança acelerada que desafia a inteligência e a rapidez de adaptação. Um mundo em transição que necessita de ações concretas, coragem e conhecimento. O curso da história dependerá de uma aposta na investigação e inovação, por lideranças visionárias em Portugal e na Europa", remata o manifesto intitulado "No ‘novo normal’, a Investigação & Inovação têm de ser centrais".


+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

100 empresários e cientistas a uma só voz pelo reforço orçamental na inovação * 

https://executivedigest.sapo.pt/100-empresarios-e-cientistas-a-uma-so-voz-pelo-reforco-orcamental-na-inovacao/

O primeiro-ministro António Costa recebeu, esta quinta-feira, um manifesto subscrito por um grupo de 50 investigadores e 50 empresários e gestores portugueses, no qual expressam que no “‘Novo normal’, a Investigação & Inovação têm de ser centrais“.
Com a diretora do Instituto Gulbenkian de Ciência, Mónica Bettencourt-Dias, e o chairman da Sonae, Paulo Azevedo, como principais promotores, esta centena de personalidades elaborou este documento para apelar  “à definição de estratégias visionárias de desenvolvimento económico e social alicerçadas numa forte aposta em ciência e inovação”.
Atendendo a que nos próximos meses ficarão definidos, em Portugal, o Plano de Recuperação Económica e Social (2020-2030), e na Europa, o orçamento para investigação e inovação do próximo programa quadro (Horizonte Europa, 2021-2027), o grupo sublinha que “as linhas mestras e volume financeiro destes programas definirão o nosso futuro coletivo”.
Para os signatários, a resposta de Portugal à recente pandemia mostra como a ciência e inovação alimentam as melhores
decisões – na saúde, na indústria, nas empresas – para todos.
“O investimento na ciência e inovação nos últimos 30 anos permitiu ter uma mobilização nunca antes vista. Em tempo recorde, enormes adaptações e alterações foram introduzidas quer na produção de conhecimento, diagnósticos e equipamentos indispensáveis à luta contra a pandemia, quer na mobilização de recursos humanos altamente capacitados, ou ainda nos próprios modelos de negócio”, pode ainda ler-se no documento.
Assim, reforçam: “Nunca, como hoje, ficou tão claro para a sociedade, a necessidade de colocar a investigação e inovação, bem como as instituições que a fazem, Institutos, Ensino Superior e Empresas no centro das nossas atividades. O papel dos cientistas e das decisões baseadas na ciência e na evidência tornaram-se fundamentais no nosso quotidiano”.
O caminho para o Governo, apontam, deverá ser o de usar o Plano de Recuperação Económica e Social (com os investimentos prioritários para Portugal no período 2020-2030 e que vai ser discutido esta semana em conselho de ministros) e o próximo orçamento europeu para a investigação e inovação em negociação (programa-quadro Horizonte Europa, 2021-2027) para assumir esta prioridade.

+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

Empresários e cientistas pedem aposta estratégica na ciência e inovação

https://www.dinheirovivo.pt/economia/empresarios-e-cientistas-pedem-aposta-estrategica-na-ciencia-e-inovacao/

Manifesto entregue ao primeiro-ministro é assinado por 100 cientistas e empresários, entre os quais estão os líderes da Galp, Sonae, Corticeira Amorim e Jerónimo Martins.

Cientistas, empresários e gestores pediram, esta quinta-feira, ao Governo para que defina urgentemente “estratégias visionárias” de desenvolvimento económico e social alicerçadas “numa forte aposta em ciência e inovação”, considerando que a investigação deve ser uma das prioridades em Portugal.

Num manifesto, que foi enviado ao primeiro-ministro, António Costa, 50 cientistas e outros tantos empresários e gestores defendem uma tomada de posição urgente para relançar o futuro de Portugal. Entre a centena de signatários estão os presidentes da Bial, Corticeira Amorim, CTT, Frulact, Galp, Jerónimo Martins, NOS, Renova, Teixeira Duarte, TMG ou Sonae, entre muitos outros, a par de investigadores vários das universidades de Lisboa, Porto, Coimbra, Nova, Minho ou Algarve. E que defendem que “garantir mecanismos financeiros e de cooperação entre setor público e privado permitirá a Portugal assumir uma posição de liderança e um forte contributo para o aumento de competitividade na Europa”.

“No momento em que, no Conselho Europeu, decorrem as negociações para a definição do orçamento do Programa Quadro Europeu (Horizonte Europa, 2021-2027), já com um possível corte de cinco mil milhões de euros, e em que em Portugal será debatido o Plano de Recuperação Económica e Social (2020-2030), no Conselho de Ministros de dia 17 e 18 de Julho, é urgente uma tomada de posição assente em estratégias que coloquem a investigação e a inovação nas prioridades nacionais e europeias”, refere o manifesto.

Para os signatários, a ciência e a inovação ocupam “um espaço imprescindível e determinante na sociedade, nomeadamente na identificação de soluções para emergências em saúde pública, na definição de estratégias de resposta, na determinação das políticas públicas necessárias ou ainda nos modelos de negócio existentes”.

Os cientistas e os empresários consideram que a pandemia de covid-19 “trouxe para a ribalta uma verdade conhecida, mas muitas vezes esquecida”, tendo a posição assumida por Portugal no combate um “resultado do investimento e produção de conhecimento dos últimos 30 anos”.

Os signatários sustentam que em tempo recorde houve mobilização, reorganização na produção de conhecimento, nos métodos de diagnóstico e na utilização de equipamentos indispensáveis à luta contra a pandemia.

O manifesto entregue ao primeiro-ministro aponta uma estratégia consolidada em torno de três pilares fundamentais, designadamente “uma visão para o futuro, a cooperação entre público e privado e o reforço do investimento em inovação”.

O documento realça a necessidade de visão estratégica de longo prazo, defendendo que “só uma investigação fundamental de qualidade permitirá criar conhecimento e ferramentas para fazer face aos desafios futuros e imprimir a concretização das nossas aspirações”.

Os signatários defendem também a cooperação entre público e privado, com uma aposta conjunta na investigação e inovação ao longo da cadeia de valor e sua integração na sociedade e economia nacionais, sendo necessário “maior investimento a longo prazo em recursos humanos excelentes, ecossistemas e infraestruturas tecnológicas das universidades, politécnicos, institutos de investigação e empresas”.

Os cientistas e os empresários consideram que é também necessário “investir na ligação da indústria nacional e internacional à investigação e inovação e assegurar uma maior articulação e coordenação entre instituições nacionais e internacionais, antecipando cenários e melhorando a resposta conjunta a desafios globais”.

Para tal, segundo o manifesto, é necessário um reforço orçamental que permita destacar Portugal e a Europa a nível mundial, potenciando a competitividade e o emprego.

Os signatários sustentam ainda que Portugal e os seus parceiros devem apoiar um investimento em investigação e inovação forte, seja através do quadro financeiro plurianual, seja através do Plano de Recuperação Económica e Social, devendo o orçamento europeu complementar o investimento de base nacional.

+++++++++++++++++++++++++++++++

Sem comentários: