2012-12-29

Ser invisível como o Harry Potter?

O sonho

Quem nunca quis ser invisível?
Quem nunca sonhou em passar por qualquer sitio sem ser visto?

Quem acredita nos sonhos, está a meio caminho de conseguir realizar algo de positivo na sua vida. Quem nunca sonhou em ser o homem-aranha, o surfista prateado ou fazer parte do quarteto maravilha. Quem nunca sonhou em ser Mandrake ou um Cavaleiro da Távola Redonda. A maior parte de nós já sonhou ser o Mourinho, o Figo ou o CR7. Eu sonhei ser o jogador que foi o Figo e o treinador que é o Mourinho. Com uma dose de humor e boa disposição acrescida. Já sonhou ser astronauta? E investigador que descobre a cura para uma das mais graves doenças da humanidade? Ser aviador? Biólogo marinho? Arquiteto? Inventor?...

É bom sonhar e fazer algo para realizar os nossos sonhos. O sonho é a antecâmara do progresso e da inovação. Como dizia António Gedeão "O sonho comanda a vida", que é subscrito por Pessoa que nos diz "Deus quer, o homem sonha, a obra nasce".

A realidade

Muita gente já sonhou em ser invisível. Os esforços feitos para alcançar a invisibildade sem recurso às artes mágicas tem sido intenso. A persistência, o sonhar e o acreditar, foram fundamentais para se obter  resultados visíveis sobre a arte de ser invisível. Sonhar e acreditar são fatores que fazem com que a vida tenha sal e pimenta. Se juntarmos a persistência, temos uma receita para o progresso da humanidade. Claro que pode e deve ser apurada com outros condimentos, mas a base já está.

Há uns tempos, numa fase de adolescente borbulhento que, felizmente, me revisita frequentemente, vi o Harry Potter com um a capa da invisibilidade! Esse rapaz frágil fez com que voltasse a acreditar que seria possível ser invisível. Para isso bastava ser mágico! Simples!

Recentemente, fiquei a conhecer outros métodos de alcançar a invisibilidade e outros sonhos: A ciência. A ciência é a base da magia. A ciência é a base da inovação.

Desta forma, a capacidade de concretização dos nossos sonhos está muito ligado à ciência, ao conhecimento e à capacidade de os aplicar. A maravilha disto é que todos podemos aprender a ciência em qualquer espaço, desde que haja empenho e dedicação e prática regular. Já para ser mágico, há requisitos específicos que poucos cumprimos e é preciso que a porta secreta para as escolas de magia nos encontre.

Apesar do encanto da magia e das artes mágicas, a seguir fica mais uma evidência de que a ciência pode ser altamente recompensadora, permite chegar a muitos dos lugares a que chega a magia e é muito mais democrática na oportunidade de conhecer e utilizar os seus resultados:

2012-12-28

Edifícios futuristas e o betão biológico

Edifícios futuristas

Quando se projeta o futuro a médio e longo prazo, uma das atividades que os futuristas analisam é a construção. Uma das tendências que se consolida nos arquitetos e demais atores é a preocupação com a sustentabilidade. Apesar de sabermos que o conceito de sustentabilidade pode ser muito lato, há aqui um pequeno nicho que começa a surgir e que se vai afirmando paulatinamente: os edifícios verdes.
Verdes, na verdadeira acepção da palavra. Verdes porque tem um manto verde à volta constituída por plantas. Entre esses edifícios do futuro, partilho os seguintes:

2012-12-17

Fórmula para decorar a árvore de Natal perfeita


Árvore de Natal




O Natal está aí à porta. A árvore de Natal é uma tradição com muitos anos e que dá um colorido especial à época. Sem a alegria das árvores de Natal e dos momentos de "montagem" das árvores, o Natal não seria o mesmo. Para ajudar estes momentos iniciais da época natalícia, dois alunos de matemática desenvolveram uma fórmula para decorar a árvore de Natal perfeita.
Não sei se estamos no âmbito da criatividade ou da inovação. Não sei qual o valor real do desenvolvimento desta fórmula. Se servir para tornar o Natal mais feliz, já valeu a pena.

2012-12-04

A Virgin do Richard Branson


A coleção da Visão "histórias de génio" passou a estar disponível na minha mesinha de cabeceira.
Comecei com o alucinado Richard Branson, da Virgin.
Esta história começa com uma frase do génio em causa, absolutamente espantosa pela sua simplicidade e veracidade:

"As oportunidades de negócio são como os autocarros. Vem sempre outro a seguir."

2012-11-30

Prémio "Criatividade e Inovação" para Federação Portuguesa de Futebol


O futebol profissional já foi um desporto. Hoje, muitos dizem que é um negócio. Por aqui, preferimos ver o futebol como um espetáculo. Um espetáculo de massas com um mediatismo inquestionável.

Para ser um bom espetáculo, há preocupações que devem ser consideradas: a preocupação com os seus diversos atores (jogadores, dirigentes, patrocinadores, ...) com o seu enquadramento e contributo para o todo; a organização; a criatividade; a gestão de talentos, a comunicação e marketing e a questão financeira.

Todos reconhecemos ao futebol português a sua importância como negócio, como impulsionador da marca Portugal e como um dos motivos de orgulho em Portugal, de motivação e de esperança. Nos últimos anos tem tido sucesso ao nível desportivo e financeiro e tem sido reconhecido por todos. Agora, a UEFA vem reconhecer a sua capacidade ao nível da criatividade e inovação.

Têm sido dada uma relevância grande à criatividade e inovação, por se considerar que a aposta nestas áreas poderá ser uma forma de aumentar a competitividade das organizações portuguesas tornando-as mais capazes de competir em qualquer local. Mais uma vez, o futebol vem dar o exemplo. É possível ser criativo e colocar essa criatividade ao serviço do espetáculo. A cooperação entre a Federação Portuguesa de Futebol e o Continente tem dado resultado no aumento de público nos campos.

Mais um exemplo que confirma que "Inovar Faz Bem".

Ver mais em Futebol 365, ou em Mais Futebol ainda em a Bola, n'o Jogo ou no Expresso.

2012-11-28

Insistir ou desistir?


Hoje resolvi levantar algumas questões relacionadas com a apresentação de novas ideias que espero tragam alguma reflexão e muitos comentários com a vossa visão do assunto.

No inicio quando a ideia surge tudo pode parecer fantástico, colorido e com um potencial enorme, mas a verdade é que à medida que a ideia se vai desenvolvendo o nível de entusiasmo vai diminuindo, surgem as primeiras dificuldades, as vozes mais criticas começam a ouvir-se alto, o desgaste começa a apoderar-se dos promotores da ideia/protejo e de repente todo o colorido é uma grande zona cinzenta onde tudo pode acontecer. De um lado o sucesso do outro um grande flop! A linha que os separa pode ser ténue...

Quantas vezes já não ouvimos dizer “ o importante é não desistir” ou “desistir jamais”
Muitos empreendedores, cientistas e inventores, relatam-nos que na sua caminhada até ao sucesso foram desencorajados, desacreditados e até considerados lunáticos pelas suas ideias audazes e inovadoras.
De alguma forma eles ousaram continuar a acreditar na sua ideia/invenção/produto/serviço, e conseguiram converte-la(o) em sucesso, elevando o seu status de lunático a visionário.

Basta então acreditar na nossa ideia para que ela se torne um sucesso?
Afinal, serão estes casos a normalidade ou a excepção? Como diz o velho ditado “dos vencidos não reza a história.”

Acredito que quando as dificuldades surgem devem de ser encaradas como uma oportunidade de fortalecer e dar robustez ao protejo  acredito que a busca de soluções para ultrapassar essas dificuldades é o caminho criativo onde ocorrem as descobertas menos esperadas, é onde o insolúvel pode ser solucionado.

Mas será que devemos insistir contra tudo e todos? Ou devemos aprender a reconhecer quando é tempo de abandonar a ideia?  

2012-11-17

A Caixa de Pandora da Apple

fonte: revoluçãodigital.net
A Apple abriu a Caixa de Pandora das Patentes. Durante alguns anos, a Apple disparou em todas as direções, contra tudo e contra todos os que poderiam ter alguma solução tangente às suas próprias soluções. Durante algum tempo, foi resultando, com decisões jurídicas favoráveis, como se pode ver em patentes ao rubro. No entanto, esta estratégia semeada pela Apple, tem colhido frutos, mas começa também a colher tempestades que aparentam começar a abanar as estruturas (visto de fora).
Entre as tempestades temos:
  • relógios suiços: 21 Milhões de Doláres pagos à empresa de caminhos de ferro suiços. saber mais aqui ou aqui.
  • Motorola: "A United States International Trade Commission (ITC) é uma organização independente que para além de regular a qualidade de produtos nos EUA também examina patentes e está a investigar a Apple por alegadas violações de uma patente pertencente à Motorola Mobility." saber mais aqui.
  • Samsung: Apple repete pedido de desculpas: saber mais aqui ou aqui.
  • México: iFone expulsa iPhone saber mais aqui ou aqui.
  • (...)
A Apple, adepta deste jogo de tiro ao alvo, começa a ser bombardeada por todos os lados. Nem sabem de onde é que elas vêm. O "tiro à Apple" começa a ser um desporto global e que está na moda. Já começam a surgir alguns indicadores que deverão ser tidos em consideração, como a informação da IDC que diz que a Apple está a perder terreno no mercado dos tablets. Falta saber se é uma situação pontual ou se representa a mudança de líder nos próximos meses.

Todos sabemos que a existência da Apple tem sido feita de altos e baixos. Mas sempre muito dependente do génio de Steve Jobs. Steve Wozniak tentar minimizar os danos, com declaração de guerra à guerra das patentes, mas a tendência parece ser orientada para um aumento do número de adeptos do desporto "Tiro à Apple".

Ficam algumas questões:
i. Terá a empresa da maçã trincada capacidade, arcaboiço e resistência para jogar este jogo? 
ii. Foi simples abrir a Caixa de Pandora, mas conseguirá fechá-la?

2012-11-14

O Qatar, a Índia e os projetos de Portugal na matemática.


O conhecimento é um fator de competitividade dos países e das organizações. O Qatar está ciente disto e uma das iniciativas que desenvolveu para passar de uma economia baseada no petróleo para uma economia baseada no conhecimento foi o prémio WISE, (World Innovation Summit for Education), entregue numa conferência organizada pela Fundação Qatar.

Este ano, o prémio foi atribuído a uma organização indiana que atua junto de crianças a partir dos 3 anos e vai até jovens em idade escolar. Ver artigo em Prémio WISE para organização indianaMeritório. 

Em Portugal também há ações meritórias ao nível do ensino. A notícia do site Ciência Hoje (aprender matemática a brincar), diz-nos que foi lançado um site para combater o insucesso escolar na disciplina de Matemática, como se pode ver na notícia do site:

"O Grupo Universitário de Investigação em Auto-regulação da Universidade do Minho (UMinho), lançou recentemente um site para combater o insucesso escolar dos alunos do Ensino Básico na Matemática. A plataforma gratuita conta com o acompanhamento de tutores virtuais e inclui milhares de tarefas interactivas, nomeadamente jogos didácticos e exercícios de exames nacionais e internacionais. O objectivo é mapear as condições de (in)sucesso neste domínio.

A página contém aplicações hipermédia centradas nos conteúdos de matemática do 5.º ao 9.º anos, que serão testadas em várias escolas de Portugal e em diferentes condições de aprendizagem. A plataforma inclui também problemas com pistas, feedback e propostas de resolução, possibilidade de marcar e de realizar os trabalhos de casa na aplicação e ferramentas de apoio ao ensino e à aprendizagem.


O desempenho escolar nesta área do conhecimento é uma preocupação “crescente” junto da comunidade educativa. “Estamos todos preocupados com o elevado insucesso escolar e o correspondente abandono escolar precoce. Sabe-se que a literatura aponta a promoção do sucesso desta disciplina e a utilização corrente das Tecnologias da Informação e Comunicação na sala de aula como dois grandes desafios que a educação enfrenta na actualidade”, sublinha Pedro Rosário, coordenador do projecto e vice-presidente da Escola de Psicologia da UMinho, que teve o apoio do Departamento de Matemática da Universidade de Coimbra.

“É importante perceber de que forma as novas tecnologias contribuem para o sucesso escolar neste domínio”, acrescenta."

A minha modesta proposta seria que solicitassem o apoio a alguém do marketing, ou da gestão de marcas, para permitir que alguma mente desperta ajudasse na procura de um nome apelativo. Suponho que Hypatiamat não será muito convidativo. Tirando alguns "professores pardais" e alguns fanáticos da Matemática, que acredito que tenham motivos para vibrar com o nome, não vejo muito mais gente motivada pelo nome. Poderá até ter o efeito perverso de dissuadir as pessoas a consultar o site, pois não é com facilidade que se retém o nome. Estes pormenores (ou pormaiores), podem ter uma grande importância no sucesso ou insucesso do projeto. A entrada de outras competências, que não só as da disciplina da matemática podem ajudar a que haja um projeto vencedor. 

No caso do Explicamat, do tutor digital ExplicaMat, outra plataforma que usa o Youtube, parece que o nome não é problema e que tem tido um sucesso interessante, depois de ter visto que a Khan Academy também usava vídeos para as suas explicações.

Há ainda outros projetos com objetivos semelhantes, que merecem destaque, como se pode ver no post Milagre na matematica: o projeto Aleph, ou metodologias diferentes, como é mostrado em  Aprender pouco é o segredo das boas notas, ou ainda o jogo online Math Survivor, desenvolvido pela Associação de Empresários pela Inclusão Social e a Fundação Vodafone Portugal. Tudo o que possa contribuir para o aumento das competências e conhecimento, só pode ser bem vindo.

Agora, falta apenas mudar a consciência, a cultura e a atitude perante a Matemática. Pais, professores e filhos têm que mudar algo. O modelo do sangue, suor e lágrimas tem que estar presente. Tem que ser claro o conceito "no pain, no gain", no sentido do sacrifício. A tecnologia ao dispor é importante, se for bem trabalhada.

Simples, não?

2012-11-09

Curiosidades: vacina oral; benefícios do vinho; Eletricidade sem fios.


"Até ao infinito e mais além" (Buzz Lightyear)

"A curiosidade, instinto de complexidade infinita, leva por um lado a escutar atrás das portas e por outro a descobrir a América." (Eça de Queirós)

Novos mundos:
  • Cientistas portugueses desenvolveram vacina oral contra a hepatite-B *Link aqui
  • Benefícios do vinho tinto: também ajuda a emagrecer? *Link aqui
  • Eletricidade sem fios? *Link aqui 

2012-10-10

Google » Livros


Um dos projetos interessantes da Google é o Google Livros. Permite o acesso a informação a todos os interessados que tenham acesso à rede. A discussão sobre direitos de autor não terminou, mas houve acordo com 5 editoras norte-americanas. Pode ser o primeiro passo para uma Biblioteca de Alexandria da era digital:

Público: "A Google e a Associação dos Editores Americanos anunciaram ontem, em comunicado conjunto, que assinaram um novo acordo relativamente aos direitos de autor. O acordo põe fim a uma batalha que decorria na justiça há sete anos."
(...)
A Google socorreu-se de acordos com bibliotecas e em causa estavam obras que, apesar de estarem esgotadas na sua forma impressa, e portanto inacessíveis no mercado do livro, ainda se encontravam no período abrangido pelos direitos de autor."

Artigo completo em: Google chega a acordo com editores norte-americanos:

2012-10-02

Arquitectura e Design Português em alta, como tem sido seu apanágio


"becomes me": Munna
O design e a arquitectura portuguesa continuam a mostrar que estão vivos e são recomendáveis.
A marca portuguesa de mobiliário Munna, da Fábrica de Matosinhos, foi nomeada pelo segundo ano consecutivo para os Prémios Internacionais de Design e Arquitectura 2012, com a poltrona "becomes me" e com o sofá "Josephine".
A poltrona "becomes me" foi uma das premiadas.



Cristina Jorge de Carvalho foi distinguida na International Design Awards, com o projeto desenvolvido para a Fundação Champalimaud e para o seu Centro de Investigação.


A cortiça, um recurso natural muito querido por arquitectos e designers portugueses, como se pode ver no post pavilhão de Portugal em Xangai, está a ser cada vez mais utilizado por criadores de todo o mundo, segundo a notícia A arquitectura e o design estão a reiventar a cortiça portuguesa, e para fins cada vez mais diversificados. Fiquei a saber que Frank Lloyd Wright já utilizava a cortiça em 1930.

Frank Lloyd Wright: Falling Waters

2012-09-25

Patentes ao rubro


Todos já ouvimos falar de patentes e da sua capacidade de proteger produtos ou serviços. Mas nunca foi um assunto de massas. Sempre foi assunto direcionado para juristas ou outros técnicos com funções relacionadas com a proteção de direitos relacionados com a propriedade industrial. Mas sempre foi um mundo um pouco misterioso para quem nele não se move habitualmente. Para nos esclarecer alguns destes aspetos, o RP apresentou-nos um post afinal o que é uma patente? em que explica sumariamente o que é uma patente. No post Quanto vale uma patente? Já dá um exemplo de como a HTC ganhou uma guerra jurídica contra a Apple, pelo seu famoso gesto "swipe to unlock".

Está visto que as patentes, para além da sua função de restrição de utilização de tecnologias ou conhecimentos, são cada vez mais um negócio, que movem batalhões de especialistas, no sentido de proporcionar negócios extra para as organizações e ganhos extraordinários. Um dos exemplos mais gritantes da atualidade é a batalha judicial que tem ocorrido entre a Apple e a Samsung, com a Apple a ver as suas pretensões defendidas nos EUA, tendo o tribunal obrigado a Samsung a pagar uma indemnização de mil milhões de dólares. Também o Scroll dá mais uma vitória a Apple nesta guerra das patentes. Seguindo a mesma filosofia, agora a Apple pretende pretende levar a tribunal uma mercearia polaca, não só pela imagem (no cimo deste post) que pretende que seja dada como inutilizável pela sua proximidade com a maça da Apple, mas também o site, pela sonoridade que o nome da empresa associada à extensão do site provoca.

Estas guerras de patentes, têm efeito prático e imediato nas soluções apresentadas. A rivalidade com a Googel, provocou uma mudança no serviço de mapas do i-phone e um retrocesso na solução anteriormente disponibilizada. Este é um caso em que os utilizadores (pelo menos os que já tinham a versão anterior) sentem que foi dado um passo atrás num dos componentes básicos de um "smart-phone". Apesar da legião de fãs da Apple ser fiel e de existir uma força grande associada à marca, estas questões complementadas com o desaparecimento da cara da Apple, podem ter algum impacto, como se pode ver em novos mapas do iphone sob chuva de críticas.

A Apple tem as vantagens e as desvantagens de estar só no mundo contra os outros players, mas é uma estratégia. Uma estratégia que tem dado bons resultados. Mas tal como tem acusado muita gente de copiar as suas inovações (e são muitas as caraterísticas inovadoras dos seus produtos), também tem sido acusada de passar por cima de algumas situações objeto de patente, como vimos acima o caso da HTC e como se pode ver no caso da acusação de copiar relógio dos caminhos de ferro suiços. Talvez devido a estas acusações e outras, e no sentido de evitar uma caça à Apple e a todos os pormenores que lhe possam ser apontados, tornando a acusação à Apple um desporto das tecnológicas, Steve Wozniak já apareceu a colocar água na fervura e a
declarar guerra à guerra das patentes. Isto não entrando no mundo do patent trolling, um verdadeiro negócio da China, como se pode ver em Apple pode ser vitima de patent trolling.


Acredito, no entanto, que estas guerras estejam longe do fim e será interessante verificar as posições dos grandes jogadores neste palco, e em que medida os aspetos geográficos e políticos influenciam esta luta intestinal.

Aguardemos as cenas dos próximos episódios.

2012-09-16

Imagine-se!!!.... uma Sala da Imaginação :))

No térreo ficam o café e a área de leitura que se ligam ao mezanino por uma escada em formato de urso panda ou uma barra de escorregar, como a usada por bombeiros  Foto: Divulgação/Supermachine/BBC Brasil
No piso 0 ficam o café e a área de leitura que se ligam superior por uma escada em formato de urso panda ou uma barra de escorregar, como a usada por bombeiros
O conceito de sala de inovação já há alguns anos que é aplicado nalgumas empresas que pretendem promover a capacidade criativa e a imaginação entre os seus colaboradores. Claro que há um ou outro exemplo de salas fantásticas, mas que não podem ser utilizadas pelos colaboradores, servindo mais de espaço promocional. Acredito que a maioria contribua para a resolução de problemas das empresas, para promover o pensamento divergente, para olhar as coisas de forma diferente e para que os colaboradores se sintam mais satisfeitos e com momentos de reset, fundamentais para respirar fundo e retomar projetos ou atividades com dose reforçada de empenho e engenho. Quem as tem, fala dos seus benefícios.

O interessante da notícia Universidade cria sala da imaginação para estimular criatividade é ser precisamente uma "sala da imaginação" numa universidade. Creio que só este facto, já evidencia uma atitude vanguardista no que se refere a estes temas. É um exemplo de ação. É a evidência de uma cultura virada para a inovação e promotora de mentes criativas. Claro que tem custos, mas com imaginação e com meios mais modestos, é possível ter espaços interessantes para a promoção da criatividade.

A área que entrou em uso em agosto é uma iniciativa pioneira. Acima, a sala de leitura com paredes laminadas para dar a aparência de uma toca de leitura futurista na qual os estudantes podem curtir um bom livro  Foto: Divulgação/Supermachine/BBC Brasil
Uma sala de leitura com paredes laminadas para dar a aparência de uma "toca de leitura futurista" na qual os estudantes podem aproveitar para ler.
O lounge é um espaço de estudos e diversão que estará aberta a todos os cerca de 20 mil alunos da universidade, mediante o pagamento de uma taxa de manutenção. Uma área em formato de casa foi montada para concertos de bandas de garagem. Se a ideia for ensaiar é só fechar os portões  Foto: Divulgação/Supermachine/BBC Brasil
Uma área em formato de casa foi montada para concertos de bandas de garagem.
Se a ideia for ensaiar é só fechar os portões.
Fonte:  http://noticias.terra.com.br/

2012-09-10

Calçada portuguesa tecnológica?

Gostei! Fica no Chiado e é o primeiro código QR feito em calçada Portuguesa. Uma conjugação perfeita entre sinergias de duas eras distintas.


O QR Code construído em calçada portuguesa acede-se com telemóvel de última geração (vulgo smartphone), que descodifica a mensagem existente. Basta abrir a aplicação de scanner do telemóvel e apontar para o código para viver a experiência e aceder aos conteúdos.

Uma Curiosidade: O QR code foi criado no Japão em 1994 pela japonesa Denso-Wave, originalmente para identificar peças na indústria automobilística, a empresa não patenteou a invenção, pelo que a sua utilização desde sempre é livre para quem o queira utilizar.


2012-07-30

O fim da Kodak? Lá está, esqueceram-se de inovar!


O Wall Street Journal  noticiou na passada sexta feira que a Kodak, um dos pioneiros no desenvolvimento da fotografia e o grande responsável pela sua massificação e disseminação encontra-se em grandes dificuldades financeiras. "Hummm... não foi também o que aconteceu recentemente com a Nokia? Terão estes gigantes adormecido à sombra do sucesso alcançado e esquecido que o mercado está em constante desenvolvimento e mutação? Quem não inova simplesmente não sobrevive!

O infortúnio de uns acaba por ser a alegria de outros. Dois dos gigantes da atualidade, Apple e Google, já se preparam para ver quem consegue deitar as mãos a cerca de 1100 patentes avaliadas em $2,6 Biliões  que a Kodak pretende vender numa tentativa de impedir a falência e emergir como uma empresa viável.
O leilão, marcado para dia 8 de Agosto vai decorrer em dois lotes, um lote relacionado com a captura e processamento de imagens e outro lote relacionado com o armazenamento e analise de imagens.

Sendo que hoje em dia quase todos os telemóveis, smartphones, tablets e gadgets similares incorporam uma camera fotográfica será de esperar que este seja apenas o inicio de mais uma longa batalha entre estes dois gigantes.
Irá o futuro detentor da propriedade intelectual da Kodak impedir o seu concorrente de incorporar máquinas fotográficas nos seus dispositivos?
Seria uma jogada estratégica arrojada, se não fatal !

2012-07-16

disco rígido de confiança!

Uma das preocupações que tenho de tempos a tempos é a informação. Aliás, o risco associado à informação. E se, de repente, o disco do meu computador fosse destruído por um qualquer incidente? O que aconteceria à informação? Há duplicação? Quando falamos num plano pessoal, a duplicação, back-ups ou qualquer método de segurança de informação é muito mais falível. Pelos recursos utilizados e pela menor disciplina do método.

Na exame informática, em disco rígido que dura 1 milhão de anos, vem a informação sobre uma possível solução para todos os problemas. Um disco rígido que dura 1 milhão de anos? Fantástico. Claro que só para o protótipo se prevê um custo de 25 mil euros. Claro que o mercado está bem determinado e não me parece que esteja direcionado para o consumidor final. Claro! É óbvio! Mas, há uns anos atrás, quem diria que iríamos ter computadores pessoais?

2012-07-10

Quanto vale uma patente?



Esta poderia ser uma forma de responder à questão “porque devo patentear o meu trabalho?”
Pessoalmente gosto de acompanhar as tendências do mercado informático, smartphones e afins não só por serem áreas propensas à inovação mas porque o ritmo alucinante a que sucedem as melhorias, surgem os desenvolvimentos e os produtos são colocados no mercado permite observar num curto período de tempo o que numa industria tradicional poderia demorar décadas a acontecer. É quase como um “pequeno” grande laboratório de aprendizagem.
Já alguma vez se perguntaram “Afinal de contas neste smartphone que utilizo diariamente o que é que se encontra patenteado?”
Um gesto que todos os proprietários de smartphone já se habituaram a fazer é o famoso “Swipe to unlock” para desbloquear o dispositivo. Pois bem, um gesto também pode ser alvo de patente. O supremo tribunal de Londres acaba de dar razão à HTC numa disputa que decorria com a Apple em que esta reivindicava que a HTC estava a infringir a sua tecnologia e os seus direitos de patente.
Com esta queixa a Apple pretendia inviabilizar a venda dos dispositivos HTC no reino unido à semelhança do que já havia feito nos US com a Samsung.
Sem me alongar muito nos detalhes das inúmeras batalhas que tem sido travadas em tribunais um pouco por todo o mundo ao longo de vários meses, e muito menos questionando decisões de tribunais não posso deixar de considerar interessante a estratégia da Apple.
A verdade é que nos dias de hoje não é só o mercado quem dita as regras do jogo, os tribunais também tem uma palavra a dizer, e uma patente pode muito bem valer um mercado com a dimensão dos EU.

2012-07-08

o génio criativo



Eu tinha a certeza que havia um duende que, nas viagens de carro, pouco tempo depois de me entorpecer suavemente, saía do auto-rádio e passava-me a informação e as ideias que queria ver postas em prática. Não é apenas no carro, mas noutros locais em que o estado de hipnose ameaça aparecer. O mais incrível é que por vezes este duende parece brincar e faz com que a ideia fique muito próxima, sem a conseguirmos alcançar. É como quando se tem uma palavra debaixo da língua, mas não a conseguimos expressar. Outras vezes atira a ideia para longe, tornando-a inacessível. Afinal, pode não ser um duende. Provavelmente pode ser um génio o responsável por esta situação. Mas nada melhor do que ouvir a escritora e especialista em génios Elizabeth Gilbert para nos explicar como os génios criativos nos ajudam:

2012-06-25

Afinal o que é uma patente ?

Uma patente consiste na obtenção de direitos exclusivos sobre invenções (soluções novas para problemas técnicos específicos).
Ou seja, é um contrato entre o Estado e o requerente através do qual este obtém um direito exclusivo de produzir e comercializar uma invenção, tendo como contrapartida a sua divulgação pública.
As invenções podem proteger-se através de duas modalidades de propriedade industrial:
  • Patentes;
  • Modelos de Utilidade. (é semelhante à patente, com procedimentos administrativos simplificados mas com algumas exclusões)
Podem obter-se patentes para quaisquer invenções em todos os domínios da tecnologia, quer se trate de produtos ou processos, bem como para os processos novos de obtenção de produtos, substâncias ou composições já conhecidos.
No caso dos modelos de utilidade, embora os requisitos de proteção sejam muito semelhantes, não é possível proteger invenções que incidam sobre matéria biológica ou sobre substâncias ou processos químicos ou farmacêuticos.
Se a patente ou o modelo de utilidade forem concedidos, passa o seu titular a deter um exclusivo que lhe confere o direito de impedir que terceiros, sem o seu consentimento, fabriquem artefactos ou produtos objeto de patente, apliquem os meios ou processos patenteados, importem ou explorem economicamente o produtos ou processos protegidos.

Consulte o site do Instituto nacional da propriedade industrial para mais informações.

2012-05-30

Project Glass

Mais um projeto fascinante em desenvolvimento pela Google e que em breve poderá ver a luz do dia. A evolução tecnologica a que temos assistido nos ultimos anos tem revolucionado a forma como nos relacionamos com os outros, como nos comportamos e como fazemos negocios. O "Time to market" é cada vez mais reduzido e a expressao "if you can imagine it you can build it" nunca esteve tão presente como agora, parece simplesmente que nao existem limites ao que n]os enquanto humanos poderemos construir. Pergunto-me se a humanidade estara preparada para o uso livre e responsável da tecnologia à medida que novos desenvolvimentos se vão acumulando ou se de alguma maneira surgira uma "censura tecnologica" a regular estes meios !?

2012-05-21

criar oportunidades em tempo de crise: Sony!


A crise
As crises são sempre complicadas. São momentos que comportam dificuldades, exigem sacrifícios e capacidade de resistência. O engenho e arte, com uma pontinha de sorte também podem ser importantes. Agora, imaginemos um cenário de crise de fim de guerra. Provavelmente seria mais complicado. Mesmo assim, há quem consiga ultrapassar as crises. Sem ser, necessariamente, um extra-terrestre. 
Um vendedor em dificuldades
Esta é a história de Komashio, um vendedor japonês que, no final da 2.ª guerra mundial, se propôs vender produtos eletrónicos japoneses na Europa. A conjuntura não era favorável, pois a perceção que existia sobre os produtos japoneses na área da eletrónica era má. A função de vendedor não era bem vista. A insistência dos vendedores fazia com que tivessem uma imagem negativa. Para acrescentar dificuldades, o Japão era, ao lado da Alemanha e da Itália, considerado um dos responsáveis pelo sofrimento e privações existentes na época. Mas se a Europa estava mal, o Japão estava completamente destroçado. Assim, Komashio andava de porta em porta a tentar mostrar as virtudes dos seus produtos. Reza a história que em Hamburgo, numa loja de pianos, depois de o proprietário lhe ter dito que a sua loja só vendia produtos de qualidade e blá, blá, blá… que Komashio lhe propôs pagar para poder ter os seus rádios expostos. O proprietário, deixou de ver qualquer motivo para não expor os produtos na sua loja. Komashio sabia que se não vendesse aqui produtos, teria que voltar ao seu país com a missão fracassada e com a honra posta em causa. Komashio observou os transeuntes e verificou que os seus aparelhos não captavam a atenção. Mas era natural. Ninguém conhecia aquela marca e os rádios eram banais.
Arte e engenho
Pensou demoradamente sobre a forma como poderia dar a volta à situação. O dinheiro que tinha, não dava para mandar cantar um cego, portanto propaganda ou material de comunicação estavam fora de questão. Foi então que avistou um grupo de estudantes que vinha em grande alarido pela rua. Se a necessidade faz o engenho, este vendedor teve uma ideia engenhosa: resolveu fazer uma demonstração dos seus aparelhos a esta trupe. Depois de expor as virtudes dos seus rádios e da sua potência, perguntou-lhes se os aparelhos os tinham agradado. Houve uns quantos que responderam que sim. Questionou se estariam dispostos a promovê-los em troca de uma compensação, ao que responderam afirmativamente, como seria de esperar. Já se sabe que a maioria dos estudantes tem dificuldades financeiras pelo que um reforço na mesada é sempre bem-vindo, seja depois da grande guerra, nos anos 80 ou atualmente. Komashio pediu-lhes que, à vez, fossem à loja de pianos e pedissem para experimentar os rádios. Deviam experimentá-los, tecer elogios à sua portabilidade e qualidade do som e comprar. Depois deveria entrega-los a Komashio.
Sucesso
Claro que a atitude do proprietário da loja, quando recebeu de novo Komashio, foi radicalmente diferente. Encomendou mais rádios pois estava satisfeito com a recetividade aos aparelhos. Este método foi utilizado para entrar em várias cidades da Alemanha e vários países da Europa. Hoje, esta empresa é conhecida mundialmente e chama-se Sony.


Outras histórias:
Nespresso: what else?
A invenção da batata frita
eastgate Harare
vazio de ideias ou síndrome de John Lennon da Silva

2012-05-12

Carros eléctricos a sério, para quando?


Há uma questão que teima em não ser respondida de forma eficaz: Porque é que os carros elétricos, tendo tantas virtudes, não se conseguem impor?
Qualquer especialista na matéria, terá várias explicações para este facto. Entretanto, há algumas ações que estão a ser desenvolvidas, que poderão contribuir para a diminuição da importância da questão.
Eis uma notícia fabulosa, que pode ser a solução para muitos dos problemas dos transportes, mas não só. Já imaginaram conduzir numa auto-estrada que carrega os carros eléctricos? Brilhante! Magnífica! Disruptiva! Não sei se fica melhor classificada na Gaveta do Ovo de Colombo ou na Gaveta dos Ovos de Ouro. E pode ser ainda utilizada para outros fins. Tudo o que precise de baterias ou eletricidade.

Também a notícia de que um veículo eléctrico começa viagem de 4800 quilómetros em África, indicia que as marcas continuam a tentar aumentar a autonomia. Desta vez com 3 baterias em vez da habitual bateria única.

Seria bom diminuir a nossa dependência das energias fósseis! Seria bom ter carros elétricos rapidamente. Já seria uma grande ajuda para o ambiente! Mas isso só vai acontecer, quando o conforto, custos e desempenho destas novas viaturas, se aproximarem dos veículos atuais.

2012-05-10

Vazio de Ideias ou a síndrome de John Lennon da Silva

Abaixo, os meus apontamentos saídos no Diário de Aveiro, suplemento de economia de 8 de Maio:

Vazio de Ideias ou a síndrome de John Lennon da Silva


“Se quiser mudar tudo, basta mudar a sua atitude.”
H. Jackson Brown


HÁ UNS DIAS, vi um vídeo do equivalente brasileiro “Achas que sabes dançar?” que me provocou reflexão intensa. Começou com a apresentação do candidato ao júri, constituído por gente famosa. O desdém esteve presente desde o início. O nome foi o 1.o rótulo para o potencial ídolo. John Lennon da Silva? “Onde é que já ouvi esse nome?” “Famoso, hein?”. Para ajudar, o guarda-roupa usado pelo John Lennon (JL) para a interpretação artística de um bailado como “A morte do Cisne” não incluía sapatos de ballet. O júri acaba por lhe explicar, paternalmente, o que é a peça, quem e como interpreta. JL, humilde, faz a sua interpretação da peça e emociona o júri! Chega ao ponto de provocar o choro num dos duros júris! Neste caso, o potencial artista foi visto, porque é obrigação do júri. Caso contrário, acredito que nem tivesse oportunidade para apresentar a sua interpretação da peça. Este é um dos motivos porque é importante um sistema de gestão de ideias e oportunidades. Para nos obrigar a ouvir…! A escutar! Assim, o que pode parecer uma ideia descabida numa primeira análise, pode revelar-se uma ideia meritória. Podemos evoluir de: Não há ideias nesta desgraçada empresa! para “Tantas ideias! Tantos projetos! E agora?” Por vezes há quem se questione sobre a existência de ideias na organização. Se há um vazio de ideias na organização, é porque a organização não está disponível para as ouvir. A falta de ideias na organização é um sintoma de uma organização com problemas. Como dizia o poeta, “todo o mundo é composto de mudança”. As organizações também. Exceções? Não conheço exceções cujo destino tenha sido positivo. Mas aceito de bom grado exemplos que me contrariem.
Elas andam por aí
Existem ideias a pulular por todo o lado. Quantas vezes pensamos: “se fosse eu que mandasse…”. “O que é que farias se mandasses? Sim, tu! Diz-me o que farias se mandasses! Estou mesmo interessado!” Muitas vezes esta postura está no âmbito do imaginário. A resposta é um grunhido tipo “idiota”. Quando não surge um audível “Eis o Miguel Ângelo da Inovação”. Claro que é uma sorte quando não aparece alguém a gritar“quem foi o idiota? Onde está o Steve Jobs da Baixa da Banheira?”. Alguns, ficam caladinhos no seu canto. Outros, sorriem sarcasticamente. Uns quantos,
ficam tristes e solidários. O dono da ideia espera que ninguém se aperceba que foi ele que sugeriu aquela solução. Criou-se aqui um fosso comunicacional em que a vontade de partilhar ideias com
quem quer que seja vai por água abaixo. Mesmo os que teriam soluções para sugerir ficam sossegadinhos, com a sua análise muito própria ao sucedido, mas com uma vontade imensa de não ser apanhado naquela situação. “Ser humilhado assim? Nah! Não me apanham nesta situação!” Mesmo que tivesse a ideia do século duvido que, depois da situação descrita, a partilhasse. Já imaginaram se, quando alguém deu a ideia para deixar de ter embalagens de papelão nos pneus alguém dissesse “Oh! Houve algum idiota que teve uma ideia dessas?” Provavelmente, ainda hoje se venderiam pneus em embalagens de papel.
Ouvir… OUVIR!
Há vários fatores que são necessários para que as ideias surjam. Um dos fatores importantes é a disponibilidade para ouvir ideias sem preconceitos. Voltando a quem não encontra ideias na sua
organização, diria apenas para ouvir. Não é fácil, mas ouçamos atentamente o que Hemingway dizia: “Gosto de ouvir. Aprendi muita coisa por ouvir cuidadosamente. A maioria das pessoas
jamais ouve.”
Ouviram? Agora, vejamos se conseguimos por em prática!

O vídeo:


Uns textos anteriores:
Vazio de Ideias
Alteração na embalagem do pneu

2012-05-03

Crianças aprendem medos




Um estudo publicado na revista “Current Directions in Psychological Science”, diz-nos que as crianças aprendem medos cedo e rapidamente.

Para o estudo, os investigadores mostraram dois vídeos simultaneamente a crianças com apenas sete meses. Um vídeo mostrava uma cobra e algo não-ameaçador, como um elefante. Ao mesmo tempo, as crianças ouviram uma gravação de uma voz feliz ou com medo.

Verificaram que os bebés passaram mais tempo a prestar atenção ao vídeo da cobra quando ouviam a voz com medo, mas não mostraram sinais de receio. Noutra experiência, foi mostrado a crianças de três anos uma tela com nove fotografias e foi-lhes pedido que seleccionassem uma delas.

As crianças identificaram as serpentes mais rapidamente do que as flores e muito mais rápido do que outros animais que se assemelham a cobras, como sapos e lagartos. As crianças que temiam as cobras identificavam-nas tão rapidamente como as crianças que não tinha esse medo.

“O que sugerimos é que temos preconceitos para detetar coisas como cobras e aranhas de forma rápida e para relacioná-las com coisas que são repugnantes ou más, como uma voz assustada", comentou, numa nota enviada à imprensa, a investigadora Vanessa LoBue, da Rutgers University, nos EUA.

Segundo a especialista, estudos anteriores mostraram que os adultos reconhecem rapidamente a diferença entre as criaturas assustadoras e as que não são tão ameaçadoras. O novo estudo confirmou que as crianças fazem o mesmo, mas é uma resposta aprendida e não inata.

2012-04-24

seis regras de ouro?



Rudyard Kipling, mestre de contos curtos e prémio Nobel, dizia: "Tenho seis regras que me ensinaram tudo o que sei: O quê?, Porquê?, Quando?, Como?, Onde?, e Quem?". Mr. Kipling, se me permite, atrevo-me a acrescentar o "Quanto?" para tornar ainda mais efetiva as suas regras. É que o número 7 é místico e esta regra completa perfeitamente as suas.
Outro colega seu, diz algo que deve ser motivo de reflexão, e que pode complementar as suas regras: "A regra de ouro é que não há regras de ouro.". Esse seu colega foi o igualmente ilustre George Bernard Shaw. Agrada-me!

2012-04-22

4.º Encontro com a Educação - Inovação e Empreendedorismo

Ontem foi dia de encontro com a educação. Foi dia de encontro da educação com o empreendedorismo. Grandes oradores e um tema que quanto mais cedo for incorporado no DNA das comunidades e das suas estruturas, mais cedo apresentará resultados importantes. A mudança cultural exigida para uma sociedade mais empreendedora, exige sangue suor e lágrimas, como diria Churchill. Exige ainda outras caraterísticas fundamentais e que contrariam a tendência dos valores atualmente estabelecidos, como por exemplo a aversão ao fracasso. Thomas Edison, inventor conhecido por ter criado a lâmpada (símbolo amplamente usado para a identificação de uma ideia) e por ter um enorme conjunto de patentes, quando questionado se tinha falhado cerca de 2000 vezes antes de criar a lâmpada, respondeu que tinha sido um processo de desenvolvimento com 2000 etapas.
Agora, é tempo de passar à ação, e o município da Mealhada já o está a fazer com um projeto de ensino de empreendedorismo na escola, em colaboração com uma organização (Junior Achievement) que ensina a empreender.
Ao final do dia, e depois de ouvir pessoas de referência na área, vi consolidada a convicção que o empreendedorismo e a capacidade de transformar ideias em inovação depende muito mais das pessoas e das atitudes que têm perante a vida do que qualquer outro fator.
Para isso, temos que pensar se queremos, enquanto comunidade, enquanto nação, fazer a transição exigida, e que pode ser resumida no quadro do Professor Ernani Lopes:

O exemplo apresentado pela organização, a empresa Materialab, mostrou-nos uma empresa com reconhecimento nacional e internacional, em que Carla Matos, a responsável pela empresa, demonstrou preocupações sociais e disponibilidade para avançar com alguns projetos nesta área louváveis. Que haja mais exemplos deste calibre e que haja o bom senso e a justiça de os destacar, promovendo-os como inspiradores para outros potenciais empreendedores.

Que estes projetos do município da Mealhada sejam profícuos nos resultados, permitindo ter um concelho melhor, uma região melhor e um pais melhor. 

2012-04-19

Recursos Humanos: as palavras contam!


As a name, “HR” has one thing going for it: It’s better than “Personnel.”
I want a new title!
How about Talent Department?
How about Center of Talent Excellence?
How about Seriously Cool People Who Recruit and Develop ...Seriously Cool People?
Words matter!
Tom Peters
Claro que importam! As palavras são importantes!
Gosto de Direção de Talentos! Talvez também Direção de Génios! Ou ainda Coordenação de Competências! Gestão de Mentes Maravilha! Sem esquecer a equipa e trabalho em conjunto: 1+1=100; ou Direção da Felicidade! Agrada-me este último. Se os colaboradores estiverem felizes, aumenta o nível de felicidade dos clientes. O que provavelmente se traduzirá em cash, o que fomenta a felicidade dos acionistas. Será tão simples assim?

2012-04-18

algas fomentam sustentabilidade

OriginOil: aqueça a casa ao puxar o autoclismo
Dificilmente me lembraria de algas para aquecer a casa. Mais, dificilmente me lembraria desta funcionalidade com base em descargas de autoclismo. O processo de tratamento das águas residuais por algas é mais evidente. Mas neste caso, as algas aparecem com dupla função: aquecer a casa via descargas de autoclismo e tratamento de águas. Será uma solução de futuro? Deverá ser uma solução a analisar pelos arquitetos, sempre que estão a conceber uma habitação? Contribuirá para a autonomia energética de uma habitação? Vamos esperar para ver como irá evoluir.
OriginOil: aqueça a casa ao puxar o autoclismo | Green Savers:

2012-04-10

medo não, receio! ou preconceito?


Todos nós temos medo de alguma coisa. Não ter medo é do foro patológico e deverá ser alvo de análise clínica. Esse medo é muitas vezes, resultado de pré conceitos e da forma como nos moldam na infância, ou da forma como nos marcaram certos momentos na vida. Quando falamos de inovação, falamos de medos ou receios, dependendo do nosso estado de espírito, de ansiedade, comodismo, preconceitos e de empatia. É natural ter medo. Mas o esperado é ultrapassar os nossos medos. Há quem diga que esse é o verdadeiro significado de coragem! Claro que é muito mais fácil falar do que pôr em prática. Pôr em prática exige esforço e disciplina. Depois de ver o filme, é claro para mim qual seria a minha atuação. Academicamente falando! Porque na prática, e confrontado com uma situação destas, não faço ideia de como reagiria.



É caso para dizer: Arrisca miúdo! Vale a pena!
Ou como diria o poeta: "Tudo vale a pena, quando a alma não é pequena!

2012-04-03

Partilhando, crescemos!



Das crianças, diz-se que são os mais criativos, a quem pretende alargar os seus horizontes, obter novas perspectivas e estimular a sua própria imaginação e criatividade recomenda-se o convívio regular com elas.
Este pequeno vídeo foi feito a pensar nas crianças, mas podia muito bem ser direcionado as empresas/organizações que pretendem desenvolver uma cultura de inovação. A mensagem é extremamente simples e eficaz;
A partilha de ideias e o recurso a equipas multidisciplinares gera novas e melhoradas ideias. Mantendo o espírito aberto e explorando novos contributos é possível criar algo ainda melhor do que originalmente planeado.

2012-03-16

citações: Tom Peters

Reverse usual focus: 
Spend a day working on "things gone right"--make 'em even "more right."


Quantas vezes nos concentramos na melhoria dos nossos pontos fracos? O que será mais importante? Tornar menos fracos os pontos fracos ou tornar mais fortes os pontos fortes?

2012-03-13

Ana Bernardes: o chocolate das organizações!



A que sabe o chocolate? Chocolate: o talento nas organizações + Ana Bernardes!

A Ana Bernardes teve um papel fundamental na organização do seminário "A que sabe o chocolate?". Depois de a ter como formadora numa magnífica formação de Gestão das Emoções, tive o gosto de a ouvir falar sobre talentos nas organizações, e sobre as ferramentas que estão disponíveis para nos ajudar num desafio hercúleo: a gestão de pessoas. Toda a apresentação foi interessantíssima, mas a história que ficou está relacionada com a inspiração do seminário: a Sachertorte.
Na sua estadia na Aústria, enquanto colaboradora de uma empresa de recursos humanos, a Ana ganhou uma afeição especial por este doce. Porquê? Sempre que conseguiam cumprir com objetivos ou obter resultados interessantes, era colocado um destes Sachertorte na secretária do visado. Esta situação tinha um simbolismo próprio. Significava reconhecimento pelo trabalho feito; significava feedback positivo; significava motivação para projetos futuros; significava atenção ao trabalho realizado. Tudo isto sem a troca de qualquer palavra. O que é absolutamente fabuloso. Demonstra que há formas simples de comunicar e que o reconhecimento é fundamental e tem várias formas.


A Ana ainda nos presenteou com uma frase que devia ser alvo de reflexão


"Identificar o potencial obriga a ver para além do óbvio! O conceito de potencial depende de organização para organização, mas está sempre associado a novos desafios."
Ana Bernardes



2012-03-12

Susana Serrano: talentos dentro de portas!



A que sabe o chocolate? Chocolate: o talento nas organizações + Susana Serrano!

No seminário "A que sabe o chocolate?" foi apresentado um caso interessante da importância da gestão de pessoas na empresa Aquinos, decorrente de um projeto de Lean Management. Susana Serrano deliciou os participantes com a sua apresentação. Fiquei com duas pequenas histórias retidas, pois estão relacionadas com oportunidades que existem e, que muitas vezes, não são aproveitadas:

  • Sabendo que havia um operador de máquina que estava a tirar um curso superior na Universidade de Coimbra, foi feito o convite para abraçar um desafio diferente que lhe permitisse complementar a sua formação com as funções na empresa. Depois de uns dias na função, veio declinar a oportunidade, dizendo que era melhor trabalhar das 6h00 às 14h00. Não conseguia deixar de pensar nos problemas da empresa desde que tinha iniciado estas funções, e não queria isso para a sua vida. Claro que a sua decisão foi aceite...
  • Um dos elementos do projeto, com funções de inspetor da qualidade, sem formação superior e com experiência de casa, demonstrou muita dinâmica, levando os problemas para casa, pois tinha que exercer as suas tarefas "normais" na empresa. Era habitual aparecer com propostas de soluções ou protótipos feitos por ele nas suas horas livres, o que apresentava com entusiasmo aos colegas. No momento do seminário, era coordenador de um programa de melhoria da empresa e já coordenava 3 pessoas neste novo desafio.
É bom ver este último exemplo e perceber que há organizações que estão atentas aos talentos que têm perto de si.

2012-03-08

Sandro Alves recebe Prémio Pulido Valente Ciência 2011



O cientista Sandro Alves recebe Prémio Pulido Valente Ciência 2011: um prémio para alguém que, desde cedo, demonstrou um carinho e dedicação enorme à ciência. O Sandro é alguém que, desde novo, sempre esteve disponível para ajudar todos os que o têm rodeado. Sempre com grandes capacidades de sociabilização, contraria o arquétipo de rato de laboratório. Fez parte de escolas de samba, de tunas académicas e encontrei-o algumas vezes a usufruir dos tempos de estudante. Esta é apenas mais uma forma que encontrou de ajudar as pessoas, com o que sempre demonstrou ser a sua grande paixão, a ânsia por saber mais. Tendo eu informações privilegiadas sobre o seu comportamento na secundária, não me admira que tenha obtido este prémio e outros que têm marcado a sua vida.
Prova a nobreza do seu caráter ao doar o seu prémio para instituições da sua Mealhada, permitindo comprar 4 cadeiras de rodas para quem necessita.
Bem haja Sandro Alves! Que a vida te permita alcançar os teus objetivos!
Abraço!

Público: Sandro Alves: um investigador em Paris a desbravar caminho na neurociência